Arte

Foto de fer.car

ESCREVER UM POEMA

Escrever um poema é uma arte de poucos
É uma dor latente, que pulsa em minhas veias
Uma saudade constante que tortura a alma
Uma alegria festejada ou uma lágrima que escorre em minha face
Escrever um poema é como falar de si mesmo
Abrir o coração para um mundo de sentimentos
Tornar-se escravo de descrever situações, erros e acertos
Poeta é ser triste, que sofre e ama
Por vezes cruel, frio e desumano
Escrever é como despir-se de seus mais profundos segredos
Transcrever aquilo que não pode ser dito e explode num momento de fúria
Escrever um poema é escrever com lágrimas nos olhos
Falar da linguagem do amor, daquilo que mais tenta se esquecer e não consegue
Escrever é uma magia constante nos olhos de um sonhador
É calar a pessoa amada com declarações de amor regadas de intensidade
Escrever um poema é algo complexo
Toca aqueles sensíveis de coração, puros da alma
E até o mais frio do ser humando não resiste a um poema feito com algo mais...
Escrever um poema é como deixar o orgulho de lado, abrir-se aos outros, ao mundo
falar coisas que sequer poderia imaginar que estavam lá dentro do peito marcadas
É acreditar, sonhar com algo melhor, pensar que nada é em vão
Ser poeta é ser triste e ser alegre
é dizer das inconstâncias da vida, de suas peças e suas passagens
falar de pessoas, de momentos, de saudades
Escrever um poema é escrever palavras de sangue
Tiradas da alma
De dentro de si

Foto de InSaNnA

Alma de Menina

Nas profundezas do meu ser
moram desejos famintos,
adormecidos molejos,
pela falta de algum querer
Os meus olhos aindam brilham
mas são espelhos abandonados
são como caminhos d'água,
ligando o corpo a alma...
Ah! Essa minha fraqueza lunar !!
que confunde o fio das minhas garras
que enleia sentimentos solitários
abafando o meu canto de cigarra
Que adianta uma vida sem ser vivida?
E essa minha menina carente
viva dentro de mim..
a minha cria de alma
que nunca parte e ainda geme com arte !
Alguém deveria exaltar-te com prazer?
Sossegue no teu canto
com essa tua página em branco
que logo aparece alguém que ceda
a tua infantil fraqueza
e assim,sentirás -te convalescer

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Beijoquinhas made in InSaNnA!!

Foto de Jorgejb

Por Ela

Olhei-a de soslaio, sem deixar entender meus olhos fitados nela. A sua beleza descrevia o entardecer magnífico de um qualquer campo de trigo amarelo, amadurecido no pincel de um qualquer Van Gogh. Derramava dela a brutal incompreensão do absoluto, um mar de solstício de Setembro, forte e rude, belo e vital.
A presença dela, inundava a luz das coisas em que tocava, inventando áureas mágicas, texturas forradas a prazer, entregando-se nos gestos que compunha – banais – como se fossem momentos únicos, actos solenes, deíficos, imaginando (eu) que seus beijos fossem obras de autor, ternos consolos de quem se sentia um Cesário perdido nos braços da sua amada.
Foi então, sim foi então que a desejei. Desejei-a como se deseja no íntimo de cada alma, ansiando a plenitude, resgatando gestos, olhares, pedindo os cabelos, as pernas, as mãos, os seus seios. E fui então o maior dos poetas, compus oitavas de génio, falando de amor e solidão, incontornável veste de poeta, da muita solidão – e falei de todas as ruas onde a queria levar. Pintei o seu nu com a arte que se arroja e a decência inocente dos anjos. Cantei o madrigal mais terno e leve que se deseja cantar, quando o seu rosto por fim repousar no meu ombro.
Parei. E o meu peito arfava. Havia tecnicamente, como que a impossibilidade de respirar. Num esgar, o meu rosto contraiu-se, os olhos humedecidos pedindo – como qualquer pedinte que se verga a pedir do desespero de nada ter. Decidido, ergui-me. Ergui-me, como qualquer homem se ergue no meio da noite do leito da sua amante, arrefecendo no caminho os pés que o levarão de volta à cama conjugal, sempre quente.
Olhei-a uma última vez, na doçura de um quadro pintado pelo melhor dos artistas, lembrou-me uma bailarina de Degas.
A história chegava assustadoramente a um eminente fim, quase possível, evidentemente clássico. Os meus passos transportavam o sorriso dos conformados, ébria virtude de quem sofre da mais profunda imaginação, e se perdoa diante dos santos, que riem de todas as preces com a mesma terna e impassível candura.
É agora que se inventa um final feliz. Logo ela virá correndo, quem sabe, perguntando as horas, um endereço. Depois, porque não, conversaremos, marcaremos o encontro no café, que será o de todas as vésperas, e o amor, o que move e desenha palavras, nascerá perene e doce, até ao fim deste conto. Ela, será forçosamente a razão do sonho de um homem, a razão, de sempre se perder a razão – por uma paixão.

