Ardor

Foto de A ciganinha

Amor e medo

Amor e medo

O amor causa sensação de medo,
é como estar no topo da montanha
sentindo o açoite do vento,
sem suporte pra se agarrar
e o coração bandoleiro
com seu eterno tic-tac,
a espreitar novos raios de sol
buscando novo ardor.
Amar é inseguro?
Permitir,
que o medo, este guia
guia cego,
embace o olhar,
amordace a boca,
e a vida finde sem história
pra contar...
é como morrer, vivo estando!

Amor é luz... é vida
combustível da alma
que jorra do poço
do coração...

Diná Fernandes

Foto de onil

NÃO JULGUES SÓ UM MOMENTO

NÃO JULGUES POR UM MOMENTO TODA A VIDA
EM QUE TENHAS INCERTEZA DO AMOR
PENSA SIM NA PAIXÃO QUE É TÃO SENTIDA
NESTE PEITO QUE TE AMA COM ARDOR

E MOMENTOS TÃO FUGAZES DE PASSAGEM
DE INCERTEZA EM PAIXÕES QUE SÃO VERDADE
CORROEM E MALTRATAM-NOS TAMBÉM
E DEIXAM NOSSOS PEITOS COM SAUDADE

POR ISSO EU NÃO JULGO OS MOMENTOS
QUE TRISTES DESLIZAM EM NOSSAS VIDAS
GUARDO EM MIM SÓ OS BONS PENSAMENTOS
TÃO FELIZES HORAS POR NÓS JÁ VIVIDAS

MEU DESEJO É QUE SEMPRE ASSIM SEJA
QUE O AMOR FORTALEÇA ESTA UNIÃO
PULSA NO PEITO UM CORAÇÃO QUE DESEJA
DÁR-TE A TI TÃO SOMENTE ESTA PAIXÃO

NÃO QUERO NEM JULGAR NEM TER RAZÃO
APENAS O SER JUSTO E PERDOAR
QUERO TER SEMPRE O AMOR DO CORAÇÃO
QUE UM DIA EU JUREI SEMPRE TE DAR

E NESSAS HORAS QUE SÃO DE INCERTEZA
JULGA BEM MAS NÃO JULGUES SÓ EM VÃO
TOMA NOTA DOS MOMENTOS DE TRISTEZA
QUE INVADEM NOSSO LAR E TAMBÉM MEU CORAÇÃO

POR ISSO NÃO JULGUES SÓ UM MOMENTO
DE TANTOS MOMENTOS QUE HÁ NA VIDA
DEIXA SIM VOAR SEMPRE TEU PENSAMENTO
NESSA PAIXÃO QUE ENVOLVE E É VIVIDA

E ASSIM NO PENSAMENTO A COMPREENSSÃO
LIGARÁ AS NOSSAS VIDAS COM VALOR
NÃO JULGUES TODOS OS MOMENTOS SEM PAIXÃO
PORQUE EM TODOS OS MOMENTOS PARA TI É MEU AMOR.

ONIL

Foto de onil

SEMPRE TEUS SORRISOS

QUANDO ESTOU TRISTE E SÓ
SÃO SEMPRE TEUS SORRISOS
QUE ME FAZEM ALEGRAR
QUANDO ESTOU TRISTE E SÓ
SÃO SEMPRE SÓ TEUS BEIJOS
QUE ME FAZEM RECORDAR
QUE SOU EU
AQUELE QUE SÓ VIVE PARA TE AMAR

QUANDO SINTO O TEU AMOR
FLORESCER EM TEUS SORRISOS
TENHO PRAZER DE OS OLHAR
QUANDO TODO ESSE AMOR
EU SINTO NO MEU PEITO
TENHO ÂNSIAS DE GRITAR
QUE SÓ TU
ME FAZES DESTA VIDA UM SONHAR

ÉS SEMPRE TU
QUE EU PROCURO QUANDO ESTOU TRISTE
É SEMPRE A TI
QUE EU BEIJO COM ARDOR
ÉS SEMPRE TU
QUE EU VEJO EM MEUS SONHOS
É SEMPRE A TI
A QUEM DEDICO O MEU AMOR

QUANDO ESTOU LONGE DE TI
SÃO SEMPRE TEUS SORRISOS
QUE ME VEM RECORDAR
QUANDO ESTOU LONGE DE TI
SÃO SEMPRE SÓ SAUDADES
QUE ME FAZEM REGRESSAR
PORQUE TE AMO
JÁ NÃO POSSO VIVER SEM TEU OLHAR

