Cabeça

Foto de Anderson Maciel

EU SÓ QUERIA...

Eu só queria que você soubesse que eu ainda me lembro daqueles momentos das noites de lua cheia durante o mês de Novembro, onde você me abraçava forte e para mim dizia palavras tão belas... Sim eu não vou esquecer-me daqueles dias tão especiais onde você cultivava o carinho e a caridade para comigo demonstrando todo aquele sentimento que para mim já era bem antigo. Infelizmente o tempo passou e tudo isso foi se perdendo lentamente, você foi embora me deixando em desespero, com tamanha agonia por não ter mais em quem reclinar a cabeça, pranteando durante dias, onde existia aquela doce magia e um poder sedutor, mas que hoje ficou no passado, pois quando você foi embora acabou levando tudo o que eu sentia como também todo o meu amor... Anderson Poeta

Foto de Bruno Silvano

O Hotel

Eram 19h, a noite a noite começava a chegar, o vento fazia barulhos desconfortáveis que aliados a tempestade que estava chegando dava tons aterrorizantes para aquela pequena e isolada cidade, esquecida no meio do mapa.
Não era dali, mas estava hospedado em dos mais nobres hotéis da região, era bastante antigo e lembra em muito um cortiço, o que reforçava ainda mais o cenário bucólico. Era as férias de julho e chegará ali por um antigo sonho de meu pai, o de viver em um lugar calmo e seguro, ou que ao menos acreditava-se de lá.
Tínhamos mapas antigos e meus pais haviam ido a uma vendinha da região atrás de mapas atualizados quando a tempestade começou. O céu escureceu rápido e estava lá, sozinho, preso naquele fúnebre e bucólico quarto, sentado em uma cadeira que mais parecia um balanço, sendo embalado sorradeiramente pelo vento que se atrevia a abrir a janela, e sendo seduzido pelo barulho ensurdecedor do assobio do vento. As ruas, os campos, o ceú da cidade, ficaram ainda mais desertos, até os menores seres se retiraram. O vento se intensificava cada vez mais, foi quando em um só solavanco a janela se abre por inteira, e mais embaixo vejo vindo do infinito uma bela garota ao meu encontro, se aproximando, e quanto mais ela se aproximava mais vultos se criavam ao meu redor.
A noite acará de possuir por completo o sol e a cidade toda estava sem energia. Havia conseguido arrancar a porta que trancava o quarto, comecei a ouvir sussurros e gemidos, que começavam baixos e iam aumentando, sai desesperadamente em direção a recepção, mas estava tudo trancado, corri em direção a cozinha em busca de velas, mas estava fechada, não havia mais ninguém dentro do hotel. O ar-condicionado havia ligado de repente e consigo começaram a escorrer sangue pela parede. Os gemidos aumentavam e vinham do ultimo andar, fiquei receoso em subir até lá. As escadas haviam suado e estava escorregadias, mas com bastante esforço cheguei até lá em cima, encontrei uma garota bastante pálida e chorando apontando para o quarto 666 – Não era muito ligado a crenças, mas mesmo assim me custei a entrar no quarto -. Ao entrar quase não pude ver nada, achei não ser tratar de nada, até que a porta do quarto bate e se tranca, bati desesperado para abrir, mas os gritos de choro da criança sumiu, e eu estava mais uma vez trancado.
Minha respiração começava a ficar aguniada, sentia cianeto no ar. Não enxergava nada até que duas lâmpadas vermelhas se acenderam rapidamente no quarto, via muitas mariposas, e dois corpos amarrados em pé, totalmente ensangüentados, começaram a sair sanguessugas de dentro deles, até que em um deles solta um grito sorrateiro e acabado batendo na parede e desmaiando.
Fiquei em coma por alguns dias, quando acordei recebi umas das piores noticias da minha vida, que a do meu pai havia sido atacado por sanguessugas e morreu lentamente.
Minha mãe me fazia companhia no hospital, porém teve que sair e fiquei trancado dentro daquele quarto de hospital, esta convencido de que lá era seguro. Quando de repente de algum lugar surge misteriosamente uma enfermeira, com uma espécie de Teres medicinal para mim tomar, dentro dele formaram-se as palavras “Sangue”, “Choro,”Menina”,”Missão”, “Sanguessuga”, “Morte” e “Cemitério Funerário das Capivaras”. Achei ser coisa da minha cabeça, e continuei tomando, até que meus olhos ficaram todo branco e meus dedos todo cortados.
O Tempo passou sem sobre naturalidades, até que tomei coragem pra ir ao cemitério onde meu pai estava, procurei por vários túmulos até eu o achar na lapide de numero 666, e ao seu lado havia três mulheres enterradas, uma menina de aparência pálida, uma adolescente e uma enfermeira, que coincidentemente morreram em ataques de sanguessugas, que foram provocadas por causa do desmatamento ilegal, que meu pai estava comandando na região.

