Bem

Foto de Maria silvania dos santos

Mirei errado e não consegui acerta

Mirei errado e não consegui acerta

Não sei bem entender o amor que sem permissão invade nosso coração, não identificar, nem mesmo quantificar a profundeza deste sentimento que nasce para ser inteiramente infinito, mas sei que sinto e é muito bonito...
Não sei explicar o que fez este sentimento em meu peito gerar, pois não é algo para explicar, é algo para sentir...
Tantas vezes tentei expressar este amor ara alguém e este alguém não acredito, tentei este amor no coração de alguém flechar, mas mirei errado e não consegui acerta, desiste e quis fugir mas não adianto pois ele me acompanhou...
O que fazer com esta dor que apossou do meu coração?

Autora; Maria silvania dos santos

Foto de João Victor Tavares Sampaio

Página Entreaberta

O que é natural prevalece

Para o bem ou para o mal
O natural prevalece

O meu amor que continua
É natural
E prevalece

É natural e prevalece
Mesmo quando a gente finge que se esquece

Foto de João Victor Tavares Sampaio

Senso Comum - Parte 6

A minha mulher é necropsista.

Ela junta os caquinhos das pessoas. As pessoas, que lhe chegam estraçalhadas, sem vida, aparecem-lhes desfiguradas, desmanteladas, podres. Ela examina os corpos para saber do que a pessoa sofreu, toca-lhes, e imagina como se deu o sofrimento daquele ser que tem ali os seus restos dispostos.

Eu vi apenas fotos, e posso garantir sem diminuir: morrer é uma merda.

Aproveitem a vida. Não do modo que você fazem, disperdiçando o tempo que lhes foi dado gratuitamente. Eu falo do modo grego. A incerteza de um destino maravilhoso, de um paraíso utópico. A busca pela glória, o estudo e a reflexão, o trabalho útil, o compartilhamento natural e humilde. A possibilidade de que talvez Deus não exista, mas a fé, duradoura e firme, de se sentir bem e satisfeito. A consciência líquida. A loucura do amor. O verso. O canto redescoberto.

Se eu morrer amanhã, não morro desenganado.

Foto de poetisando

Vida VI

A vida é um lindo roseiral
Se nós a quisermos fazer
Encontramos muitos espinhos
Temos que os espinhos vencer
Iremos encontrar muitas alegrias
E com algumas tristezas também
A vida é um lindo roseiral
Com espinhos que a rosa tem
Desde o dia que nascemos
Até ao dia do nosso final
Á que aproveitar bem a vida
Fazer dela o nosso roseiral
As tristezas não nos adianta
Só nos trazem ainda mais dor
Temos que viver a vida com alegria
Vamos todos viver a vida com amor
Se vivermos com muita alegria
E aos outros podermos contagiar
A vida ficará um lindo roseiral
Da tristeza nos estamos a libertar

De António C.

Foto de poetisando

Vou tentar esquecer

Vou tentar esquecer
Deixar que o tempo resolva
Este vazio que sinto
Que o passado se remova
Fecho bem os olhos
Sinto que vivo bem na solidão
Não vou mais mentir a mim
A dor que tenho no coração
Vou tentar esquecer
O que é o meu sofrer
Vou dormir e sonhar
Esperar pelo amanhecer
Já deixei de ter o sorriso
E já parei de tanto chorar
A tristeza já a sei esconder
E até aprendi a dor a enganar
Vou ter que viver a vida
E o passado esquecer
Sonhar que vivo a vida
Até ao dia de eu morrer
Vou tentar esquecer
Deixar que o tempo resolva
Este vazio que sinto
Que o passado se remova
Fecho bem os olhos
Sinto que vivo bem na solidão
Não vou mais mentir a mim
A dor que tenho no coração
Vou tentar esquecer
O que é o meu sofrer
Vou dormir e sonhar
Esperar pelo amanhecer
Já deixei de ter o sorriso
E já parei de tanto chorar
A tristeza já a sei esconder
E até aprendi a dor a enganar
Vou ter que viver a vida
E o passado esquecer
Sonhar que vivo a vida
Até ao dia de eu morrer

De: António C.

