Aurora

Foto de Sirlei Passolongo

Raio de Sol

     

Quando a manhã desperta
O cheiro do café... A rua
ainda deserta.

O girassol dormindo
a espera do sol
A lua se despede
no clarear da aurora.

As estrelas,
feito botões se fecham
acorda a passarada
o dia recomeça.

Eu sinto sua boca
Com gosto de café
Sussurra-me bom dia!
a fazer cafuné.

E o Artista maior
já tinge o sol no leste
e de luz o céu veste
O girassol sorri,
do sol jamais se perde.

Assim é o seu olhar,
me ilumina e protege
tinge o meu sorriso
Da paz,
que seu amor
concede.

(Sirlei L. Passolongo)

Direitos Reservados a Autora
     
     

Foto de CarmenCecilia

ANOITE DO MEU BEM

A NOITE DO MEU BEM

Quero uma noite de lua cheia que tudo contagia.
Que venha brilhante a pratear magia
Refletindo a luz nas minhas vestes e lençóis de cetim
E como lendo pensamentos te traga pra mim.

Uma estrela cadente para o meu pedido mais eloqüente.Alucinante!
Quero te deixar marcas de marfim da minha boca carmin..
E no teu sorriso alvo insinuante.
Quero teu desejo ardente.Latejante!

Com a minha veia que salta.Os seios que arfam!
As mãos que tremem ...
Nesse frenesi que você me tem
Entrelaçando versos e em toda rima sentir-te
Assim todo perpetuado em mim...

E eu perdendo o controle do controle que tu me tens...
E nesse vai e vem ,te insinues.
Beijando continuamente minha pele nua...
Dizendo-me roucamente que sou tua

Saciando-me todos os anseios...
Quero que no romper da aurora em que você veio.
Desenhe-me de carinhos nesse novo dia que nasce
E eu enfim possa transparecer paz na minha face!

Carmen Cecília

Foto de furriel

Saudades

Que saudades dos tempos outrora, da minha aurora que não volta mais
Que vontade de viver neste tempo, o que o tempo não traz mais
sinto falta das minhas alegrias, da vida tranquila sem preocupações
Onde a aungústia, a dor e o medo não se viam tão cedo
A quem dera, se a aquela pureza, junto a gentileza pudessem voltar
A franqueza estava em minha boca e a retidão no meu caminhar
Ah, saudades do tempo querido, mais bem escondido agora ele esta
Eu procuro, mas nunca encontro, uma maneira de poder voltar
Video game jogava nos dias e as noites tardias viravam manha
Que saudades do futebol de moleque, da pipa no vento e da gude no chão
Ah, que saudades
Acordava para ir a escola, e com os amigos na volta começava a brincar
Ainda lembro das paqueras escondidas sem nenhum compromisso, eram só diversões
Sinto falta...

Foto de Carmen Vervloet

Resquícios de Poesia

Resquícios de Poesia

Sozinhando, por ruas desertas,
Busco resquícios de poesia
Para acalmar meu eu andarilho.
Vago por alamedas iluminadas
Por prateado luar.
Sinto o cheiro das murtas
Que dormem silenciosas
Indiferentes a minha triste solidão.
Dói o meu coração
Massacrado pela vida.
Insisto... Persisto... Resisto...
Caminho nas trilhas da noite
Ouvindo o silêncio da madrugada.
Nada acontece...
Apenas continuo procurando
Nos descaminhos do alvorecer
Que me levam as primeiras luzes da aurora.
Finalmente encontro um riacho
E lavo a poeira que pousou
Em meu coração
Que agora está mais leve.
E só então consigo poetizar
Bons momentos da vida
Agora inserida
Nos versos escritos no ar
Com o vapor de minhas quentes
Lágrimas de amor!

Carmen Vervloet

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

"GURIA DO RIO GRANDE"

GURIA DO RIO GRANDE

Caminhava lá pra beira dos pampas
Admirava as prendas faceiras
Quando me lembrei que ninguém, mas se espanta.
Com a beleza da gaúcha rancheira.

Mulher linda e bem aprumada
Cabelos longos e toda brejeira
Toda branquinha de face rosada
De ancas largas de mulher parideira.

Quase não volto e desisto do rumo.
Pensei até em ser boiadeiro
Mas “bah tche”, tenho que seguir meu próprio destino.
E esquecer meu coração aventureiro.

