Bocas

Foto de Zedio Alvarez

Oi! Tubo bem com você?

Naquela noite tive vontade de te abraçar e beija-la intensamente. Senti no teu olhar que não desfaça mais a tua paixão. Teu semblante deu o recado. Acreditei na linguagem falada pelo teu olhar sem sabatinar o teu coração
E agora... O que vais fazer com a tua razão covarde? Ela nos leva a cometer um crime contra nós mesmos...
O que foi feito é difícil desfazer. O nosso coração responde, mas a razão se esconde. Evito andar pelos seus caminhos, mas sempre cruzamos em qualquer esquina, ratificando muitas vezes a vontade do pensamento embrenhado no meu cérebro inerte.
As minhas intenções sobre sua pessoa já foram escritas e descritas repetidas vezes... Os meus desejos sufocaram a minha alma por causa da implicitação dolorosa e quase nefasta da vontade de tê-la... Como diria o poeta “os desejos não dói mas corrói” A minha paciência está chegando ao limite máximo tolerado pela minha sensatez... A qualquer hora a minha ignorância pode aflorar transformando o meu pensar, que é guiado pela inquietude.
Você acha certo ludibriar os nossos desejos, fazendo com que a vontade se torne refém de um etílico momento... Nós não temos dupla personalidade, então não vamos fantasiar mais a nossa imaginação que pede clemência.
Numa dessas noites tentei te agarrar, mas era uma miragem de um sonho desfeito, e fez de uma noite mal dormida, aumentar ainda mais a minha tristeza com a falta da tua presença no meu leito... Minhas noites às vezes são misteriosas, os holofotes lunares espantam meu sono e a madrugada não me deixa só porque a insônia leva o nosso caso a sério e me faz transportar até você.
Acho que minha paixão por você não nasceu agora, ela veio de longe sem esperar por qualquer momento... Como é bom está na tua companhia; ocupaste todos os espaços da minha convivência.
Queria ter tempo para ouvir as batidas do teu coração, flutuar no cheiro dos teus cabelos e fazer uma junção de nossas bocas onde as línguas serão coadjuvantes do princípio do prazer. Quero te dar um banho língua, fertilizar e irrigar mais ainda as tuas terras produtivas
Deixemos de lado a nossa suposta amizade, para explicitarmos as vontades da nossa paixão, retirando a saudade de nossas terras. Não podemos intrinsecar as idéias ruins, pois a nossa vida vive sempre nos desafiando fazendo a maldade se renovar. Vamos amar para não estragar o mundo, pois aí, ela não se prolifera e podemos construir o nosso sonho real, mesmo com a abstinência da realidade.
A nossa decisão não será um descaso, pois de tudo que é oriundo do céu, minha alma acolheu o acaso e deseja provar da tua maçã, mas por favor descubra o teu fictício véu.
Vamos acumular nossos pecados que aliás, só resume em um item não é mesmo? Não vamos esperar que nos ofereçam a maçã, mas iremos atrás dela sem procurar pretexto para o erro calculado, deixando os nossos corações felizes, vivendo dos pecados de uma “paixão proibida”.
O nosso pecado é imortal... Tenho certeza que não seremos condenados pela corte celestial, porque Eros vai nos perdoar...
Um beijo no teu coração.

P.S. –Estou aguardando uma ligação tua.

Foto de cathy correia

Mãos

Mãos que se tocam
Bocas que se beijam
Corpos que se agitam
Corações que batem apressados,
Enamorados!
Suspiros que se dão
Carícias que se cruzam
Olhares que se prometem,
Palavras que sonham,
Caminhos inexplorados!
Em qualquer canto,
Recanto
Em qualquer leito
De qualquer jeito...
Amores que se partilham
Numa troca sem pressas
Ardente,
Premente,
Dois corpos... um só desejo!

