Enviado por Arnault L. D. em Sáb, 17/11/2012 - 03:48
Sinto falta de a encontrar, falar
coisas doces, bobas, as dizer:
Quanto é linda... E poder olhar
em seu rosto, um riso acender.
E vir clara certeza, que ali,
vejo a mulher que eu amo.
Das palavras que penso, ou li,
acho seu nome... amor lhe chamo.
Só em sua pele um tal cheiro
faz morada, ao sentir, os olhos cerro...
E perto a boca, deixo em derradeiro,
meu pensar... Apenas provo e quero.
A pele macia da rosa boca,
e o movimento dos lábios no beijar.
O molhar da saliva a língua toca,
ballet de esquecimento e esfaimar ...
Mas, desejo mais , o todo e o detalhe.
Quero os cabelos, os pelos, e o ar,
quero ser em ti, a nos fazer entalhe,
tatuagem, quadro, as cores a mesclar...
Quero ser seu... sou. Vem e me leve...
Me enterre em seu ventre e me acabe
e a amarei até o descer da neve,
verter, escorrer num não mais cabe...
Quero ser somente o que faz-me ser,
ser simplesmente quem a ama...
E seja apenas o que é, e me faz ser.
Seu nome: Amor... Assim se chama.
Enviado por Carmen Lúcia em Qua, 05/01/2011 - 16:18
(As faces do Amor)
Da doce bailarina de ballet clássico, à sensual dançarina de tango.
Do botão de rosa angelical, à flor carmim desabrochada.
Da suave fragrância matinal, ao perfume embriagador da noite.
Já amara profundamente. Em seus passos de ballet clássico, ainda adolescente, refletiam a pureza de um amor incondicional. Nos “pás-des-deux” e nos “arabesques” pulsava um coração apaixonado e crédulo.
Em seus lábios, um sorriso inocente.Nas pontas das sapatilhas, a certeza de um porvir risonho.
De repente tudo se transformara. As decepções trouxeram a amargura, as lágrimas, o sorriso sarcástico, o desacreditar. O vermelho da paixão, do desejo.
Tornara-se mulher.Conhecera a noite.Os becos e esquinas.A fumaça do cigarro e da neblina.Os copos de bebidas fortes.Os encontros clandestinos.
Os cabarés.O tango. Os saltos dos sapatos.
Seus passos de dança tornaram-se insinuantes, provocantes.O vestido preto colado ao corpo, com fendas laterais, era um convite para uma noitada caliente.
Uma rosa vermelha em seus cabelos presos, denunciava rebeldia.
Na dança mostrava sua alma ferida e quanto mais ela doía, mais se entregava a passos magistrais, coreografia única, conduzida pelos tangos de Gardel.
As pernas bem torneadas cruzavam-se rapidamente com as do parceiro, numa sincronia perfeita e sensual. Os “ochos” realizados com muita arte e elegância, faziam o público delirar.
Acordava sempre na cama de um bordel.Disfarçava as lágrimas com um sorriso malicioso.
Então dava-se conta da realidade crua e nua.E contava os minutos para que a noite chegasse novamente e com ela vestir a máscara que a camuflava.
Te amar é mesmo minha sina?
Teu beijo é uma dose forte
Da mais pura estricnina
Tu estranhas linda menina
Que salsicha por aqui é vina
Mas já sabia que identificador de chamadas
Nós também chamamos de bina
Celina
Te amar é mesmo minha sina?
Banhas-te nos meus sonhos numa tina
Teu nome tão lindo, não entendo
Por que e ele só te chama de mina
Só se for de mais puro encanto
Desejo, prazer, acalanto
fascínio, graciosidade, espanto
Celina
Te amar é mesmo minha sina?