E agora na hora de ir embora
Fico triste só de lembrar
Que vou deixar a gaúcha Aurora
Ir pra minha terra, e só recordar.

Foto de Jamaveira

À tona

À tona

Aflora aurora perdida

Vem transformar dias novos

Trazer de volta aquela praça

Teu sorriso sem graça

Revoar dos pássaros ao entardecer

O beijo inocente que enlaça.

Tão distante parecem os anos

Tão perto as emoções do coração

Diante do espelho semblante sorri faceiro

O pente desliza nos cabelos brancos

Nos lábios o queimou da saudade

No peito ofegante desejo...

Jamaveira

Foto de Marta Peres

Farrapos do Coração

Farrapos do coração

Vestindo o que restou dos farrapos,
farrapos de mim do meu coração,
estraçalhado pela dor
vou brincando e tentando sorrir
deste sofrer atroz que aniquila
a alma e me deixa sem chão.

Não sei se consigo pois vivo
ao léu tentando apanhar
o pouco que restou nas franjas dos
ventos, sofro, morro aos poucos...

Já não há mais a esperança no amanhã
pois só tenho noite e nem mais o crepúsculo
ou a força d'aurora me é permitido,
meu céu não tem estrelas
e nem esperança no coração.

Marta Peres

Foto de Joaninhavoa

No Jogo do Cabra-Cega

Vem brincar à cabra-cega
por mim. Porque tu nunca cais!..
Ergues-me e vestes-me de carmim
Fazendo amor e querendo cada vez mais!..

E. logo pela manhã ao romper da aurora,..
Embrulhada como um presente
Deixas-me voar lembranças de outrora,..
Como cartas sem remetente!..

Que voz vem do som perdida
Que não é a minha voz?
É a voz de alguém muito querida
Que fala perdida através de nós!

Com duas mãos descobrimos o caminho!..
Uma com gestos gratos ao céu
Enquanto a outra segura o véu!

No jogo da cabra-cega, mistério
E tu ergues-me num imprevisto
Dás-me a mão e sinto-me rainha de um Império!

Foto de NiKKo

Todos os meus sentidos.

Ter você comigo e ao meu lado
Coloca em mim um brilho no olhar
Nos meus lábios o sorriso vem fácil
E meu coração fica com vontade de brincar.

Pensar em ter você comigo é me descobrir,
É me sentir como pássaro livre da prisão..
É ouvir uma musica trazida pelo vento
E por ela deixar embalar o coração.

Sentir teu corpo em meus braços como eu faço
É deixar-me conduzir por uma estrada florida
É sentir a pele arrepiada a um toque seu
Como pétalas de flores pelo orvalho umedecida.

Ver você me olhando com um sorrisso
Meu Deus que suave e doce visão
Pois teu sorriso ilumina a minha alma
E como um bom vinho me rouba a razão.

Receber de você seus carinhos e seu amor
Fazem-me sentir que sou especial
Pois tendo você comigo eu sei
Os meus sonhos eu posso tornar real.

Por isso todos os meus sentidos ficam acessos
Quando você se aproxima de mim
Pois é você amor é a minha esperança
De na minha tristeza, de vez por fim.

E não importa nada além de você
Ouso mesmo ate sem medo admitir
És para mim o reflexo de uma nova aurora.
És hoje, a razão do meu sorrir.

E por ser verdade o que sinto
Sem medo estou aqui a te confessar
Quero você comigo sem promessas
Mas quero que me deixe te amar.

Foto de JGMOREIRA

A MÃO QUE ACENA

A MÃO QUE ACENA

Toma essa mão que acena adeus
que desentrava toda a tristeza do mundo.
U'a mão pálida
um olhar soturno. E toda a tristeza do mundo.

Mergulho meu dia na luz malsã do mercúrio
passando o dia todo, todos os dias
passando por mim,
pensando que passo no mundo.

Não! Não farei como os poetas abnegados
que deixaram nomes encravados em placas
largaram obras belíssimas aos olhos do mundo.
Passarei em claro, deitarei em escuro e terá sido tudo.

E será tudo passar assim pelo mundo ?
Se olho, não vejo; se vejo,não escuto.
Se amo não odeio; se quero, discuto.
Discuto comigo nas serras da minha cabeça
procurando caminho na aurora
aurorescendo que esse caminho aconteça.
Que aconteça de repente, feito nascimento
para que todos os caminhos desapareçam
só restando um caminho
e eu seja criança que se alimenta
de um caminho que a abasteça
que me faça dono do mundo,
senhor das coisas e da razão.
Criança vestida de homem
posando para retrato no jardim
enquanto espoucam as luzes dos dias na sala.
II
AH, toma essa mão que acena adeus.
Repousa todas as mãos e restará essa
que desentranha toda a tristeza do mundo.

