Quando meu pensamento
Tocou tua alma,
Uma onda de harmonia
Penetrou em meu coração.
Desfiz-me de minhas incertezas
Desvaneci-me no teu corpo
Perscrutei tuas fantasias
Em busca de respostas perfeitas.
Entrei em teu olhar
Procurando ver teu interior
Teus sentimentos belos e puros...
Virei-me do avesso,
Numa busca quase desesperante
De chamar a tua atenção.
Corri atrás de desejos incertos
De memorias gloriosas...
Enfrentei as tempestades
Do meu íntimo
Lutei contra os meus sentidos.
Para que apenas por instantes....
Tu olhasses para dentro de mim...
Enviado por Chácara Sales em Sex, 27/02/2009 - 03:59
Um dia a perambular pelas ruas da cidade, resolvi ir até a praça, ao centro, onde havia muito tempo que já não ia; ao chegar avistei um menino tocando flauta, com certeza na esperança de ganhar uns trocados.
No momento em que me aproximei ele me olhou firmemente, num ato solene, então entendi que era gratidão pela minha atenção.
Sentei no banco da praça e continuei a perceber-lhe; o vento soprava fortemente no rosto, as árvores balançavam adornadas de flores, cheias de vaidades; até que num olhar o menino parecia questionar-me, continuava tocando, levantei-me, prossegui meus passos a seu encontro, ele tocava e me reparava; devia ter mais ou menos uns 14 anos. O povo a passar colocava trocados em seu chapéu, ele contente a se deliciar com sua flauta, dava pra ver a alegria brilhando em seus olhos, era a sua luta diária...
Aquilo tocou profundamente minha alma, via uma grande virtude naquele menino, tinha algo de especial, tocava com alma, fazia o instrumento chorar como dizem... até uma senhora que o escutava saiu emocionada, a chorar, as lágrimas eram como diamantes em seu rosto. O povo ali ia saindo aos poucos, devagar, quando me vi só com o menino, então aproveitei para conversar; ele inocente e meigo pediu-me educadamente um trocado e riu-se, eu meio desconcertado nem mesmo percebi que me havia esquecido de dar-lhe umas moedas, que coisa!
__ Por favor, Senhor que reparas tanto! Não o conheço nem tu me conheces, com meu sorriso no rosto que é minha dádiva, superando as dificuldades para não chorar, peço-lhe gentilmente um trocado se não for precisar.
Contive nas pálpebras gotas que não eram de orvalho, que naquele momento de emoção poderiam se derramar. Parado em frente sorri, estendi-lhe a mão, dei-lhe, realmente não iria precisar. E me perguntou.
__ Desde que chegaste me olhas tanto! Algum problema?
__ Não! Na verdade eu pensei lhe conhecer, mas acho que me enganei.
__ Achas que me conheces?
__ Tive um pressentimento, mas deixamos!
Há muito tempo algo aconteceu comigo, eu havia perdido um filho que me roubaram, e já sofria há tanto tempo com a morte de minha esposa, minha linda esposa a qual nunca consegui esquecer; como ela era linda! Tão humilde e realmente mulher!
Naquele momento tinha as mãos trêmulas, entrelaçavam-se, as palavras pareciam fugir dos meus lábios, quase não conseguia falar, eu senti algo naquele menino, um pressentimento estranho, parecia que já o conhecia, e por alguns instantes imaginei ser ele do meu sangue. As lembranças do passado vieram a me perturbar, não queria tirar conclusões antes do tempo.
__ Menino, acho que se eu lhe dissesse algo a respeito, talvez não entenderia a razão.
__ Talvez entenda, Senhor! Tenho o dom de entender as pessoas __ Disse tirando o dinheiro do chapéu para guardar no bolso.
__ Seria estranho pra você, creio que não entenderia.
Mas, serenamente a me olhar disse:
__ Não custa tentar!
Como aquele olhar me trouxe segurança. Eu pude me abrir com aquele menino; nem mesmo o conhecia, mas vi sinceridade nele e parecia querer me ouvir. Não mais receoso o chamei para caminhar, ele apanhou seu instrumento e o guardou, então prosseguimos...
