Bocas

Foto de Fédon

Pêlos

Fome insasiável a minha, água na boca, qual fera que ronda a sua presa eu te observo com calcinha de renda.
Vejo teu corpo, quero sentir dele o gosto, com suaves lambidas e mordiscar tuas coxas, nádegas e bocas.
Teus pêlos pubianos, saboreio tua vagina, qual cão farejador sinto o cheiro de teu ânus.
Há anos que te quero, lambuzar teu corpo com meu suor e lavá-lo com minha saliva.
Ser teu animal, teu cão de estimação e servir-te sem ter razão.
Assim mato minha fome,assim sou o teu homem.

Foto de Tom cruise

Leve delírio...

Si essas paredes falacem,se contasem cada vez que mi vi de joelhos na escuridão,com medo de levantar e ficar na penunbra teus olhos no espelho dizendo que não,nao pode ser verdade mas é tanta maldade apagar a fogueira de meu coração,e conseguir não ter forças para calar essas bocas e afastar os dedos de minha direção,asas para tras não me deixam voar e eu não me lenbro de pedir pra você ficar e arrancar carne de meu peito com tanto ódio e ninguem me ouvir bater pra vim me ajudar.
Quantas vezes sonhei em viver em outro lugar onde marte ama marte e venus pode caminhar de mãos dadas com vênus sem si preocupar...(D.O.D)

Foto de Paulo Eduardo

Palavras a minha amada

Meu amor
Dedico-lhe estas linhas...
Quando menino via os casais enamorados mas, em nenhum momento percebia a energia que os imantava ou seduzia.
Chegou a adolescência e também não tive a visão necessária para notar que as uniões iam além das curvas, da sensualidade dos gestos, das bocas ou dos cabelos ao vento.
Veio a maturidade e percebi que nos anos anteriores caminhava cego, completamente cego do que era realmente amar alguém.
Hoje como agradeço a Deus ter encontrado você.
Alguém que percebeu minha cegueira e potencialidades tendo a paciência de esperar que eu enxergasse!
Alguém que ignorou minhas malcriações com uma compreensão além, da forma que o adulto aguarda o momento correto de intervir, nas diabruras das crianças>..
Ah! Hoje finalmente compreendo esse sentimento que arde em meu peito de forma sóbria e intensa. Pensar em eternidade é perda de tempo pois, que esse momento já está eternizado e nos pertencerá para sempre!
Ah, o Amor! Simplesmente o Amor!

Foto de José Rafael

NOITE DE AMOR

Minhas mãos no teu seio,
minhas pernas no teu calor,
nossas bocas no enleio
do gozo fútil do amor.
Nossos espíritos silenciosos
pelo êxtase e emoção,
nossos olhares ansiosos
cheios de louca paixão.
Nosso amor na mesma cama
em união perfeita
num ardor que inflama,
incendeia e deleita.
Nossos lábios ruborizados
de delírio e ventura
roçam os corpos suados
casados em poemas de ternura.
Tua púbis de rara beleza
aumenta o desejo de amar,
unem-se os corpos na certeza
do acto de amor consumar.

Foto de EduardoBarros

Cumplicidade (Eduardo Barros)

Te queria por perto

Bem junto

Mesmo longe,

Mas podendo te sentir

Sabendo,

Conhecendo a distância exata.

De poder esticar o braço

E te pegar, trazer para mais perto.

Vontade de beliscar, de morder

Quero tanto...



Tenho muito

Mas é pouco para o que eu sonho

Sonho demais

Viajo por todo lado

Todo, mesmo.

E tenho vontades, mas quero um cúmplice.

Que divida,

Misture,

Troque de lugar.

Quero juntar corpos e risadas.

Enfiar dedos, bocas.

Liquefazer vontades, bater,

Misturar cabelos,

Sem diluir.

Sem reduzir.

Só deixando ir.

Eduardo Barros

Foto de LEOANDRADE

Artistas Mambembes (Leonardo Andrade)

Amanhece

Lambo sofregamente o orvalho deixado na sua flor

Lágrimas de desejo , incontidas na torrente

Da incandescente noite que se vai ...

Exausta,

Plena,

Saciada,

Encantada.

Você tem sabor de quero-mais,

Não posso decepcionar meus alarmes de libido,

Volto a me perder de mim

e me encontrar no seu corpo.



Entre pernas e balanços,

braços e abraços,

Bocas que se unem

e línguas que exploram os limites improváveis ...

Palavras se perdem no ar ...

Algumas se solidificam,

tornam-se palpáveis,

Fundem-se a nós ...

Se eternizam em cicatrizes indeléveis

Em nossos corpos, em nossas almas ..

Gemidos, sussuros, mordidas

Explosões vulcânicas de prazer

Ciclo atemporal de desejo

Não há começo ou fim

Mera alternância de posições e posturas

Com breves intervalos para respirações individuais

Anoitece

A lua refeita retorna

Brindando-nos com seus raios.