QUANDO TU ME DEIXAS SÓ
SÃO SEMPRE TEUS SORRISOS
QUE EU NÃO POSSO OLVIDAR
QUANDO TU ME DEIXAS SÓ
SÃO SEMPRE SÓ TEUS BEIJOS
QUE EU PASSO A RECORDAR
PORQUE ÉS TU
AQUELA A QUEM DESEJO SEMPRE AMAR

ÉS SEMPRE TU
QUE EU PROCURO QUANDO ESTOU TRISTE
É SEMPRE A TI
QUE EU BEIJO COM ARDOR
ÉS SEMPRE TU
QUE EU VEJO EM MEUS SONHOS
É SEMPRE A TI
A QUEM DEDICO O MEU AMOR

ONIL

Foto de Arnault L. D.

Amor tanto e triste

Ele não te ama;
e a culpa, se culpa, não há.
Foi tudo a revelia.
O amor não atende a quem chama,
nem se dá para quem o dá,
ou seu ele seria.

Merecer o amor é bom,
sendo amado... melhor,
merecer e não ter.... acontece.
Despertar o amor não é dom,
é um enigma mor,
o sibilar de uma prece...

Você chora e ele não sabe,
o ama e ele não usufrui.
Não há o que entender,
merecer em nada cabe.
Não há dono p´ra dar quem possui,
ou fogo que o possa acender.

Ele não te ama;
e isso é, assim, e só.
Não entenda, não tente, ame.
Sem a vergonha da lágrima que derrama,
ou do engasgo da garganta, o nó,
e deixe que o ardor inflame.

Este amor, tanto, e triste,
que só coube em seu peito
só você o soube amar...
Amor que só em você existe,
porque de você ele foi feito
e só você o pôde dar.

Foto de Arnault L. D.

Flores e chocolate

Dos prazeres que quero lhe dar
trago mimos em prenuncio
de minha boca além dos sons
beijos e beijos, língua e ar
e do ardor, além do cio
canções simples de mil tons

No ritmo sensual do coração
entre o pulsar do receio, anseio
acertar-lhe os gostos, aposto
e se o dorso me repousa a mão
se me atrevo tocar-lhe o seio
do corpo lânguido provar o gosto

Dos prazeres que posso lhe dar
sem pressa, mas intensidade
se tremer a aquecerei de mim
sem temer o pudor a guardar
aguardar seu tempo, brevidade
multiplicar os fins por afins

Será minha vida, à'contecer
e se viver, se destino, se agora...
irei tornar-me belo e se-lo
por gozar o êxtase de dar prazer.
Eu lhe trago um presente que flora,
e um doce..., para come-lo

Foto de Arnault L. D.

Exposição

Das tramas da história fiz tela,
neutra e alva de ingênua pureza
Tons de branco, lapsos de memória.
Busquei por armação eu e ela
e dos cravos ao peito, a fiz presa,
cavalete, tela sem estória.

Co’o emaranhar de nossa vida
fiz pincéis, juntando-o em maços.
A meu modo aparei as verdades.
Com o fio d’sperança partida
amarrei aos meus dedos por laços,
dez trinchas eu montei de saudades...

Dos planos, extrai pigmentos
e dilui os tons em lágrimas,
da base, ao nada doei gameta.
Cor primária mesclei de fomentos
e menti matizes de obras primas.
Minha pele distendi por paleta.

Do d’oiro de seu cabelo fiz sol,
e da paixão pincelei o carmim,
do céu de ilusão fiz o infinito,
das auroras não tidas, arrebol
e dos planos que ficaram sem fim,
sombras, perspectiva descrito.

Pintei um quadro belo de nós dois,
criei, por estes que não fomos nós.
Do rascunho preenchi os vazios,
sobrepus demãos, antes o depois...
Corrigi proporções e o após,
cores quentes para sonhos frios.

Pintei este painel, cheio de mim,
secando-me de forma espaçada.
Usei do ardor, luz para a exposição,
numa galeria de vazio sem fim.
Apenas nosso quadro e mais nada,
em salão fechado, o meu coração.

Foto de Evandro Machado Luciano

A Solução

Procurar em estradas vazias
A razão dos devaneios
É o mesmo que achar no veneno
O triste fim dos anseios

Mas espere!- na rua vejo a musa
De inéditos pensamentos
Sorrindo como se não soubesse
De todos os meus tormentos

Então se valha de sua vantagem
E cause-me ardor extremo
Mate-me com seu júbilo
E morrerei como um feliz enfermo

Mas se ainda navegar por esses mares
Onde se afogam as loucuras
Vou contra meus nobres princípios
Devaneando nas solitárias ruas

Foto de Flávia Simplicio

Amor indefinido

Amor é...
Desejo deslavado,
o par encontrado,
o sonho vivenciado,
as cartas molhadas,
por suas lágrimas choradas,
decorrente das lembranças.
doces e amargas.