Foto de jairokour

Beijo Para Flor

Ela não me saía da cabeça. Se entranhara tanto em mim que por mais que eu tentasse, não conseguia tirá-la de meus pensamentos.
Sonhava com ela, imaginava milhares de situações, sentia uma vontade louca de ouvir sua voz, ver seu sorriso, estar junto dela, tocá-la, sentir sua pele.
Eu me controlava, mas era evidente que eu a queria demais, que morria de tesão por ela. Apesar de tudo que vivêramos, tinha dúvidas se ainda era correspondido, mantinha-me então discreto e evitava avançar o sinal.
Certo dia por um motivo qualquer, estive em sua casa. Na hora de ir embora, ficamos conversando no portão. Estávamos sozinhos. Ao despedir-me, beijei-lhe o rosto como de costume. Segurava sua mão e senti que ela apertou a minha retendo-a na sua, como se não quisesse que eu fosse. Isso me deu coragem. Puxei-a para dentro e fechando o portão, venci a timidez inicial e toquei seus lábios com os meus. Um lampejo de resistência e espanto apareceu em seu olhar, que logo foi substituído por um brilho intenso e senti sua boca macia pressionando a minha, correspondendo e provocando em mim imediata reação, excitando-me, deixando meus sentidos à flor da pele.
Perdi o medo e com minha boca colada à dela, envolvemo-nos num beijo intenso, quente, úmido, cheio de lascívia e paixão. Adorava a pressão de seus lábios contra os meus, enquanto nossas línguas se encontravam e se enroscavam, lutando frenéticas, procurando cada uma absorver da outra toda carga de luxúria reprimida em nós até aquele momento, buscando desvendar nossos segredos, revelando os mistérios de nossos corações, fazendo aflorar todo desejo contido, enclausurado.
Ah, o beijo. Mais que o sexo, o beijo é a demonstração e a procura dos anseios mais recônditos. É a entrega perfeita, sincera. O sexo é instinto animal, o beijo é o desnudar da alma. O sexo é o prato que nos sacia a fome, o beijo é o alimento que nos revigora a alma. Mostramos no beijo todos os nossos sentimentos. O sexo é gozo efêmero, rápido, o beijo, gozo eterno. O beijo faz o sexo e é o sexo. Sexo é físico, beijo é alma. Revelamos nele toda a nossa fragilidade frente aos sentimentos que nos assolam e toda nossa força criada pela paixão. O beijo agasalha nosso frio, livra-nos de nossas amarras, liberta-nos de nossas vergonhas, estimula nossas emoções e provoca o toque. E o toque, num círculo vicioso, excita o beijo. Mais uma vez eu tomava consciência do porque as cortesãs oferecem o sexo e recusam o beijo. Sexo pode existir entre corpos desconhecidos, beijo verdadeiro e sincero, só entre corações que se querem.
Ao beijá-la sentia meu sangue fervilhar, minha pulsação disparar e todas as minhas sensações concentrarem-se em nossas bocas. Meu coração almejava querer e ser querido. O contato de seus lábios com os meus variavam de intensidade conforme o fluir das emoções, ora suave feito brisa de outono, provocando leves arrepios, ora intempestivo como furacão, provocando tremor, nos deixando ofegantes. Nossas línguas viajavam de encontro ao céu de nossas bocas, acariciavam-se, descobriam-se e completavam-se. Ao comando do beijo nossas mãos nos procuravam, respondendo com afagos de amor. Nossos corpos se entregavam ao contato da paixão e à chama do desejo que se avolumava e se intensificava.
Afastei-me, tomei fôlego e segurando suas mãos a conduzi para dentro de casa, procurando um lugar mais confortável.