Em casa, escutando sons familiares
louças que entretinem, água que jorra
parentes que falam...Essa é toda a vida.
Mas terá vida essa vida de família pelos ares ?
Será vida acalentar nesse quarto o sonho da vida ?
Será vida amassar mil papéis da vida ?
Escrever mil linhas e chamá-las vida ?

O que será viver se passo em branco
todos os meus dias? Não altero nada
não provoco nada, não amo nada
sinceramente. Desejo mil coisas
e passo por elas, tão perto,
que meu desejo fica contente

E ri meu desejo em minha boca
E presto atenção no gato do hotel
na senhora que lava o rosto na pia na área
na menina que grita mãe!
Nas danças de rua nas portas dos bares
Atencionado em tudo, estaciono
Paro. Mole e parvo, à beira de tudo
E não mudo nada, nada mudo
Por isso,
toma essa mão que acena adeus
Pergunta a ela
se é viver passar ao largo do mundo.

Mas pergunta ríspido e forte
que essa mão tonta
às vezes faz-se de surda
para passar sem resposta
a tantas perguntas absurdas.
III
Toma essa mão que acena adeus
Reconforta-a no desenho do teu seio
Aqueça-a com o calor do teu corpo.
Não tenha medo do homem atrás da mão !
O homem é uma coisa de pó
finíssimo, que toma a forma de jarro
onde derrama-se uma gota de poesia.
Forma-se o miraculoso barro

d'onde surge essa mão
que levanta-se do pó para tornar-se mão
para acenar adeus à própria vida
ou a vida do próprio irmão.

Quantas vezes o homem detrás da mão
bem oculto pelas falanges aneladas
esteve louco de tanto olhar
e não ver outra mão?

Eram jarros sem pingo de poesia
que marchavam lá fora
Rolavam, chocando-se com tanta força
que rompiam espalhando o pó
Pó tão espesso, tão pesado
que logo tomou a cidade
Cobriu o céu até não se ver estrela.
O pó alevantado não assentava
Tranquei-me em livros, armadilhas de amar,
em corpos frios de copos vazios
cofres antigos de segredos perdidos
Mas o pó me achou
A poeira pesou meus ombros
Eu a respirei
Quando abri a janela, não pasmei:

estava infecto, imundo, não ventilado
Aquele pó era o mundo
O mundo não cabia no vaso.

Toma, urgente, essa mão que acena
Beija-a, abraça essa mão que não repousa
que insiste acenando adeus
coberta de um pó que não se afugenta.
IV
Oiço tantos sons familiares
o relógio, a buzina, o assobio desafinado
os passos da menina, o grito do soldado
Nessa janela, abismado
confirmo com meus olhos
que minha família está pelos ares
Durmo preocupado
sonhando com o pó envenenado.
V
Vamos, toma logo essa mão
Não a deixa ao acaso
tentando erguer-se da mesa
estando o corpo anestesiado.
Não te apavores, amada, não te apavores!!
Hás de ver tantas mãos acanhadas
que hás de implorar pela minha mão que te acode
empurrando teus passos pela estrada.
Minha mão, no silencio da chuva que desaba
está fria, morta, quieta
lutando contra o vício que a descarna.
Minha mão não quer ser poeta
não quer o formol das estantes
não anseia taças
póstumas pousadas na sua palma sem semblante.
A mão quer a paz dos arvoredos
quer o canto das aves trinadoras
o vôo da rapina mais absoluta
a envergadura de asas perfeitas
Minha mão quer dormir um sono tranquilo
sabendo que a poesia pulou o muro
saiu do quintal esquisito
veio cá fora respirar ar mais puro.

Minha mão quer liberdade
quer justiça.
Uma justiça sem mãos
sem crinas
Minha mão que acena adeus
não quer abrigar sonhos em sua morada
Não quer estalar patíbulos
não escalar horas marcadas

Minha mão quer ser amada !
Quer que tu a toques com cada dedo da tua alma

Minha mão que acena adeus
acena a Deus
que do longe das estrelas
acena duas mãos perfeitas
à minha mão deformada.

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