Nos flagra como nos deixou...

Ela traz as estrelas,

gotas de prazer que se encantaram

e se espalharam pelo céu

levando o brilho mágico dos seus olhos ...

A lua quer espetáculo, veio para nos ver

Quer assistir a arte plena em infinitos atos ...

Nós , artistas mambembes do amor

Sabemos que o show tem que continuar ...

Sempre ...

Leonardo Andrade

Foto de LEOANDRADE

Nomenclaturas (Leonardo Andrade)

Ao longo da noite

no universo pleno dessa cama

Nos perdemos e nos achamos

Inúmeras vezes ...

Em múltiplos caminhos;

em trilhas sinuosas;

em curvas perigosas;

em armadilhas de prazer.



Em sabores exóticos;

em sussurros eróticos;

em mãos exploradoras;

em bocas famintas ...

Em jorros vulcânicos;

em gritos de dor e desejo;

no delicioso pecado da luxúria ...

Rompendo limites e barreiras ...

Não há fronteiras

nem entre lençóis ou travesseiros

Meros utilitários que não nos cobrem,

só provocam ...

Não há nada além

dos limites desse templo

onde me entrego a você

e a recebo absolutamente por inteiro

Numa mística cerimônia

de exaltação do amor

ritualizada na plena união de nosso corpos

que se encaixam e se atam perfeitamente

Se movem ritmicamente

e se entendem totalmente

falam a mesma língua

buscam a comunhão perfeita

Aqui ou em qualquer lugar

nesta ou em qualquer outra hora

regidos pelo brilho do sol ou pelos sortilégios da lua

qualquer hora é certa, qualquer lugar é perfeito .

Leigos ousam chamar de sexo,

eu prefiro nomear "fazer amor".

Leonardo Andrade

Foto de LEOANDRADE

Universo (Leonardo Andrade)

Cada vez que a ouço, todo nosso passado retorna, como se você jamais houvesse se ausentado, apagando tudo que aconteceu desde que você se foi até aqui.

O seu perfume preenche o ar e o desejo corre como louco pela veias incendiando meu corpo e querendo romper seus limites para desaguar no seu coração.

Quando nossos olhos se encontram há um perfeito himeneu, nem sei mais onde começa você e onde termino eu.



O amor vence distâncias, rompe barreiras, afoga mágoas e enlouquece a razão.

Aqui estamos nós, sós, num Dèja Vu eterno e cíclico, como as ondas que nos assolam, balançam e depois sôfregas lambem nossos pés e acumulam a areia molhada que nos sustenta.

Aqui não há razão, a emoção é a base do nosso universo composto de camadas e camadas de amor, do nosso amor e suas derivações.

Se existiram erros , eles desapareceram engolidos pela fome desenfreada de nossas bocas, ávidas uma da outra.

Nada mais é real além de nós dois, obrigados a viver num mundo de marionetes funcionais e situações fictícias, somos meros tintereiros que não precisam de platéia.

Meu Universo é você.

Seu corpo é meu continente, onde vivo, morro e renasço em noites infinitas de amor.

Sua alma, o oceano onde mergulho cada vez mais fundo desvendando e me encantando com deliciosos segredos e preciosidades abissais.

Sua boca, louca, minha fonte de água e desejo onde mato minha sede e sorvo meu prazer.

Sem você, sou apenas um corpo solto no espaço, sem vida, destinado a vagar num caminho escuro, num caos eterno.

O passado desaparece para sempre ofuscado pelo brilho ímpar da felicidade esmeralda de seus olhos.

Em breve astrônomos descobrirão uma nova constelação , formada pela união de dois planetas que colidiram e se tornaram um, em formato de diamente, perfeito e inquebrável.

Mais um segredo indecifrável do Universo ...

Leonardo Andrade

Foto de Carlos

Elegia (Mário de Sá-Carneiro)

Minha presença de cetim

Toda bordada a cor-de-rosa,

Que foste sempre um adeus em mim

Por uma tarde silenciosa...



Ó dedos longos que toquei,

Mas se os toquei, desapareceram...

Ó minhas bocas que esperei

E nunca mais se me estenderam...

Meus boulevards de Europa e beijos

Onde fui só espectador...

- Que sono lasso, o meu amor;

Que poeira de ouro, os meus desejos...

Há mãos pendidas de amuradas

No meu anseio a vaguear...

Em mim findou todo o luar

Da lua dum conto de fadas

Eu fui alguém que se enganou

E achou mais belo ter errado...

Mantenho o trono mascarado

Onde me sagrei Pierrot.

Minhas tristezas de cristal,

Meus débeis arrependimentos

São hoje os velhos paramentos

Duma pesada Catedral.

Pobres enleios de carmim

Que reservara pra algum dia...

A sombra loira, fugidia,

Jamais se abeirará de mim...

Mário de Sá-Carneiro (1890-1916)

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