No sonho desta noite de verão
Ruidoso banho em piscina
Com tuas irmãs e a Regina
Mas no de ontem não a vi mais traquina
Na graça, e no deslumbramento em volteios
Da mais linda e flutuante bailarina
Ouvi gritos, assovios e vozes
Pra minha suave borboleta de sapatilhas
do brilhante ballet Quebra- Nozes
Madrugada adentro & garoa
ouço gargalhadas na sala de estar
Monalisa não segurou mais o riso
E os ventos deste outono sombrio
não uivaram tanto pra Heathcliff
voce na noite vestida de lua
e eu um chocalho,
em suas mãos de carmim
Isso em si não esgota o assunto
porque amanhã o vento muda de lado
e quem irá as roupas, recolher?
por que virar a cara na hora do beijo?!?!
Mofas do escorpião e seu bote errante
há quanto tempo teu gato não mia
o de Poe jamais me sorria
com que lágrimas tuas mãos perfumadas
e cheias de anéis
apanharam minhas botas tão sujas
quando pra ela qualquer garnizé
é um cisne com cor de neon
Pobre trocador do ônibus Itupava - Cohab
apaixonou-se pela bailarina do Ballet Quebra - Nozes
" ela tinha a leveza de um feixe de tulipas "
e eram mui lindos seus sissones, côr de brilho labial
E o Chiboletto gente?!
Tomou mesmo 6 tiros?!?!
Mas é louco, por que vender "6" DVD'S a 10 reais?
Ele tinha ponto fixo no terminal do CIC,
e a mãe virou puro chiliki
Ele sempre ia embora no Cachimba - Olaria
dezembro enviava currículos pra papai Noel
Q saudade do Chiboletto
e sua alegria tão efusiva
nos bichos-de-pé.
*******************************************************
ÚLTIMO TANGO
Ó linda bailarina
Vejo-te em sonhos dançando.
Antes aparecias como uma menina
Em um palco iluminado
Por luzes amarelas
Do “ballet”
Clássico.
E
Vias terminar
O espetáculo num rodopio
Fenomenal,
“Sem igual”.
Na juventude
Via-a radiante e cantando,
Num palco maior,
Um teatro
Como uma
Soprano.
Na minha idade varonil
Te vias esplendorosa como uma rosa
Formosa num grande salão
Dançando com saias
Esvoaçantes
Ora
Sambando
Ou nos encantando
Sob acordes de Músicas
Nacionais brasileiras.
“ Xaxado, merengue, forró,”
“Salsa” e até “lambada”.
Em todas
Apresentava-nos uma característica
Particular.
Própria de tua pessoa
E do sangue latino,
Que lhe ferve nas veias,
Então, requebravas,
“Com um quê de brasilidade”,
“Com muito tempero e gingado”
Com muita sensualidade.
Mas sempre, eras uma
Mulher bela e charmosa
Como uma rosa
Amarela.
Noutras horas,
Sempre esplendorosa,
Eras símbolo da paixão
Vestida num longo vermelho
E tendo nos cabelos
Uma flor
De igual
Cor.
Mesma flor
Lindíssima rosa
Amarela, cor do amor
E marcada com o vermelho da paixão
Extasiante que sentias e
Com a qual marcaste
Num beijo sensual
O carmim
Da tua
Boca.
Ao dançares
Não sabíamos ao que olhar se na flor
Sobre o piano ou ao teu corpo
Escultural.
Se nos teus passos,
Ou em tuas Pernas
Tão
...
Ou nas pétalas que caiam
No passar dos dias
Uma
A
Uma
Em sentida melodia...
Até que um dia
Vimos a última pétala
Desprender-se do verde graveto
Esvoaçar pelo salão
E, agora te revemos
Flutuando por este salão
Encantado de poemas-de-amor.net
“Elevando-se às alturas”
“Rodopiando ao som de Strauss”
“Saltitando os bosques de Viena”
E ressurgindo
No “Lago dos Cisnes”.
Com o graveto entre os dentes
Como uma gata,
Uma pantera guerreira,
Como a mulher
Brasileira.
Agora a
Meia idade
Entras para arrebentar
Corações.
Num longo
Vestido de cetim
Com as costas desnudas
Com um racho
Lateral
E sempre
Paras com o branco do marfim
De tuas coxas em meus olhos
Na frente da minha mesa
E se oferecendo
Com os olhos
Para mim.