__ Senhor, o brilho do teu semblante parece apagar lentamente.
__ Sabe, menino, a vida deixa marcas e na velhice elas doem. Se não são boas, trazem alegria, se são ruins, trazem mágoas. De certo não deixam de doer.
__ É tão ruim assim?
__ Não, basta saber viver para que as lembranças más não venham a lhe atordoar mais tarde. E se por capricho da vida alguma coisa ruim acontecer a você, como ter que perder alguém, passe por cima; a vida tem dessas coisas...
__ Eu quando era criança perdi minha mãe e meu pai.
Quando o Menino me disse aquilo, meu coração começou a bater forte. Então expliquei a ele o motivo de minha emoção ao conversar com ele, e por quais motivos meu semblante ia-se apagado.
__ Hoje tenho 40 anos, se estivesse com meu filho, talvez ele estaria com a sua idade.
O menino escutava atento, suspirava.
__Eu estaria mais feliz junto a ele e minha esposa que perdi há alguns anos atrás.
__ O que aconteceu com ela? O senhor deve sofrer muito não é?
__ É, dá pra suportar. Minha esposa morreu no parto, 4 horas depois do nascimento de Emmanuel, meu filho. A escrava que eu tinha, cuidou de tudo pra mim, inclusive dele. Eu não tinha forças para nada, não conseguia comer nem dormir; tremenda era a dor que sentia. Depois de alguns meses tive que me conformar com a morte dela. Esabelle, uma linda mulher!
__ E Teu filho, onde está?
__ Juro que não sei, o perdi também.
__ Ele fugiu?
__ Não, a escrava o roubou de mim logo após lhe dar sua alforria. Tentei de tudo para encontrá-la, mas se escondeu muito bem de mim. Outra perda que tive de aceitar. Oh, Deus, tu sabes o quanto sofri! Aquela escrava... Confiava tanto nela! Mas imagino o motivo por qual partiu, apesar de achar que mesmo livre continuaria comigo.
__ E qual seria o motivo, Senhor? A propósito, qual é mesmo teu nome?
__ Eu não tinha coragem de olhar pro meu filho, não que eu não gostasse dele, é que não imaginava como iria criá-lo sem uma mãe, pensava se seria um bom pai, se ele se acostumaria... Uma série de pensamentos me invadia, acabei por entrar em depressão. Talvez a escrava Alice por gostar tanto de mim o levou para que eu não sofresse; não foi uma boa idéia, e durante anos a procurei e nada. Ah, Desculpe, havia perguntado meu nome, sim, é Antônio.
(...)
__ Senhor, queira me perdoar, não consigo conter as lágrimas.
Olhei para aquele menino, percebi o quanto chorava, fiquei espantado.
__ O que foi? Não chores assim, não se comova tanto, é uma dor que não quero que sintas, esqueça.
__ Não diga isso, Senhor! Choro, pois tenho uma história parecida com a sua. A minha mãe Alice, a preta que me cria, disse que mamãe Esabelle morreu no parto, que meu pai um grande fazendeiro se chamava Antônio, e por motivo que nunca quis falar me criou longe, na cidade grande; só agora é que retornamos aqui para o vilarejo Filadélfia. Ela muito doente já sem condições de trabalhar veio descansar aqui onde me disse que tudo começou. Eu com poucas expectativas nunca imaginei que pudesse te encontrar, achei que tinha me abandonado, por fim é muito divino ver a história circundando assim, oh, meu pai! Diga que és? Agora entendo porque preta Alice me trouxe de volta, para te encontrar de novo. Oh, Deus, que alegria! Como eu quis tanto te ver! Te conhecer!
Não acreditava no que via nem no que ouvia. Meu filho estava diante de mim. Parecia um sonho, era um sonho. Comecei a dizer alto: É um sonho!
