Asas

Foto de Ednaschneider

Primavera

PRIMAVERA

Quem me dera na primavera
Olhando as flores rosas e amarelas
Beija-flores beijando elas.
A vista tão bela!

Quem me dera no jardim floral
Na hora matinal.
Sentindo o doce odor
Tão natural!
Que me encheria de amor
Tal fragrância
Com esperança.

Eu com asas
Fazendo das flores uma casa
Escrevendo nas pétalas tal como uma lousa
No centro da flor uma mesa.

Seria uma abelha ou um besouro
Deliciando o néctar, o tesouro.
Sendo o zumbido o aviso
Que estaria saindo do casulo.
E fazendo de cada flor um resumo
De uma história, um consumo.

A rosa bela e formosa,
As margaridas tão queridas!
Cravos e perpétuas
Que nas horas certas...
Perpetuam vida,
Alegria,
Primavera e poesia.

Quem me dera que eu fosse leve
E sem peso.
Quem me dera eu fosse uma ave.
Livre...
Mas sou um ser preso...
Privado de felicidade...
Desejando a tão sonhada “Liberdade...”

Joana Darc Brasil *
25/09/07
*Direitos reservados.

Foto de Eliseu Pompeo

amizade e amor

Perguntei a um sábio ,
a diferença que havia
entre amor e amizade,
ele me disse essa verdade...
O Amor é mais sensível,
a Amizade mais segura.
O Amor nos dá asas ,
a Amizade o chão.
No Amor há mais carinho,
na Amizade compreensão.
O Amor é plantado
e com carinho cultivado,
a Amizade vem faceira,
e com troca de alegria e tristeza,
torna-se uma grande e querida
companheira.
Mas quando o Amor é sincero
ele vem com um grande amigo,
e quando a Amizade é concreta,
ela é cheia de amor e carinho.
Quando se tem um amigo
ou uma grande paixão,
ambos sentimentos coexistem
dentro do seu coração.
( ñ é de minha autoria , + adoro esse poema)

Foto de Cecília Santos

CINZAS AO VENTO( VÍDEO POEMA)

CINZAS AO VENTO

Pedra Grande, a cidade inteira, à seus pés,
Vento cantando, e o sol intenso a brilhar.
E nesse recanto tranüilo, e mágico que a natureza criou.
Você se transformou, em milhões de pontos cintilantes.
Cada partícula de cinza, do que se transformou seu corpo,
Foi levado pelo vento, livre e solto pelo ar.
Nas asas transparentes, de um anjo lindo à voar.
E recebendo os raios do sol, ia se transformando.
Em milhares de borboletas coloridas, que voavam pelo céu.
Nesse lugar lindo, e imenso, que quase se mistura ao céu.
Com certeza você, vai continuar a voar,
por entre as nuvens brancas de algodão.
Por entre as pedras esculpidas, pelo força da chuva, e do vento,
Vai cantar e dançar, com a brisa leve, e perfumada.
Fará parte do dia, da noite, do sol, e será arco-íris colorido.
Depois que a chuva cair, como uma gigante gota transparente,
Flores nascerão, por entre as pedras.
E a vida vai permanecer, sobre esses rochedos.
Assim como as ervas daninhas, e as flores, você também viverá.
Pois o espírito não morre nunca, é eterno.
E no espaço, e no tempo, você se eternizou.
Reluzirá em cada raio do sol, todos os dias.
E cada estrela do céu, terá o seu brilho.
A brisa será leve, e perfumada como seu riso.
As chuvas que caírem, serão suas lágrimas,
que apagará o pó, e aliviará a alma sofrida!
Você será isso, e muito mais...!
Você será a própria existência...!

Direitos reservados*
Cecília *Poema feito p/minha filha Fernanda em 10/04/07*

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

"ASAS"

ASAS

Se o sonho possibilita...
Viverei sonhando...

Se o amor é uma dádiva...
Viverei amando...

E se voar é necessário...
De asas me dotarei...

E se a vida é um presente...
Presenteado serei?

Viajo na velocidade da minha mente...
Retorno, pois não sou sozinho...
Insisto, pois a vitória é eminente...
Não desisto cumpro todo o caminho!!!

Passeio nos jardins do senhor...
Delicio-me com todos os ensinamentos...
E me entrego para um grande amor...
Voar revigora meus sentimentos!!!