Sentados no sofá, Flor, procurando a minha, ofereceu-me novamente sua boca sôfrega. Aceitei-a, ávido de mais carinhos e beijei-a arrebatadamente como sempre desejei, como sempre sonhei. Guiado pelo desejo fiz com que minha boca percorresse seu pescoço, seu colo, sua orelha. Pousasse em sua nuca beijando-a suavemente, provocando suspiros e arrepios de excitação. Minhas mãos descobriam seu corpo em suaves, mas decididos toques. Ela retribuía beijando meus olhos, mordiscando meu queixo, meu pescoço, acariciando meu rosto. Voltava, procurando o agasalho de minha boca, o abraço da minha língua. Prendia meu lábio inferior entre os seus, mordia levemente e deixava sua língua tatear pelos cantos de minha boca provocando-me e levando-me ao paraíso. Por cima do tecido de sua blusa, meus dedos atrevidos encontraram seu mamilo rígido e minha mão apertou suavemente seu seio, arrancando dela um gemido de prazer. Procurei os botões e a soltei. Deixando minha boca deslizar ao encontro daqueles mamilos maravilhosos, rodeei-os com minha língua, sugando-os delicadamente, depositando neles beijos úmidos e calorosos. Flor contorcia-se de excitação. Encorajado por suas reações tirei completamente sua roupa. Contemplei extasiado aquele corpo celeste. Ah, como descrever aquela visão de beleza exuberante? Ela nua, recostada no sofá, olhos semicerrados esperando ansiosa pelo meu próximo toque, adivinhando meu próximo beijo, se oferecendo, se entregando inteiramente a mim.
Decidi naquele instante que meu prazer, meu gozo, seria o dela. Resoluto distribui delicada e demoradamente centenas de beijos em seu colo, em seu ventre maravilhoso e, ousado, explorador, percorri seu corpo com minha boca, beijando, lambendo, sentindo a suavidade e o sabor de sua pele. Voltei aos seios, refiz o caminho de sua boca, mordisquei a pele de seu ombro, beijei seus pés. Partindo da parte de trás dos joelhos deslizei a ponta da língua alternadamente pelo interior de suas pernas, e subindo, guiado pelos seus murmúrios de aprovação, aproximei-me atrevido e pousei meus lábios nas pétalas macias daquela flor maravilhosa, sentindo sua suavidade, seu sabor divino, néctar propagado dos deuses. Deliciado, entre seus tremores e gemidos ouvia os murmurantes sinais inequívocos de seu delírio, que me orientavam e conduziam: “assim..., mais..., continue...”.
Beijava-a agora com a delicadeza do amor mesclada com a fúria da paixão. Flor respondia com movimentos ondulantes de seus quadris, suas pernas pressionando minha cabeça, fundindo-nos no mais íntimo contato. Minha boca e minha língua, como se estivessem em um parque de diversões, beijavam e brincavam loucamente, saltitando de um ponto a outro, alimentando seu prazer, amplificando seus sons, tonificando suas sensações. Estendi os braços e toquei novamente seus seios, brincando com seus mamilos, navegando por suas curvas, escalando suas colinas. Busquei sua boca e senti meus dedos, qual sorvete sabor prazer, sendo lambidos e sugados, umedecidos e envolvidos por sua língua. Continuei, distribuindo por onde minhas mãos alcançassem, as carícias que fluíam das pontas de meus dedos, descobrindo seus pontos de loucura, ligando chaves do seu prazer, desvendando as trilhas da sua paixão.
Sentindo o aumentar do ritmo dos seus movimentos, a frequência de seus ais, o balanço do seu ventre coordenado com a intensidade de meus beijos e o pulsar de minha língua, pressionei suas nádegas de encontro a mim, mantendo aquele cálice preso à minha boca, evitando sua fuga. Com as mãos crispadas no tecido do sofá, Flor aumentou a pressão de seu corpo sobre meu rosto, permitindo que eu sorvesse a intensidade de suas sensações, o mel dos amantes, querendo que seu prazer também fosse meu, e desmanchou-se com um tremor vigoroso na melodia fluida do gozo profundo, num êxtase sem fim, trêmulo, intenso, sonoro.
Segurando minha cabeça, manteve-me ali, preso por instantes em seu pulsar, compartilhando e transmitindo-me seus impulsos, suas delícias, agraciando-me com uma parcela de seu céu, me fazendo morrer de paixão e de felicidade. Acalmada, levou meu rosto junto ao seu e beijou minha boca suave e demoradamente. Acomodou minha face em seu colo, para que eu ouvisse, nas batidas de seu coração, os acordes de seu amor.
Sorridente, saciada, satisfeita, sem proferir uma palavra sequer, me fez feliz por tê-la feito feliz.