Ele me dizia: __ Não pai é realidade, não é sonho, sou eu, Emmanuel!
E me Abraçava fortemente; choramos juntos. Contemplando-lhe beijei-lhe a face, dizia: __ Finalmente, oh, Deus! Finalmente.
Ajoelhado agradeci a Deus pelo inesperado reencontro. E ele todo eufórico me pegou pelo braço e me puxava.
___ Vamos, vamos que Preta Alice tem que te ver. Vamos, vamos, ela vai querer te ver, eu sinto isso.
___ Vamos sim, meu filho, vamosssss...
E ali meu semblante se acendeu, a vida devolvia-me a vida mais uma vez. Eu vi a felicidade e a razão de viver me abrangendo o ser. Sentia-me no paraíso. Saímos correndo pelas ruas e meus pés junto aos passos dele pareciam flutuar. Correndo olhei para o céu em ato de reverência, e vi nas nuvens a imagem de Esabelle sorrindo para mim. Senti que naquele momento nossas almas atormentadas se acalmaram para sempre.
Amor uma palavra pequena, mas com tamanha intensidade que pode nos levar ao céu e ao inferno em segundos.Quando amamos alguém esse alguém se torna a atenção dos nossos dias, dias serenos e calmos se transformam em dias mágicos e angustiantes.Mágicos pelas emoções e sentimentos que se instalam em nossos corações e nos fazem flutuar, e angustiantes pelas horas que não passam até o reencontro de duas almas conectadas entre sí.
Hoje eu posso dizer que o amor é uma mistura de sentimentos que nos levam ás mais deliciosas loucuras.
Adormecer e acordar pensando em Você meu amor é o que eu tenho feito nos ultimos tempos. Você chegou de mansinho e me fez acreditar que posso sonhar e sentir o mais nobre de todos os sentimentos.
Hoje estou dizendo Eu Te Amo, porque hoje eu sei que você é o Homem da minha vida!Quando descobrí que estava apaixonada por você fechei a porta do meu coração e não quis mais te ver, lembra?
Mas não se pode fugir do que o destino nos reserva, e esse mesmo destino nos fez reencontrarmos e quando soube que era você, sentí meu coração bater descompassado, as mãos suarem, meus olhos brilhavam e as lágrimas descíam no meu rosto como nunca.
Hoje meu amor eu quero você na minha vida, quero viver com você tudo que não viví antes com Homem nenhum, quero fazer você feliz porque você sendo feliz eu também estarei.
A vida é uma caixinha de surpresas e quando eu abrí a minha caixinha e percebí que tinha dentro dela VOCÊ, eu me sentí a Mulher mais Privilegiada do Mundo, por ter alguém sensível, adorável, atencioso, charmoso enfim, tudo que uma mulher pode querer eu estava ganhando naquela caixinha de surpresa.
Você é o que eu tenho de melhor hoje.E posso te garantir que se você não existisse eu juro que te enventaria.
Vi hoje um brilho a mais em seu olhar.
Brilho que me trouxe,uma paz,um bem estar.
Sabe que por um minuto derrepente,com aquele lindo brilhar.
Pequei-me contigo a sonhar.
Segurando sua mão,vendo seu sorriso.
Tudo o que preciso.
Mais aquele brilho ,chamou minha atenção chamou.
Que meu peito cativou.
Meu coração com essa lembrança,passou a noite a bailar.
Lembrando o brilho de seu olhar.
Agora não sei como explicar.
E foi aconpanhado de um sorriso,lindas lembranças de nosso amar.
Recordo-me intensamente.
Claramente,vivamente.
Totalmente,apaixonadamente.
Alegremente,de um brilho maior que o do luar.
Veio a mim rompendo o portão de meu coração.
Aumentando a realização.
Tão linda essa nossa paixão.
Mas o bilho do seu olhar,atiçou-me a imaginação.
Peguei-me emocionado.
Mesmo apaixonado.
