Enviado por Carmen Lúcia em Qua, 07/05/2008 - 19:20
Diáfana era aquela luz...
Lembrava vida, Jesus,
Que em teu ventre havia...
Mãe, Mulher, Maria!
Cristalizaram-se as águas,
Puras, límpidas, pacatas...
De imenso brilho a manhã surgia,
Essência de amor personificada
Exalando aroma intenso, de incenso, de alvorada...
A paz sacramentou o mundo,
Momento sagrado, fecundo...
Em uníssonos, sons pianíssimos,
Cânticos e hinos, apaziguadores,
Vindos do âmago, oravam louvores,
Unificaram-se os matizes,
Berços das cores, dos esplendores,
E toda beleza resplandeceu o ar,
Colorindo todos os cantos de encantos,
Nuances suaves a divagar, testemunhar...
Invadindo espaços etéreos, surreais...
Encontro inusitado de sentimentos,
Unidos pela aura branda do vento...
Os mais nobres e delicados,
Os mais discretos e cordatos,
Os mais sublimes e abençoados,
De auréolas divinas, coroados...
.
.
.
Ele vem toda manhã no jardim, sentar-se em uma
Pedra fria, para pensar. E como que por
Encanto o jardim sabe lhe ouvir.
Ele fecha os olhos, os seus lábios tremulam,
Como se em uma prece estivesse a orar.
Rola-li uma lágrima esquecida,
Talvez um amor...
Talvez uma dor...
E passa-li uma leve brisa nos cabelos já
Grisalhos pelo tempo, trazendo-li o aroma
Do seu Jardim, que se fazia seu, um refúgio
No secreto do seu ser.
Fitando atento o arado do Jardim, ver-se ao
Longe os nardos, verdejantes, cristalinos.
Menino que dantes brincava feliz, hoje
Triste a sofrer senta-se na pedra fria
Pra pensar, se perde em lembraças
E quando passa seu eterno minuto, que
Jaz perdido nas horas ali sentado.
Estático, imóvel, como se moldado há tempos,
E ali esquecido, envolto por sua prece emudecida
Ao longe ouvi uma voz de menina, ia-li correndo e com
O vento subia na voz de menina à sinfonia de um
Anjo angelical, no choro do homem a dor
Da solidão.
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JARDIM ENCANTADO I de "www.poemas-de-amor.net ( primeira parte )
Bom dia gente!!!
Bom dia Musas, Fadas, Duendes,
Poetas e poetisas...
Ontem vocês encheram meu coração.
Hoje acordei muito contente.
Sinto-me como o Marcelino,
Mas sou o Dirceu Marcelino.
Vejam o meu nome fala de
Céu e Mar.
E ainda de hino,
Este é o meu canto:
“Marcelino bom menino”.
Agora moro nesta “Casa Encantada”
No endereço deste imenso
“Jardim Encantado”
“www.poemas-de-amor.net”.
Onde fica?
Ah! Depois lhes conto,
Agora vou me cuidar,
Escutem esse canto,
Estão me mandando
Cantar,
Cantem comigo:
“_Marcelino, bom menino,
"Pega a toalha,
“O sabão e vai se lavar...”
Pronto, já me cuidei
E fiz minha oração,
Agora vamos todos tomar
“Café com pão”.
Há muito troquei o vinho,
Não preciso dele
Sou um menino,
Gosto mesmo do
“Café brasileiro”.
Continuem a cantar comigo,
Vocês são meus amigos:
“_Marcelino bom menino”,
Pegou a toalha foi se lavar...
Agora vai tomar seu cafééé..
“Come, come, come... muito...”
“Limpa todo o prato...”
“Como Frei Donato”,
“Limpa todo o prato”
“Come todo o pããoooooooo...”
Agora vou levá-los à casa vizinha,
É aquela “Casa Transparente”,
Ali mora a Musa CECI POETA.
A casa dela é como a nossa,
“Não tem parede, não tem teto, não tem chão,
É, realmente, como a casa do “grande poetinha”,
Pois, aqui onde vivo é tudo assim,
Vejam a frente são nuvens de algodão,
Tudo limpo, sem poluição,
Olhem ali caminhando
Sobre as nuvens,
Ele anda também sobre os mares,
É meu amigo,
Meu Senhor,
É o menino Jesus.
Vejam o redor do “Jardim Encantado”,
Quantos pássaros, quantas flores,
Sintam o ardor dos seus perfumes,
O aroma da natureza,
Olhem aquele “pardalzinho”,
Ali embaixo daquela laranjeira,
Coberto de folhas e de flores...
É o pardal da Ceci. (Autoria: Dirceu Marcelino )
PÁSSARO FERIDO
Laranjeira carregada
de flores.
Observada à distância
é um lindo buquê-de-noiva.
Em meio as ramagens, no
mais alto dos galhos.
Um pardalzinho, com seu
peito ferido, cantava.
Seu canto soava como
um doloroso lamento.
E quanto mais tentava
cantar, mais fraco ia ficando.
Seu canto era de tristeza,
um canto de adeus.
Distante de sua amada, não
tinha mais motivos pra viver.
Pois sabia que as forças lhe
faltava, que não resistiria.
Pois com seu peito ferido, em
chaga aberta, não sobreviveria.