Levanto,
Estendo meus
Braços,
Arrebato-lhe num abraço,
Do teu par.
Entrelaço e te guio,
No som de um tango,
Pelo salão e tu danças
Como nunca.
Eu danço.
Sinto o
Ao final,
Teu suspirar,
O tremor de teu corpo
Colado ao meu e até o palpitar
Do teu coração.
O cheiro suado de teu perfume
Extasiante e inebriante
E sussurro em teu ouvido
Num caminho por entre a noite fria,
vi uma árvore carregada de flor,
que tentava crescer na erosão do ar,
mas com peso excessivo, de tantos gomos,
demasiado para os ramos da minha alma.
Um sentimento da fímbria onda branca,
meditando na noite que devora as páginas do mar,
sob o oceano de conchas a formar orquestra
das novas melodias de Chopin (eu as ouvi)…
Gotas borbulhantes bailando na água
que apanhei como bailarinas dançantes,
num ballet fechado em minhas mãos.
Toda a forma real e irreal incontida,
entre águas do céu feitas de vidro
é o mundo que vejo e nunca vi antes.
Um desejo que respiro mas que não escolhi.
Pedi a Isthar para procurar por mim o céu,
que traça as prosas e versos entre um mar de rosas,
que crescem em águas azuis, por entre espinhos.
Definindo e traçando um outro caminho
Até às nuvens que já suspiram a canção de “benvindo”.
Ó linda bailarina
Vejo-te em sonhos dançando.
Antes aparecias como uma menina
Em um palco iluminado
Por luzes amarelas
Do “ballet”
Clássico.
E
Vias terminar
O espetáculo num rodopio
Fenomenal,
“Sem igual”.
Na juventude
Via-a radiante e cantando,
Num palco maior,
Um teatro
Como uma
Soprano.
Na minha idade varonil
Te vias esplendorosa como uma rosa
Formosa num grande salão
Dançando com saias
Esvoaçantes
Ora
Sambando
Ou nos encantando
Sob acordes de Músicas
Nacionais brasileiras.
“ Xaxado, merengue, forró,”
“Salsa” e até “lambada”.
Em todas
Apresentava-nos uma característica
Particular.
Própria de tua pessoa
E do sangue latino,
Que lhe ferve nas veias,
Então, requebravas,
“Com um quê de brasilidade”,
“Com muito tempero e gingado”
Com muita sensualidade.
Mas sempre, eras uma
Mulher bela e charmosa
Como uma rosa
Amarela.
Noutras horas,
Sempre esplendorosa,
Eras símbolo da paixão
Vestida num longo vermelho
E tendo nos cabelos
Uma flor
De igual
Cor.
Mesma flor
Lindíssima rosa
Amarela, cor do amor
E marcada com o vermelho da paixão
Extasiante que sentias e
Com a qual marcaste
Num beijo sensual
O carmim
Da tua
Boca.
Ao dançares
Não sabíamos ao que olhar se na flor
Sobre o piano ou ao teu corpo
Escultural.
Se nos teus passos,
Ou em tuas Pernas
Tão
...
Ou nas pétalas que caiam
No passar dos dias
Uma
A
Uma
Em sentida melodia...
Até que um dia
Vimos a última pétala
Desprender-se do verde graveto
Esvoaçar pelo salão
E, agora te revemos
Flutuando por este salão
Encantado de poemas-de-amor.net
“Elevando-se às alturas”
“Rodopiando ao som de Strauss”
“Saltitando os bosques de Viena”
E ressurgindo
No “Lago dos Cisnes”.
Com o graveto entre os dentes
Como uma gata,
Uma pantera guerreira,
Como a mulher
Brasileira.
Agora a
Meia idade
Entras para arrebentar
Corações.
Num longo
Vestido de cetim
Com as costas desnudas
Com um racho
Lateral
E sempre
Paras com o branco do marfim
De tuas coxas em meus olhos
Na frente da minha mesa
E se oferecendo
Com os olhos
Para mim.