Esse momento sera guardado.
Como mais um eterno,que por mim sempre sera lembrado.
Vejo-te do outro lado da rua,
E mal sabes tu, que vigio os teus passos,
Que observo atentamente o teu ar atrevido
E quase omnipotente.
Teu andar seguro, pisa as pedras da rua
Que reclamam sempre a tua atenção.
Reparo então, todos os olhares virarem-se para ti,
Quando por breves momentos paras
E olhas na minha direcção, sem me veres.
Meu coração bate descompassadamente,
Enquanto afastas uma mecha de cabelo
Que te cobre a face, em movimentos claros e precisos.
Sinto-me a derreter por dentro,
Como se meu corpo, entrasse em ebulição
E fico estática olhando-te
Sem conseguir disfarçar a minha timidez.
Tu sorris, num sorriso quase perfeito,
Que não esconde teu ar sedutor.
Então, num impulso destemido, sorrio-te de volta.
Tu viras-te e segues teu caminho,
Deixando no ar, um sentimento de magia.
E eu, perdidamente apaixonada,
Olho-te mais uma vez,
Para quando a noite cair,
Sonhar contigo e mais uma vez
Esperar-te no dia seguinte,
E voltar a vigiar teus passos.
Quando meu pensamento
Tocou tua alma,
Uma onda de harmonia
Penetrou em meu coração.
Desfiz-me de minhas incertezas
Desvaneci-me no teu corpo
Perscrutei tuas fantasias
Em busca de respostas perfeitas.
Entrei em teu olhar
Procurando ver teu interior
Teus sentimentos belos e puros...
Virei-me do avesso,
Numa busca quase desesperante
De chamar a tua atenção.
Corri atrás de desejos incertos
De memorias gloriosas...
Enfrentei as tempestades
Do meu íntimo
Lutei contra os meus sentidos.
Para que apenas por instantes....
Tu olhasses para dentro de mim...
Dedicado a J. Sempre me ensinaram que anjos têm asas, mas agora sei que isto não é verdade. Anjos também sofrem acidentes, caem e se machucam. Mas eu sei que você vai superar tudo isto, minha querida, e voltar a pisar com seus lindos pés este chão que é abençoado com seus passos.
- Mais alguma coisa, Barão?
Respondi negativamente, com um gesto. Pedro, meu mordomo de tantos anos pegou suas malas e saiu da mansão vazia. Olhei para aquelas paredes que antes estavam tão repletas de quadros, aqueles cômodos outrora adornados por móveis caros... Agora vazios. A mansão, herança de meus antepassados que agora pertencia a outra família, novos ricos que investiam nessas velhas mansões que resistiam ao tempo, à especulação, fomentavam sonhos e sofriam com o alto valor do IPTU.
Além do mais, minha antiga mansão precisava de empregados, e eu já não podia mais contratá-los. Aos 98 anos, só me restava partir como fizera Pedro. Mas a partida de Pedro tinha um destino traçado por sua aposentadoria. Quanto a mim, iria me aposentar da vida. Aproximei-me da janela e vi o mar lá embaixo. Uma linda vista para a praia particular que já não me encantava como antes, em minha infância e juventude. Em minha juventude antes de encontrá-la.
Sim, antes de encontrá-la. Foi um único encontro, e desde então eu quero que ele se repita. Ela me prometeu que viria me buscar, e cá estou esperando. Por isso, deixo a mansão e vou até a praia. A lua se reflete nas águas escuras do mar que, revolto, se choca contra a areia. Deito-me distante, recostado numa pedra, triste porque sei que ela não virá. Prometeu que viria me buscar, mas minha esperança de que sua promessa iria se cumprir, é em vão. Qual a razão de tornar a ver este velho, ela que está tão jovem e linda como antes? Sim, como naquela época...