Foto de P.H.Rodrigues

Brincadeira

Portas com janelas, como passarelas.
De um mundo ao outro.
Envolva-me com teu corpo.

Deixando minha língua navegar em torno...
De seus seios, seu umbigo. Agarrando!
Sua cintura, apertando o quadril.

Vamos brincar na parede, na cama.
Afundar o colchão...
Ver o mundo de cabeça para baixo.
Elevando o desejo. Perdendo o chão.

Não controle-se, permita-se acelerar a respiração.
Sinta o toque, e o sussurro ofegante de prazer.
Em teu ouvido, pela frente, ou por trás. Fazendo-lhe gemer.
Mantendo o continuo movimento. Até a grande Explosão.

Foto de P.H.Rodrigues

Centurião: Passagem I

Ele carregava em cada uma de suas mãos, uma espada;
Em suas costas, um escudo.
Era ciente do inconsciente.
Porém, inconsciente da verdade.

Carregava por debaixo do elmo, um quebra-cabeça.
Composto de peças de sua jornada.
E já conseguia imaginar a figura que seria revelada.

Possuía também, uma pedra dos pensamentos.
Que vezes mostrava o caminho, e vezes o confundia.
Enxergava no mundo real, um mundo das fantasias.

Enfrentava Dragões, Ogros, Bruxos e até Demônios.
Mas seu maior inimigo era um Cavaleiro Reluzente.
Cujo nome era Etnem, um amante da guerra, um real combatente.

Vindo de uma terra desconhecida, com costumes diferentes.
Conhecedores de todos os mistérios sob a Terra existentes.
Mistérios que diziam-se impossíveis de se responder.
Mistérios que homens morriam sem decifrar.

Derrotar Etnem, não era o que o Centurião buscava.
Queria aprender com o mesmo, sobre as verdades abandonadas.
Queria conhecer as razões desconhecidas.
Ambicionava um estado que não sabia onde encontrar.

Foto de William Contraponto

Teus Preconceitos

Cabeça vazia, dedo apontado
Faz graça, concorrente de palhaço
As diferenças que caso não respeita
São crias originadas
Nessa tua existência frustrada

Esses preconceitos revelam mais:
Ignorância, a falta que conhecimento faz
Ou mesmo desejos reprimidos
Tudo isso sim, está a olhos vistos
Para quem sabe enxergar...
Mas quem sabe um beijo meu
Bem melhor iria te deixar?

Se é ignorância, se é desejo
Nem quero realmente saber
Cuida da tua que faço a minha
Assim a gente caminha
Procurando independência e ser feliz.

Foto de Maria silvania dos santos

Cada coisa por sua vez.

Cada coisa por sua vez.