Foto de Mario Macedo de Almeida

Você

Algo maior que o impossível,
doce e delicado traço de mulher.
Seu cheiro forte e irresistível,
um devaneio que se tornou realidade.

Você atravessa a minha razão.
Seu amor enlouquece o coração!
Sua lembrança uma tatuagem.
O tempo faz lembrar você!

O principio e o fim são homogêneos;
Fazem parte da historia do universo;
Ultrapassam a todos os limites da coerência
Amor louco que é eterno porque existi.

Enfim bocas que se tocaram,
gemidos que se espalharam,
corpos que se consumiram.
Pensamentos que eram gêmeos.

E os sonhos então: muitos em demasia;
Fizeram-se férteis tatuagens das nossas vidas,
Lamentos não: es doce à recordação,
do tempo de um único e próspero coração.

Mario Macedo de Almeida

Foto de fer.car

ÊXTASE

Olhos que se cruzam, beijos que explodem em um momento único
Peles que se encostam, mãos que percorrem
Sentidos confusos, toques ansiados
Bocas que se amam
Corpos que se entregam
Um calor tomando conta de poros, cantos, curvas
Pulsar cada vez mais acelerado
Lábios que ora se comprimem
Mãos que se enlaçam
Corpos novamente dançando uma dança de movimentos frenéticos
Olhos que já se fecham em um momento de êxtase enfim...

Foto de Carmen Lúcia

Desfile das Flores

Num reino encantado de olores e cores,
Onde a fantasia sugere poesia,
Desfilam faceiras, abertas aos amores,
As flores mais belas do “Rancho das Flores”.

Vem a margarida, tão cheia de vida,
Com saia de pétalas, girando, atrevida,
E a orquídea esnobe, altiva e rica,
Lembrando a nobreza da corte esquecida.

Agora...suspiros...rubores...pudores...
Maria-sem-vergonha, de ardores, fulgores,
Tão discriminada, até ultrajada...
Porque dá à toa...Que triste! Coitada!

Logo em seguida, o lírio do campo,
Com sua pureza, vestido de branco,
Recompõem-se as flores num clima de paz,
Recobram os valores, a moral se refaz!

A um certo perfume...silêncio total...
É a dama-da-noite, beleza fatal...
Atrás dela o jasmim, que saiu do jardim
Para a dama aplaudir...e sonhar...e sorrir...

E no ar, de repente, um calor eloqüente,
Faz as flores tremerem, suores intermitentes
Exalam fragrâncias,ao vê-lo à distância...
É o amor-perfeito com um cravo no peito.

Brilhante tal qual uma estrela, a papoula vermelha,
Fazendo “caras e bocas” a quem quiser vê-la,
Mas quem roubou os olhares foi a tulipa amarela,
Com boa postura,elegância e sua beleza singela.

O ponto alto da festa, momento de esplendor...
As violetas dançaram a “Valsa do Imperador”!
Só não se apresentaram as viçosas açucenas...
Perderam-se pelos caminhos por conta das cantilenas.

Chegaram as onze-horas colorindo a passarela,
Dando passagem a ela...à flor mais bela...
Curvaram-se todos em respeito à nobre donzela,
A rosa rainha de espinhos,suas sentinelas!

De repente...um acidente...e fala a bromélia:
-Caiu de cima do galho,a insinuante camélia!
Um chourão choramingando surgiu do jardim,
E com uma placa na mão anunciava:Fim!

_Carmen Lúcia_

Foto de fer.car

Êxtase

Olhos que se cruzam, beijos que explodem em um momento único
Peles que se encostam, mãos que percorrem
Sentidos confusos, toques ansiados
Bocas que se amam
Corpos que se entregam
Um calor tomando conta de poros, cantos, curvas
Pulsar cada vez mais acelerado
Lábios que ora se comprimem
Mãos que se enlaçam
Corpos novamente dançando uma dança de movimentos frenéticos
Olhos que já se fecham em um momento de êxtase enfim...