Eu tinha vinte anos, naquela época, e estava no Rio de Janeiro, participando de um réveillon e gastando em demasia a fortuna de meus pais, como sempre fazia. O baile no grande hotel estava animado, com figuras de escol, todos bem vestidos. Lindas damas, gentis cavalheiros, nobres decadentes, empresários espertos, políticos corruptos, agiotas rapaces, toda a elite brasileira e estrangeira se encontrava comemorando a passagem de ano. Eu já havia beijado e agarrado em segredo mulheres casadas, solteiras, viúvas, desquitadas, ou seja, tudo aquilo que é permitido a um descendente direto dos primeiros colonizadores da nação.
Uma donzela, filha de paulistas produtores de café, flertava comigo a todo instante. Esperei a hora certa de agir. Quando a moça olhou para mim e se dirigiu ao corredor que, naquele momento estava deserto já que todos se reuniam como gado nos últimos minutos do ano velho, percebi que deveria agir. Eu a segui com dificuldade, abrindo caminho entre a multidão de felizes e embriagados foliões. Já a perdera de vista e temi que não a encontrasse mais. Finalmente consegui ter acesso ao corredor, mas não a vi. Andei lentamente pelo corredor, sem ver a donzela. No caminho, encontrei seu lenço caído no chão. Percebi que uma surpresa não muito agradável poderia estar à espreita. Dei mais alguns passos, quando ouvi um gemido vindo atrás de uma das portas fechadas. Auscultei com atenção. Uma voz feminina tentava gritar por socorro, mas estava muito fraca. Tomei coragem e empurrei a porta, conseguindo abri-la.
A donzela estava desfalecida nos braços de uma garota vestida de negro. Fiquei estupefato, a princípio, mas depois fui tomado pelo horror. Do pescoço da donzela jorrava sangue, sua jugular fora atingida por algum objeto cortante. Então, com maior horror, notei que o corte partira dos dentes da outra garota. Recuei alguns passos. A garota largou o corpo da donzela, que tombou ao chão, e literalmente voou até mim. Caí para trás, ao chão, quando a garota me pegou pelo pescoço com a mão direita, enquanto sua mão esquerda amparou minha cabeça ao segurar minha nuca. Fiquei estendido no chão do corredor, com a garota sobre mim.
Foi assim que eu a conheci há mais de setenta anos. Ela me olhou profundamente. Seu corpo era esguio, ágil e leve. Sua pele morena e suave, as mãos, que seguravam meu pescoço e minha nuca, firmes. Os braços compridos e fortes. As pernas também fortes, as ancas discretas. Cabelos curtos e castanhos. Os pequenos seios comprimiam meu peito. Olhei diretamente em seus olhos. Eram negros como a noite. Nunca havia visto olhos de um tão belo negror. De sua boca, onde dentes alvos e perfeitos sorriam ironicamente para mim, exalava um aroma de morangos silvestres. Seu corpo tinha o cheiro do mato molhado que, na fazenda de meu pai, tanto alimentava meus sonhos infantis.
- Vale a pena deixar que você morra em meus braços? ela me perguntou com sua voz grave, mas com uma docilidade infantil.
Eu não conseguia pronunciar uma palavra sequer. Fiquei extasiado com a beleza daquele ser misterioso. Ela me largou e se ergueu agilmente. Levantei-me também e, num gesto ousado, segurei-a pelo braço.
- Quem é você? consegui perguntar.
Ela me olhou como um felino. Desvencilhou-se de mim, mas eu tornei a segurá-la.
- Me solte! ela ordenou.
- Então, me diga quem você é. insisti, largando seu braço. Ela caminhou até a janela, e eu pensei que iria fugir. – Por favor. pedi. – Me diga quem você é.
Ela tornou a me olhar, veio até mim e me abraçou. Disse-me:
- Sua vida não existe. O que você faz é arrastar-se por este mundo ilusório. Mas você pode viver novamente.