Foto de Dennel

Bailado da morte

Baila a mariposa
Na luz incandescente
Queima suas asas

Foto de Soninha Porto

UM ANJO EM MINHA VIDA

Em minha vida
um anjo...
Roça suas asas
aquece-me
sopra brisas de energia
acalenta-me
segura minhas mãos
ampara-me
recebe pancadas
levanta-me do chão
desvia-me.
Sou abençoada
protegida
amada.

Foto de NiKKo

Meu lamento

Escondida na penumbra de uma sala
Olho a noite fria e adormecida
Lá fora somente o vento se move,
Calando a minha voz e sangrando velha ferida.

Deixo que uma música suave ocupe o ar do ambiente
Na inútil tentativa de acalmar meu coração.
Inutilmente quero que os acordes da musica
Entorpeçam a minha mente, roubando me a razão.

Nas minhas mãos um copo de vinho
Quando levado aos lábios parecem tremer.
Pois é como um brinde feito a angustia
Marcando o presente por não lhe ter.

Em silencio lagrimas correm por meu rosto
e acaba misturando no vinho seu sabor
Tornando-o uma bebida de gosto diferenciada
“Uvas batizadas em minha dor”.

Eu me pergunto sem obter a resposta
Qual a razão para esse sofrimento atroz
Será que nessa noite fria, solitária e vazia.
Você seria capaz de ouvir minha voz?

Isso na verdade não importa agora
Pois meus sentidos estão todos em frangalhos
Meu coração nada mais é do que uma flor perfumada
Mas que jaz pendurada, morta em seu galho.

Se nesta hora se os deuses ouvissem meu lamento
Com certeza iriam de mim se apiedar
Talvez me roubassem as asas dos sonhos
E me fizessem na pira do esquecimento me aconchegar.

E ali envolta no fogo da solidão eterna
Encontrasse o abrigo distante da minha dor
Talvez um dia eu renascesse dessas cinzas
Banhadas em lagrimas de ouro derretidas no amor.

Foto de caxinha

PAZ

Palavra tão pequena
tão linda e singela
que todos nós
lutamos por ela
Como podemos
querer a paz
se por muitas vezes
começamos as guerras
em nos mesmos.
Só conquistaremos essa
paz o dia que formos capaz
de sentir essa paz
dentro de nos mesmos.
Conquistaremos essa Paz
quando deixarmos de viver
e sentir como pássaros
presos em gaiolas...
somos seres livres
pra voar, temos
que voar como
a beleza e o encanto
de um pássaro que tanto
voa mas sempre retorna
em seu ninho
Só sentiremos essa paz
quando nos libertarmos de
nos mesmos e nos deixarmos
voar com a liberdade
batendo nossas asas
rumo a nossa felicidade..
Paz...

Foto de ivaneti

Nosso Encontro...

Nosso Encontro...

Lembro-me como se fosse ontem...
Nosso primeiro encontro virtual...
Ao ler seu e-mail...
Percebi que do outro lado...
Estava o meu outro lado.
Você!...
Foi então que lhe disse aquele Oi...
Em especial... hoje...
Depois de alguns meses...
Ainda recordo com o mesmo carinho...
Apenas queria ter asas e voar...
Voar... sobrevoar...
Como borboleta...
Em todo seu ser....
E sentir sua mistura de perfume e suor...
E lhe transformar...
E por alguns instantes...
Pousar em teus lábios os meus
E como uma beija-flor...
Sugar o doce mel de sua boca...
E me entregar
E nos eternizar para sempre...
Como se fossemos apenas um só coração...
E te amar desprendidamente...
Livre...
Livre... como um pássaro...
E impregnar em tua alma a minha ...
Assim jamais ficaríamos tão longe como estamos....
Meu eterno amor.

Foto de JGMOREIRA

A MÃO QUE ACENA

A MÃO QUE ACENA

Toma essa mão que acena adeus
que desentrava toda a tristeza do mundo.
U'a mão pálida
um olhar soturno. E toda a tristeza do mundo.

Mergulho meu dia na luz malsã do mercúrio
passando o dia todo, todos os dias
passando por mim,
pensando que passo no mundo.

Não! Não farei como os poetas abnegados
que deixaram nomes encravados em placas
largaram obras belíssimas aos olhos do mundo.
Passarei em claro, deitarei em escuro e terá sido tudo.