_ Quando as luzes de seu coração se ascenderem, não se surpreenda, note que haverás um motivo.
De atenção, note qual a razão, percebas que talvez, estarás nascendo uma nova ilusão, ou quem sabe o verdadeiro amor no coração.
Não considere um fracassado, amargurado, de novas cores a vida, ela deveras ser bem colorida.
Muda seu cotidiano e verás que não estas completamente sozinho (a), terás alguém precisando de seus carinhos...
Não pense que no mundo em meio tanta gente, viverás eternamente carente...
Pois tudo que precisa, é apenas seguir adiante ser uma pessoa mais elegante, de bem com a vida, senti-la mais querida.
Sabemos que há momentos em nossa vida, em que tudo parece desmoronar, mas nem tudo está perdido, mas por estarmos desiludido, pensamos que não termos mais sentido para vivermos.
Mas isto não és verdade, fugimos da realidade, vamos erguermos a cabeça e buscar novas razões, se não encontrarmos, faremos a existir, o que não podemos é desistir...
Mas, ouça bem com bastante atenção, as coisas do coração é complicada e as vezes meia confusa, mas algumas coisas, algumas coisas precisam ser exatamente como são, é para aprendermos a nossa direção certa...
Nada na vida é fácil, pois se tudo fosse perfeito, não teria valor.
Percebas que o que fácil vem , fácil vai, então não desista, persista, vá em frente, seja-la no que for para o bem de todos...
Vamos ouvir a voz do nosso coração, ele indicará qual a razão, e qual a solução tomar.
Reflita, muitas vezes, quando as oportunidades vem, nem sempre a damos credito, desvalorizamos, a desprezamos.
A passamos valorizar, depois que já se foi, e talvez, e talvez nem a volte mais.
Vamos deixar de valorizar o perdido, vamos valorizar o presente, o resto é concequencia!
A qual não tempo exato, teremos garra e sabedoria para enfrenta-la, cada coisa por sua vez.

AUTORA: Maria silvania dos santos

Foto de Maria silvania dos santos

Nada que não possa a ser melhorado

Nada que não possa a ser melhorado

_ Nunca devemos se esquecer, que nunca é tarde para se arrepender, ou até mesmo fazer o que deve ser feito...
Basta erguer-mos a cabeça, firma os pés no chão e ser decidido consciente nas conseqüências da vida...
Podemos sentir-mos um pouco frustrado, mas nada que não possa a ser melhorado...
Não devemos nos deixar ser elevado, por alguma coisa que não deu certo, pois
Não podemos prever os acontecimentos.
Tudo que precisamos saber é seguir adiante, na esperança que o amanhã, seja um dia de vitória...

Autora; Maria silvania dos santos

Foto de poetisando

Posso ser a tua estrela

Posso ser a tua estrela
Para sempre te apoiar
Conta sempre comigo
Que eu contigo amo estar
Nas tuas horas tristes
Que precisas desabafar
Sabes bem que comigo
Tudo tu podes contar
Posso ser a tua estrela da guia
Para te poder encaminhar
Quero te ver sorrir e feliz
É esta assim a maneira de te amar
Vou iluminar-te o caminho
Para não mais tropeçares
Estarei sempre contigo
A amar-te e a mimar
Não te quero saber mais a cair
Nem nas quedas a pensar
Quero-te de cabeça erguida
Para ninguém ter que falar
Agora podes triste estar
Mais logo a sorrir irás ficar
Posso ser a tua estrela
Para sempre te apoiar
Porque contigo amo estar
Tudo sempre farei
Para te ver feliz e sorrir
Porque estás no coração
E como eu amo ver-te rir

De: António Candeias

Foto de poetisando

No Silêncio da Noite

É no silêncio da noite
Que me ponho a imaginar
Como a vida seria diferente
Se a visse com outro olhar
Tudo me passa pela cabeça
Nesta minha imaginação
Com os olhos a brilhar
O coração fica pulando
De que poderia até amar
É no silêncio da noite
Que a minha mente imaginou
Como era tão diferente a vida
E tanto que ela me ensinou
Não sei mais o que fazer
A minha mente não para
É no silêncio da noite
Que sonho e te estou a ver
É no silêncio da noite
Que me ponho a imaginar
Os sonhos voam para longe
Para junto de ti e te amar

De: António Candeias

Foto de P.H.Rodrigues

Translucida

É leve... sente? Também é macia,
parece não haver nada, e de fato... não há,
é transparente, então... sabe, não podemos tocar.

Entra na cabeça, retira o peso, e faz flutuar
por momento lhe da uma vontade de dormi, uma calmaria
como se o mundo fosse acabar, mas você não fosse se abalar

É fresca, e refrescante! Faz de alguns segundos eternos
traços isolados para sempre na memória, em quadrantes.
Separados, porém, não distantes, que despertarão a cada vez
que se deparar novamente com essa sensação .

Prepare-se! Tu podes perder o chão e não querer mais voltar!
Ai sim! Tu vais lutar para alcança-la! Para te-la e domina-la!
A cada anoitecer seguido de um amanhecer transbordando vitalidade...
É por ela que vais chamar, Tranquilidade.... A doce e perseguida, Tranquilidade.

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