Neste momento, ela me deu um beijo ardente no rosto e depois na boca. Apertei-a fortemente. Nunca tinha sido beijado daquela forma. Foguetes estouraram, gritos animados explodiram, pois chegara o novo ano. Não sei quanto tempo se passou, mas ouvi que algumas pessoas estavam vindo ao nosso encontro. Ela abriu os olhos negros. Quando nossos corpos se separaram, ela tornou a caminhar até a janela.
- Não vá. tornei. Apontei para o cadáver da donzela, estendido no outro cômodo. – Eu posso dar um jeito nisso.
Ela sorriu para mim.
- Você está tão morto quanto ela. disse. – Mas você pode viver novamente. E quando for morrer de verdade, virei te buscar.
Terminando de dizer estar palavras, saltou pela janela. Fiquei desesperado, imaginando que se suicidara. Estávamos quase no terraço do grande hotel. Mas, quando cheguei à janela, eu a vi voando... Sim, voando ela fez um rápido vôo contra a claridade da lua e desapareceu no manto da noite.
Gritos me despertaram de meu torpor. Acharam o corpo da donzela, as pessoas outrora alegres pela chegada do novo ano, estavam aterradas. Fui forçado a responder uma série de perguntas. Fui conduzido à delegacia, tive que lá voltar várias vezes, mas após algumas semanas minha inocência foi comprovada e me deixaram em paz.
Assim me lembrei das palavras de minha amada. Eu estava morto sim, pois tinha uma vida dependente dos sucessos de meus pais. Mas poderia viver novamente. E assim terminei meus estudos, formei-me, fui dar aula de filosofia num seminário e depois numa faculdade que acabou sendo incorporada, posteriormente, a uma universidade federal. Casei e tive filhos. Viajei pelo mundo. Mas meu único objetivo era reencontrar aquela garota. O tempo ia passando para mim, deixando suas marcas. Herdei uma fortuna de meus pais. Fiquei viúvo aos 59 anos. Quando ultrapassei os setenta anos doei meus bens a meus filhos, à exceção da mansão onde vivia, buscando evitar para eles o martírio de um inventário.
Estava me acabando, e não a via mais. Sempre olhava para a lua, sabendo que em algum lugar deste mundo ela voava contra sua claridade. Sabia que ela era a personificação do amor, mesmo sendo uma criatura sombria. Eu a amava mais do que tudo. O que importa se era um ser noturno? Ora, a claridade da lua só pode ser vista à noite, mas ela pertence ao sol que lança seus raios luminosos contra este frio satélite. E esta claridade lunar inspira histórias de amor e, claro, de lobisomens. De seres perdidos como eu. Eu estava perdido sim, pois minha vida, embora recuperada, não era completa sem aquela garota que eu encontrara há tantos anos.
Dissera para mim que viria me buscar quando eu fosse morrer de verdade. Por isso estou nesta praia. Já não tenho mais nada. Como eu disse, doei meus bens para meus filhos, exceto a mansão onde vivia, mas que agora eu a havia vendido porque não poderia levá-la para o túmulo, e depositara o dinheiro na conta bancária de meus netos. Dispensara os empregados, após lhes arrumar colocação em outras casas e empresas. Meu mordomo Pedro conseguira se aposentar. Tudo estava em ordem, mas eu não conseguia morrer assim, feliz, já que esperava por ela e ela não vinha.
Aqui estou olhando as vagas do mar que choca contra a areia da praia. Não me incomoda a pedra sobre a qual estou recostado, pois minha dor pela saudade é maior do que a dor que a pedra impinge a este corpo de velho. A lua está lá, como sempre, iluminada pelo sol. O mar negro se agita. E eu aqui, sozinho, sabendo que minha hora chegou, mas a promessa dela não será cumprida.
Neste momento de desespero, desesperança e descrença, sinto um toque de uma forte mão em meu ombro. Ergo os olhos e a vejo, jovem e linda como antes. Sorri para mim, seus olhos negros brilham em contraste com a lua.
- Eu não disse que viria? ela diz.