E será tudo passar assim pelo mundo ?
Se olho, não vejo; se vejo,não escuto.
Se amo não odeio; se quero, discuto.
Discuto comigo nas serras da minha cabeça
procurando caminho na aurora
aurorescendo que esse caminho aconteça.
Que aconteça de repente, feito nascimento
para que todos os caminhos desapareçam
só restando um caminho
e eu seja criança que se alimenta
de um caminho que a abasteça
que me faça dono do mundo,
senhor das coisas e da razão.
Criança vestida de homem
posando para retrato no jardim
enquanto espoucam as luzes dos dias na sala.
II
AH, toma essa mão que acena adeus.
Repousa todas as mãos e restará essa
que desentranha toda a tristeza do mundo.

Em casa, escutando sons familiares
louças que entretinem, água que jorra
parentes que falam...Essa é toda a vida.
Mas terá vida essa vida de família pelos ares ?
Será vida acalentar nesse quarto o sonho da vida ?
Será vida amassar mil papéis da vida ?
Escrever mil linhas e chamá-las vida ?

O que será viver se passo em branco
todos os meus dias? Não altero nada
não provoco nada, não amo nada
sinceramente. Desejo mil coisas
e passo por elas, tão perto,
que meu desejo fica contente

E ri meu desejo em minha boca
E presto atenção no gato do hotel
na senhora que lava o rosto na pia na área
na menina que grita mãe!
Nas danças de rua nas portas dos bares
Atencionado em tudo, estaciono
Paro. Mole e parvo, à beira de tudo
E não mudo nada, nada mudo
Por isso,
toma essa mão que acena adeus
Pergunta a ela
se é viver passar ao largo do mundo.

Mas pergunta ríspido e forte
que essa mão tonta
às vezes faz-se de surda
para passar sem resposta
a tantas perguntas absurdas.
III
Toma essa mão que acena adeus
Reconforta-a no desenho do teu seio
Aqueça-a com o calor do teu corpo.
Não tenha medo do homem atrás da mão !
O homem é uma coisa de pó
finíssimo, que toma a forma de jarro
onde derrama-se uma gota de poesia.
Forma-se o miraculoso barro

d'onde surge essa mão
que levanta-se do pó para tornar-se mão
para acenar adeus à própria vida
ou a vida do próprio irmão.

Quantas vezes o homem detrás da mão
bem oculto pelas falanges aneladas
esteve louco de tanto olhar
e não ver outra mão?

Eram jarros sem pingo de poesia
que marchavam lá fora
Rolavam, chocando-se com tanta força
que rompiam espalhando o pó
Pó tão espesso, tão pesado
que logo tomou a cidade
Cobriu o céu até não se ver estrela.
O pó alevantado não assentava
Tranquei-me em livros, armadilhas de amar,
em corpos frios de copos vazios
cofres antigos de segredos perdidos
Mas o pó me achou
A poeira pesou meus ombros
Eu a respirei
Quando abri a janela, não pasmei:

estava infecto, imundo, não ventilado
Aquele pó era o mundo
O mundo não cabia no vaso.

Toma, urgente, essa mão que acena
Beija-a, abraça essa mão que não repousa
que insiste acenando adeus
coberta de um pó que não se afugenta.
IV
Oiço tantos sons familiares
o relógio, a buzina, o assobio desafinado
os passos da menina, o grito do soldado
Nessa janela, abismado
confirmo com meus olhos
que minha família está pelos ares
Durmo preocupado
sonhando com o pó envenenado.
V
Vamos, toma logo essa mão
Não a deixa ao acaso
tentando erguer-se da mesa
estando o corpo anestesiado.
Não te apavores, amada, não te apavores!!
Hás de ver tantas mãos acanhadas
que hás de implorar pela minha mão que te acode
empurrando teus passos pela estrada.
Minha mão, no silencio da chuva que desaba
está fria, morta, quieta
lutando contra o vício que a descarna.
Minha mão não quer ser poeta
não quer o formol das estantes
não anseia taças
póstumas pousadas na sua palma sem semblante.
A mão quer a paz dos arvoredos
quer o canto das aves trinadoras
o vôo da rapina mais absoluta
a envergadura de asas perfeitas
Minha mão quer dormir um sono tranquilo
sabendo que a poesia pulou o muro
saiu do quintal esquisito
veio cá fora respirar ar mais puro.

Minha mão quer liberdade
quer justiça.
Uma justiça sem mãos
sem crinas
Minha mão que acena adeus
não quer abrigar sonhos em sua morada
Não quer estalar patíbulos
não escalar horas marcadas

Minha mão quer ser amada !
Quer que tu a toques com cada dedo da tua alma

Minha mão que acena adeus
acena a Deus
que do longe das estrelas
acena duas mãos perfeitas
à minha mão deformada.

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