Levanto,
Estendo meus
Braços,
Arrebato-lhe num abraço,
Do teu par.
Entrelaço e te guio,
No som de um tango,
Pelo salão e tu danças
Como nunca.
Eu danço.
Sinto o
Ao final,
Teu suspirar,
O tremor de teu corpo
Colado ao meu e até o palpitar
Do teu coração.
O cheiro suado de teu perfume
Extasiante e inebriante
E sussurro em teu ouvido
Enviado por Carmen Lúcia em Ter, 11/12/2007 - 21:31
Da doce bailarina de ballet clássico, à sensual dançarina de tango.
Do botão de rosa angelical, à flor carmim desabrochada.
Da suave fragrância matinal, ao perfume embriagador da noite.
Já amara profundamente.Em seus passos de ballet clássico, ainda adolescente, refletiam a pureza de um amor incondicional.Nos “pás-des-deux” e nos “arabesques” pulsava um coração apaixonado e crédulo.
Em seus lábios, um sorriso inocente.Nas pontas das sapatilhas, a certeza de um porvir risonho.
De repente tudo se transformara.As decepções trouxeram a amargura, as lágrimas, o sorriso sarcástico, o desacreditar.O vermelho da paixão, do desejo.
Tornara-se mulher.Conhecera a noite.Os becos e esquinas.A fumaça do cigarro e da neblina.Os copos de bebidas fortes.Os encontros clandestinos.
Os cabarés.O tango.Os saltos dos sapatos.
Seus passos de dança tornaram-se insinuantes, provocantes.O vestido preto colado ao corpo, com fendas laterais, era um convite para uma noitada caliente.
Uma rosa vermelha em seus cabelos presos, denunciava rebeldia.
Na dança mostrava sua alma ferida e quanto mais ela doía, mais se entregava a passos magistrais, coreografia única, conduzida pelos tangos de Gardel.
As pernas bem torneadas cruzavam-se rapidamente com as do parceiro, numa sincronia perfeita e sensual.Os “ochos” realizados com muita arte e elegância, faziam o público delirar.
Acordava sempre na cama de um bordel.Disfarçava as lágrimas com um sorriso malicioso.
Então dava-se conta da realidade crua e nua.E contava os minutos para que a noite chegasse novamente.
Minha arte não pode morar
Em nenhum lugar para sempre.
Mas ficaria eternamente por aqui...
Despertaria ouvindo cantos desconhecidos,
Bem cedo, sem velhos azedos,
E começaria o dia sem medos
Dos tempos futuros, ou dos idos.
Minha arte sempre parte... Para algum lugar
Que não posso imaginar de quem seja.
Mas logo volta e feito doida me beija
E molesta a minha preguiça
Tão ingênua, e me alvoroça.
E antes que pensar algo eu possa,
Ávido, cato o que esteja ao alcance
Do meu silêncio e da minha nudez...
E já nada mais importa
Senão a arte... E essa minha prenhez!
Minha alma... Como um largo portal
Escancarada para todos os lugares,
Não aprende mesmo a sentar-se
Como uma mocinha de boa família...
Mas na verdade o artista é um velho lobo.
Seu silêncio é um cosmo
E seu covil uma ilha.
Não duvidem do seu velho coração
Tão lúcido de abraços e beijos,
Nem subestimem os seus olhares
Baços de tantos lugares...
Porque o lobo sente e vê
Apenas com a alma e, por tanto exercê-la,
Não há estrela no seu manto antigo
Que não lhe trate pelo nome... Amigo.
Itaipú(Niterói)/RJ - 2006
O artista plástico carioca Lou Poulit, criador da série de pinturas sobre tela e esculturas "Element Ballet" (Bailarinos Elementais), dentre várias outras, com centenas de obras vendidas para quase todos os continentes nos últimos 7 anos, escreve poesias, contos e crônicas há 20 anos. Acabou de chegar nesse Site e nele pretende começar efetivamente o trabalho de tornar públicas suas letras. E espera fazer bons amigos nesse espaço.