Foto de João Victor Tavares Sampaio

O Nome do Amor

O amor verdadeiro sempre foi de graça. Sempre esteve ao seu lado, ali, jogado num canto. O amor te abrigou no dia frio e cinzento da realidade nua e crua, o amor te guardou na chuva, te abriu as portas de um sonho bom. O amor não te pediu identidade, não te cobrou ingresso, não olhou a sua cara antes, foi cego, te amou assim que te sentiu. O amor te prendeu como uma corrente que segurou seus pés e suas mãos, não deixou você sair mais, se arrastou em suas pernas quendo você foi na esquina, te arranhou, te castigou para o seu bem, te xingou, de tudo quanto era nome, quando o único que pensava em dizer mesmo era o seu. O amor se declarou sem você pedir, te desejou até quando você esborrachou a cara no chão, ao não olhar direito a pedra que tinha no meio do caminho.

O nome do amor é o nome do meu viver.

Foto de poetisando

Tu que me dizes ser meu amigo

Tu que me dizes ser meu amigo
Não quero essa tua amizade
Antes quero continuar sozinho
Que com um amigo por caridade
Sou amigo sincero do meu amigo
Com toda a alma alma e coração
Não me digas que és meu amigo
A amigos por piedade digo não
Tu que me dizes ser meu amigo
Se o fosses um amigo de verdade
Como tanto gostas de apregoar
Não eras meu amigo por piedade
Amigo quando é amigo verdadeiro
Fala sempre com toda a verdade
Não esconde seja o que for
É assim que conheço a amizade
Se tu me conhecesses bem
Sabia que sempre a ti fui sincero
A tua amizade dispenso a bem
Porque caridade eu não quero
Para se ser amigo verdadeiro
Em que um no outro se confiar
Quando se escondem segredos
É porque o amigo não é de fiar
Quando se a amizade é feita
Por do outro se ter piedade
Chamam-lhe o que quiserem
Para mim é amigo por caridade
Do que vale me pores no altar
Até dizeres que sou maravilhoso
São palavras que te saem da boca
Para eu ficar muito orgulhoso
Não sou nenhum pedinte de rua
Que ande a pedir seja o que for
Para aceitar qualquer amizade
Que seja por caridade ou por favor
De: António C.

Foto de poetisando

Vivo a pensar em ti

Vivo só a pensar em ti
Será que também pensas em mim
Não te consigo esquecer
O meu amor por ti é assim
Não me importa que não penses
Para mim és todo o meu bem
O que sei é que eu te amo
Como não amo ninguém
Talvez quem sabe um dia
Tu te lembres de mim
Eu irei estar sempre á espera
Que me ames tanto como eu a ti
amo-te muito de verdade
És a minha bem-querer
Amo te cada dia muito mais
Amava um dia contigo viver
De: António C.

Foto de poetisando

Sol III

O sol hoje a mim sorriu
De manha bem cedinho
Disse-me adeus e partiu
Voltei a ficar sozinho
De triste que eu fiquei
Por me estar a abandonar
Disse-lhe também adeus
Fiquei no quarto a chorar
do quarto bem as janelas
Para entrar a sua claridade
Mas como sempre me faz
Sorri para mim de piedade
Não sei o que eu lhe fiz
Para ele me desprezar
Quando preciso de calor
Está ele a me abandonar
Porque me vens tu visitar
E dar esse teu sorrisinho
Se depois me dizes adeus
Me deixas de novo sozinho
Vens tu espreitar-me á janela
Com esse sorriso de desdém
Sabendo que preciso de ti
Que não tenho mais ninguém
De manha logo bem cedinho
Os bons dias me vens desejar
Acenas-me e vais-te embora
Deixando-me sempre a chorar
De: António C.

Este poema é um trocadilho é só ler entre linhas e entendem porque falo em sol em vez de pessoas

Foto de poetisando

Sol II

Que lindo estas hoje
Vens com um ar radioso
Mas já te conheço bem
Tu és muito manhoso
Vens com esse ar feliz
Para depois te esconderes
Atrás da nuvem cinzenta
Para eu não te poder ver
Já conheço as tuas manhas
Ficas com ar sorridente
Para ver se me enganas
Que lindo está hoje dia
Que dia mais maravilhoso
Assim chamam-te esse nome
Só pode ser mesmo por gozo
E tu dia logo nisso acreditas
Não vês que te dizem por gozo
E tu mesmo estando a chover
Acreditas que és maravilhoso
E nos dias que estás encoberto
Ou quando está a trovejar
Achas que és maravilhoso
Dizem-no porque de ti estão a precisar
De: António C.
Este poema é um trocadilho é só ler entre linhas e entendem porque falo em sol em vez de pessoas

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