Sabia que ali mesmo morreria.
Então estufou o peito, pensou
em sua doce amada.
E no espinho mais agudo,
que encontrou.
Espetou seu coraçãozinho ferido.
E cantou... cantou como jamais
em toda sua vida, havia cantado.
Queria que sua última melodia,
chegasse até a sua amada.
Em forma de mensagem de amor.
E a noite chegou, e consigo trouxe
um manto de estrelas.
Que cobriu um débil pardalzinho
ferido de morte.
Quem por ali de manhã passou, quiçá
nem percebeu.
Um pardalzinho morto, coberto de
flores de laranjeira!!!
( Direitos reservados* Cecília-SP/01/2008*
A poesia CASA TRANSPARENTE, motivo da inspiração deste meu vídeo-poema, será transcrito nas próximas partes, em face da limitação em dez minutos pelo You Tube.
Agradeço a gentileza de CECI POETA, em enviar-me materiais com imagens e poesias, a SEMPRE-VIVA por no encaminhar as músicas de Louis Armstrong, para enriquecer no vídeo.
Enviado por Joaninhavoa em Dom, 06/04/2008 - 13:15
Vou num vôo brando
E sereno! no meu voar…
Ah! este vôo… tanto me apraz…
Vou de mansinho neste voar
Devagar devagarinho
Meu vôo audaz!...
Abro asas… mais e mais
Assim… eu me espernico…
Ah! como é bom demais…
Ângulo certo meu equilíbrio
Corpo espaço alíbido!...
Capricho! Neste trajecto
Vou-te encontrar…
Sei! onde tu gostas de pairar…
Longe! Lá onde há areia
E há o mato!...
Ah! brisa leve e singela
Doce intrínseco o aroma
Como meu vôo! Vem
Vem junto! Acompanha…
Este trajecto, esta viagem
Quero levar o meu amor
Pr`a outra margem!...
Enviado por Carmen Lúcia em Qua, 26/03/2008 - 19:19
uma prima-irmã, com a qual convivi durante todo o tempo em que ela esteve entre nós(faleceu nesse último domingo de Páscoa).E ainda convivo, pois nada irá romper nossa sintonia.
A poesia é a "cara" dela.Deus me inspirou para que eu a fizesse assim.Talvez eu não participe assiduamente do site, pois a dor que sinto é muito grande ainda.
"Prima Vera"(homenagem póstuma a minha querida prima)
O inverno se foi...
Levando sentimentos frios.
O sol despontou...
Acariciando folhas caídas
Que ganharam nova vida...
Ressuscitando pétalas mortas, vencidas.
Um suave aroma é soprado pela brisa
Que se espalha no ar feito canção, numa fusão de essência de alfazema, lavanda, almíscar...
Borboletas desfilam suas cores
E disputam flores com os beija-flores...
Rastros verdejantes, o matiz das cores
Invadem campos, despertam amores...
Abro a janela! Tão bela! É ela!
Veio com a primavera...
Como a primavera...
Minha prima Vera!
Exalando olores, toda a exuberância,
Porte e elegância, dignos da estação!
É ela! Tão bela!
Veio com a primavera!
...Minha
....prima
.....Vera!
Sua prima,
Carmen Lúcia
Sua lembrança ficará guardada para sempre em meu coração, como a beleza eterna da Primavera!
Sei que poderias nadar na minha praia e percorrer a grandeza das suas ondas ou a profundidade do meu oceano, mas não...apenas ficas imerso na superficialidade dos teus pensamentos e na frieza dos sentimentos.
Talvez aches que o Universo não tem a interdependência causal que faz de cada ser, único e especial.
Renuncias à poesia e renegas a (tua) magia mas eu sei, que à noite, ouves o (meu) marulhar...doce, suave, ritmado e profundo que, lentamente, te vai enchendo a alma e o espírito, inquietando o teu corpo.
No contorno da madrugada, eu sou tua amada...lua, tua...aroma, sorriso e toque que te provoca, e seduz, na candura de um olhar que te leva a (me) amar...
(turtlemoon)
Na montanha que me acolhe o coração, o (teu) marulhar… perfumado de inquietações, é digno de um louvor por um passeio pelo profundo do horizonte, onde o (meu) sonho indefinido lê os mexericos dos meus pensamentos de quem mora numa rua sem saída e a grandeza da tua praia, é um segredo preso nas flores do meu campo.
O cume montanhoso é renunciado pela poesia que te escrevo lá do alto de onde olho para esta terra com um sorriso na mão pedindo boleia ao sol que ouvindo a nossa voz, aquela voz que nos busca no tempo de saudade que vive em cheio a paisagem que nos separa e provoca a cada instante, gestos de amor na geometria dos vales e montes pintados com a tinta da natureza e do profundo do teu oceano.
Contorno a madrugada fria com o cheiro da erva fresca, e tudo é tão verdadeiro ao cantar a minha solidão pelo vento que ás vezes me trás a brisa da tua praia fazendo bailar as flores á beira da estrada contemplando a direcção até a ti na interdependência causal que te faz um ser único e especial.
O teu amar-me brinda emoções que têm sido a minha luz longe do teu mar, coberto pela (tua) imensidão de mulher…