Sim, neste momento único ela cumpriu o que dissera no dia em que eu encontrei o verdadeiro amor. E agora posso também cumprir meu destino, tão diferente do dela que é viver para sempre, mas o cumprirei em seus braços. Sua mão roça meu ombro, e ela, ao voltar, me deu a paz.
Enviado por luiz antonio em Sex, 20/02/2009 - 01:16
A busca pela vida perfeita
A busca pela vida perfeita não esta relacionada a bens matérias ou mesmo estilo de vida, mais a um sentimento que quase não se vê mais entre nosso mundo atual que nos mostra que viver e saber escolher de maneira correta tudo que temos que fazer dia a pos dia.
Mais quando estamos muito envolvidos pelas formas e curvas da vida que pensamos ser a certa, caímos em um abismo profundo e muito escuro de onde não se tem como sai ou como alguém nos ouvir pedindo ajuda.
Em certos momentos pensamos estar fazendo a coisa certa para que a vida possa ser como planejamos mais e quando se tocamos que de nada adianta fazer planos se não a futuro para realizá-los a pesar de tudo parecer estar indo bem.
Quando ficamos um tempo parado olhando para qualquer lugar ou coisa que nos chame a atenção, pensamos:
O que foi que deu errado para que tudo que estou passando tenha acontecido de forma tão repentina e avassaladora nos deixando sem ação e sem motivação para lutar por mais uma chance de poder voltar e viver de forma digna como achávamos que estávamos vivendo.
Às vezes buscamos respostas para as perguntas e duvidas que nos perseguem por todos os lados ao qual nos direcionamos para chegar ao mais límpido e repleto estado de paz interior que nos faz enxergar a vida como queríamos que ela realmente fosse simples e sem complicações.
De todas as batalhas travadas por nos contra tudo que acreditamos ser correto e sensato, a mais complexa e exaustiva e a que travamos contra a realidade dos fatos aqui descritos sem resposta ou solução para tanta ironia que não queremos deixar transparecer a sociedade e nem a nos mesmos.
Quando as pessoas dizem que o tempo cura tudo elas não se dão conta que ele não cura e nem faz esquecer apenas nos da mais motivos para ficarmos refletindo no problema que nos consome pouco a pouco sem notarmos que esta sendo destrutivo para nossa vida.
Saber fazer as escolhas corretas cabe a cada um de nos, mas nem sempre fazemos o que julgamos ser o nescessario para que isto possa deixar de ser fato e se transformar em simples realidade que pode nos levar para um caminho sem volta a um lugar aonde todos iremos um dia quer queiramos ou não.
Todos temos o direito de decidir o que queremos fazer de nossas vidas quando estivermos prontos para o mundo lá fora que não tem muita coisas certa e justa para nos oferecer mais mesmo assim tiramos conclusões erradas das questões que nos são impostas por algo que não queremos acreditar que exista mais esta em nossa frente o tempo todo e não queremos enxergar por termos medo do que poder ser o nosso futuro.
Existem fatores externos em nossas vidas que nos fazem crer que o destino conspira contra nos mais a verdade e que nos mesmo fazemos isto quando tomamos decisões que não são para serem idealizadas por nossos motivos mesquinhos e egoístas do qual não nos damos conta muitas vezes que estamos sendo tão hipócritas com nossas carapuças que achamos que não nos servem, pois para nos, (pessoas orgulhosas) e difícil entender e aceitar fatos e verdades da vida a qual estamos acostumados a não ter que lidar com tantas perguntas e responder tantas respostas das quais já sabemos o resultado.
Sempre dizemos que tudo que queremos de verdade e com todo amor de coração podemos ter, mentira!
Pois isso se chama se enganar, mentir para si mesmo tentar anexar uma propósito que achamos que podemos alcançar mais a verdade e que quanto mais buscamos mais ela se afasta de nos.