Foto de Zedio Alvarez

Artista do amor

Preparo o cenário do amor,
Com a arte que tenho sonhado,
Faço de cada ato um show,
Fazendo tudo bem encenado.

Guardo o texto enquanto tenho amor.
Jogo o laço e não me engano,
Viajo na empatia dos personagens.
Eu só faço amor com quem amo.

Foto de Fernando Inazumi

SABOR UVA

Pensamentos se esvaem de minha mente, como as cinzas de um fogaréu que queima em meu peito.
Minhas cinzas se transformam em palavras, sentimentos profundos da essência recalcada de minha ignorância.
Transformo em arte, as palavras da vida, que abriu as portas às percepções.
Como um livro, traço meu caminho, escrevo minha história no presente momento, estado natural da vida cotidiana.
Meu pensamento vai de encontro ao seu, harmonizando espaços ocupados por nossos corpos. Mentes e espaços unidos, transformando em perfeição o momento vivido por dois indivíduos, dois mundos distintos, igual ardor.
No meu mundo, querer é poder. Poder transformar palavras, em sentimentos concretos.
A vida imita a arte. Meu corpo quer o seu.
Pensar em você é meu martírio e minha fraqueza.
Quando penso em você, um mundo de coisas vem à minha mente.
Coisas boas, desejos, eloqüências de amor e paixão, transgredindo barreiras impostas por você.
Guardo no peito, a figura de um menino, apaixonado por uma menina, que não dá valor aos sentimentos alheios. Digo, aos meus sentimentos.
Você diz que não me ama, ama, e eu sou duro contigo.
Traço valores a seu respeito. Pura fantasia.
Quero estar ao seu lado, ver a beleza latente de seu corpo junto ao meu. Eu sei, sou apenas eu a dizer.
Entristeço, pois sei que não me ama. Ao menos são estas, as palavras que saem de sua boca. Ahh!!! Doce boca sabor uva, me faz sofrer.
Indigestão.

Fernando Inazumi
sexta-feira, 29 de dezembro de 2006.

Foto de Gabriel Luís

Entre Versos e Vícios (Soneto)?

Fernanda Queiroz: espero ter correspondido ao desafio. Ao que parece, esse é o primeiro soneto que fiz na vida. Igualmente, o primeiro poema em que falo de amor após 13 anos.
Fer.Car: não preciso dizer que seu poema sobre esse sentimento complexo ajudou bastante.
Izaura: de certa forma, você também foi mãe desse soneto.

Também agradeço aos demais poetas: vocês estão fazendo com que meu sentir poético saia do coma. Obrigado.

