Quando a oiço tocar...
Quando oiço tocar aquela música
Aquela que à noite costumávamos dançar
Sinto uma triteza dentro da minha alma
Quando oiço a nossa música...
Quando a oiço tocar...
Lembro-me das noites em tua casa
Suados, deitados lado a lado a arfar
Lembro-me dessas noites de prazer
Em que nos uniamos num único ser
E de dentro de nós saíam suspiros de deleite
As sombras projectadas à luz da lamparina de azeite
Quando a oiço tocar... lembro-me daquela primavera
Em que fomos viajar juntos e com os nossos amigos
Os dias que passamos naquela praia maravilhosa
E a felicidade que irradiava de de nós os dois, escorrendo amor
Quando a oiço tocar... a tristeza me invade
A tua lembrança me enche de saudade
Mas, por mais que sofra estas angústias
Ela é a única coisa que sobrou da tua presença encantadora
Samory de Castro Fernandes