Se algum dia você for a um lugar estranho do qual você não tem nada em comum a não ser o fato do ser humano ser extremamente curioso, para e pense o que você esta fazendo lá? A resposta e simples! Você não faz idéia o porquê você foi ate lá mais depois de um tempo analisando a situação, percebemos que quase nada do que achamos estar claro não faz o menos sentido para nos mais para as outras pessoas e tudo muito normal.
Certa vez um senhor idoso muito sábio me disse:
Que na vida tudo corre de acordo com aplano de DEUS, mais nem sempre esse plano seguimos adiante, pois temos o livre arbítrio de decidir se seguiremos o caminho de rosas ou de espinhos e na maioria das vezes pegamos o de espinhos que nos faz ter mais problemas e sofrimento do que respostas.
Mais não se enganem com o de rosas, pois rosas também tem espinhos que podem nos machucar um pouco e por esse motivo ficamos parados entre a bifurcação que vive diante de nossas vidas que nos mostra que qualquer dos caminhos que escolhermos vai nos levar para uma viela estreita e longa parecendo não ter fim.
De todas as declarações já feitas por pessoas que se dizem sabias a que esse velho mendigo me relatou foi a mais complexa e a mais sensata de todas já compartilhada por este que vos escreve mais não por que ele e um mendigo que não possa ter sanidade ou intelecto para tão façanha notável, pois aquele mesmo velho e cansado homem um dia foi um sábio escritor de dramas ao qual fez o mesmo chegar ao fundo do poço onde se encontra por ter inflado seu ego tão alto que ele mesmo não percebia que estava se afundando em depressão.
Quando achamos que tudo que sempre acreditamos tem um propósito, a vida nos mostra que nada e realmente o que parece ser no final o que conta e a nossa reação mediante a situação em que nos tentamos se esquivar para chegar mais uma vez no ponto de partida de todos os nossos problemas que por fim e a própria existência.
Enviado por luiz antonio em Sex, 20/02/2009 - 00:47
Apaixonei-me inexplicavelmente por traços de um retrato, por uma voz doce e meiga cheia de encantos e suave como o vento.
Apaixonei-me por tua historia, como uma criança por um conto de fadas deliciei-me com tuas palavras que me trouxeram afago e carinho mesmo sendo só palavras.
Acostumei-me a nunca me permitir ficar um dia se quer sem pensar em falar com você e me concedi a oportunidade de poder esperar te ver olhar em teus olhos e poder entender esse sentimento repulso que me consome dia a pos dia sem saber q tudo isso tem traços de amor e amizade.
Desejo te ver te beijar, te abraçar e fazer você saber que apesar de nunca ter te visto sinto-me como se a conhecesse há anos e que já tivemos uma historia não nessa vida mais em outro tempo em que o amor e mais do que sexo e prazer mais sim saber quando a pessoa amada esta precisando de carinho atenção e cuidados q não damos normalmente, mesmo sabendo q no amor nada e normal.
Enviado por eliane rocha em Qui, 19/02/2009 - 13:24
Olhando da varanda,
sentado na cadeira de balanço,
o olhar fixo, em algum lugar,
lembranças,de um passado,
lágrimas rolam sem parar,
pensando no q já foi tão bom
e q agora todos te rejeitam,
te excluem das conversas,
não te pede mais opiniões,
nem se quer respeitam suas cãs
pessoas da própia família,
passam por ti e fingem não te ve
só te resta agora contar com a sorte,
nesse olhar vazio, perdido em algum
lugar,mas o q eles não sabem é q...
Há tanta coisa boa pra passar
tanta experiência, q poderá ser útil
eles não entendem q tambem
chegará sua vez
É triste o dispreso,
a indiferença
apenas as lembranças
me trazem um pouco de alegria
e companhia,
a minha pele irrugada
meus cabelos brancos
os meus passos já são lentos
mas aqui dentro tem um coração
q pulsa, tem um espírito
q luta pela vida, há ainda sonhos
vontade de sorrir...
luto por um pouco de carinho
de atenção...
bem é assim a vida
todos passam por isso
queiram ou não.
o grito q há em mim é...
me amem!!!!