Entre Versos e Vícios

Quão estranhas são estas palavras a fazerem minha mente cintilar,
Penetra em sussurros a angústia: sigo as notas de clamor profundo,
Sentimento complexo meu peito inunda, vejo em papel sinuoso burilar,
Violino em frenesi: cansado queda-se o espírito, a abandonar moribundo,

Em minha profícua solitude, parto ao encontro da letra indolente,
Do âmago deste ser surge tímida estrofe: sofrível descortinar,
Debalde, está linguagem a descrever algo com o qual a razão não assente,
Suor, batidas descompassadas de um coração: tortura antes do guilhotinar,

Íris minha com aquilo a captar não esconde esperneante fascínio,
Com vagar, verbo e letra anunciam da arte o nascimento,
A cada linha desfiro facadas, vislumbro do símio em mim assassínio,

Enfrento mudez: dela não ouso falar, embora ouça seus auspícios,
Toca-me o candor do amor, êxtase a findar com incômodo tormento,
Num átimo o poeta deixa o recinto: suspiros entre versos e vícios.

Gabriel Luís de Almeida Santos

Foto de Armando Lopes

Amor?

Amor?

Amor não é sexo!
Amor não é beijos!
Amor não é caricias qualientes!

Então o que é amor?

Amor é a arte de amar de expressar o que é belo!
Amor é compartilhar sentimentos, viver em cumplicidade.
Amor é viver apaixonados!
Amor é agradar e fazer o bem sem esperar algo em troca!
Amor é a expreção do maior sentimento que um ser pode ter por outro! É viver intensamente ao lado de quem se ama!
Amor é expressar sentimentos antes que seja tarde de mais, antes da raiz secar!
Amor é viver em dois sem nuncar deichar amor morrer.

Foto de a_subliminar

Amor Qüotidiano

Em mim existe uma veia velha,
gastada e gorda.
Uma conhecida que lateja, me incomoda…
se usa do meu sangue e cospe minha natureza!

Em mim existe uma veia
que tantas e tantas vezes cansei de percorrer.
Ela late, late,
me aborrece!
Algumas vezes se corta, resentida
Inchada de meu sangue!
E meu coraçao agoniza
Uma ânsia… e lhe busca com furor.

Brutalmente
a lambo, a mordo, a uso,
lhe chingo, me envergonho…
lhe amo,
como o animal que sou.
E a cada dia mais lhe nego
e sou cada vez mais ela…
Preciso de arte!
A cada dia
Nessa tentativa suicida de requintar minha viceralidade.

Em mim existe uma veia
que é outra, mas sendo eu.
Que nao pode compreender…
Por que eu sou mais!
Que me puxa, me hidrata, me afoga,
me ata à minha primitividade…
e eu quero mais! Quero mais…
e eu lhe quero tanto!

Foto de rdjodas

Essência do Prazer

Teu corpo exala essência
Essência do amor
Que até mesmo a inocência
Adquire tanto calor
Calor que queima
Calor que arde
A inocente sem teima
Faz sua parte
Parte no prazer
Sem ter a arte
A Arte do saber

Saber gostar
Sem mesmo tocar
Apenas sonhar
Em ti beijar
Acendendo assim
A luz do amor
Amor sem fim
Embaixo do cobertor

Onde tudo pode
Pode acontecer
Sem que note
O dia amanhecer
O sol bate a janela
Atravessa o vidro
Pega em nossa canela
Ouço seu grito

Grito de amor
Grito sem razão
Um grito de dor
Dor e paixão
Quero para sempre
Essa essência cultivar
Para nunca
Nunca ela acabar!

Foto de Tancredo A. P. Filho

MAGIA DE AMOR

Quando na vida caminhaste sorrindo,
distribuías carinhos, amor e meiguice,
admirando o belo céu azul tão lindo
e, com ternura vivi essa tua beijerice.

No frescor de rosas se entreabrindo,
ainda que os espinhos te repelisse,
um sonho lindo, estranho, infindo,
acreditei que os sonhos existisse.

Envolvida neste mundo de quimeras,
passaste dramas intensos amiga da arte,
recordando os desejos de outras eras.

Olhando matas, os musgos e as heras,
adormeceu na tu'alma aquela parte
assim dormirás longas primaveras...

:::::::TAPF:::::::
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