Foto de Andrea Lucia

Meu corpo no seu... (Andrea Lucia)

Meu corpo no seu... (Andrea Lucia)

Esperei vários dias para lhe ver
Meu corpo ansiava em lhe ter
Deitada, esperei por você nua
Ao me ver, sabia que era só sua

Foi se chegando perto de mim
Amou-me, loucamente, assim:
Entre beijos fogosos e abraços
Rolamos na cama aos “amassos”

Sua boca não parou um só segundo
Desbravou e percorreu meu mundo
Lambeu-me, deixando-me excitada
Chupou-me, deixando-me encantada

Meu sexo ficou molhado e carmim
Sua boca ficou repleta de mim
Minha boca também não sossegou
Percorreu seu corpo e lhe chupou
Seu caldo se perdeu na minha boca
Bebi você saborosamente feito louca

De repente, quando dei por mim
Nossas bocas se encontraram
Provei, na sua boca, não o seu sabor
Senti, na sua boca, meu caldo de amor
Igualmente você ao me beijar
Sentiu seu leite, fruto de amar

Nesse mágico encontro de sabores
Onde nos entregamos sem pudores
Provei e degustei você integralmente
Você me sentiu e sorveu igualmente

Amo me conhecer através de você
Encharcar minha boca do meu prazer
Você se conhece através de mim
Bebo seu leite e você o tem por fim

Não fazia idéia da falta que me fazia
Do quanto meu corpo lhe queria
Do quanto seu corpo me é benvindo
Do quanto nosso amor é lindo!

Foto de Andrea Lucia

Noites com Sol sob o lençol...(Andréa Lucia)

Noites com Sol sob o lençol...(Andréa Lucia)

As noites que passo com você
São noites ensolaradas
Noites acaloradas
Despudoradas
Escancaradas
Passamos juntos sob o lençol
Onde você é meu sol
Que me aquece e me ilumina
Me enlouquece e me ensina
Me alegra e me contamina
De amores e ardores
De fantasias e fervores
Me preenche, me causa dores
Me enfeitiça e me conduz
Me esquenta e me dá luz
Acende a minha chama
Me aprisiona na cama
O lençol é nosso algoz
Somos, juntos, fonte e foz
Escuto, atenta, sua voz
Entre sussurros e gemidos
Urros e grunhidos.
As noites com sol
Que passamos sob o lençol
São noites quentes,
Envolventes
Ferventes
De sexos ardentes
De seios salientes
De mãos levadas
Bocas salivadas
Beijos molhados
Carinhos safados
Gozos demorados
Desejos incontrolados
Prazeres inconfessáveis
Momentos inenarráveis.
As noites que passo com você
São noites de prazer
As noites com você sob o lençol
São noites de sol!

Foto de Neryde

Querência tamanha....

Quando nos encontramos,
De amor nos embriagamos!
Sexos latejantes,ambos ofegantes,
Nos tornamos,um do outro,amantes...
Cheios de tesão,
Suprimos nossa carência,
Saciando-nos com urgência!
Por nossos desejos pervertidos,
Ficamos sem vergonha,
Em nosso cio animal,
Não há querência tamanha...
Quero ter seu gosto em minha boca,
Meu corpo arde à espera do teu.
De vontade fico louca,
Alucinada,quero apenas arrefecer,
Este louco prazer
Que nos desatina.
Corpos unidos, entrelaçados,
O quarto agora impregnado,
Pelo nosso cheiro de pecado.
Loucos de paixão,cheios de tesão!
As mãos procurando,
Bocas se roçando,
Línguas penetrando...
Ahhh!Como dois ensandecidos,
Homem e mulher,renascemos,
Na loucura do prazer...
Os corpos de suor banhados
E,pelo sexo um do outro,
Estamos agora saciados!

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