Amor é...
Acordar de um sonho,
sonhar acordado,
é um olhar traduzindo,
o que precisa ser falado.

É a pureza da relva fina,
o ardor das rosas vermelhas.
É o sonho da menina,
a lembrança das mais velhas.

É a total entrega,
é o refúgio,
é a descoberta
é não saber o que sente,
pois o amor...
Não tem definição certa.

Flávia Simplicio Rodrigues.
Todos direitos reservados

Foto de diny

Morremdo de Saudade

Morrendo de Saudade

Lágrimas enrugadas
rios que correm torrentes
de soluços
a encher esse silêncio
como um tonel
no deserto dessa distância.

Coração cansado
sem luz, sem céu
sem felicidade, sem doçura
que uiva saudade,
desamparo, abandono,desesperânça
e só quer a inocência-criança
do teu colo! e no teu colo;
aconchego, alívio, e sono!

Pra depois, a loucura;
me abraça... sob ternura tua
põe a minha alma ávida por prazeres
no ardor e fogo desse amor
deixa a minha vida nua e tão tua
que... me abraça... meu coração flutua
tão profundamente emocionado
perdido e agitado
nesse sentimento de retribuição
tão rico de sentido!

Ah por fogo no paraíso!
na alma das carícias
suspirar de enlevos mil
com as delícias dos teus sorrisos
a doçura de teu sorriso.

Ah essa saudade se levanta ardente
e novamente morrendo de saudade;
teu rosto lindo, puro
teu ser tão penetrado de luz
tão luminoso!
tua voz...
boa e clara
como manhãs deliciosas,
e essa ansia de cair em teus braços,
meu amor!

Beijo suave e gostoso.

Diny Souto

Foto de Lucíola

Reencontro

Era uma linda manhã de verão. O sol iluminava a paisagem, enquanto Celina caminhava lentamente pelas ruas da cidade em busca do seu destino.
A vida lhe reservara sempre grandes surpresas, pois Celina acostumara-se a esperar o oposto do que queria. Isto facilitava nas decepções e propiciava alegrias inesperadas. Resolveu então pensar que aquele era um dia comum, com pessoas comuns ao seu redor e que seus passos comumente lentos a levariam tão somente na direção do mar.
Chegou, finalmente. Seu destino estava ali traçado naquele calçadão. Em seu peito, a ânsia da incerteza atravessada no coração feito faca afiada que corta a carne ainda viva. Não podia mais recuar. Não tinha forças. Restava apenas esperar até que tudo terminasse. Queria apenas encontrar uma última chance de poder falar o que realmente sentia.
Pensou então em buscar as palavras que usaria para dizer tudo o que desejava tanto. Mas as palavras sumiram instantaneamente de sua cabeça. Como num passe de mágica, tudo ficou branco, por um momento, tudo parou.
Celina, então, simplesmente ouviu:
- Oi, bom dia!
Foi difícil acreditar naquela voz ao seu ouvido. Desejou por um momento o fracasso de uma longa espera sem esperança. Seria então esta uma grande surpresa, ou uma decepção? Não sabia explicar.
Seu coração bateu tão forte que teve medo que todos pudessem ouvir. Não conseguia se mover. Não sabia como. Como conseguiu chegar então até ali? Precisava criar coragem. E após uma longa pausa, enfim, respondeu:
- Bom dia.
Seus olhos de repente alcançaram a plenitude nos olhos dele. Naquele momento, as palavras já não eram mais necessárias. Tudo estava tão profundamente explicado que o mundo parou um instante para ver aquelas almas se tocarem silenciosamente, imaterialmente, irracionalmente, num momento pleno de amor.
- Pensei que você não viesse. - Disse ela com a voz trêmula, rompendo o grande silêncio e trazendo o mundo ao seu devido lugar.
- Eu disse que vinha. – Respondeu ele com certa impaciência.
Era estranho imaginar que aquele ser tão próximo, tão conhecido seu, de certa forma, em algum momento, denunciava-se tão estranho. Mas se o peso dos anos tinha a força de mudar tudo de lugar, como então poderia explicar aquela sensação de estar revivendo um passado tão distante? A circunstância permitia mesmo sensações ambíguas. O momento era tenso. O sentimento, intenso. O tempo seguramente não pudera remover ou mudar o amor contidamente existente nas almas daquelas duas pessoas.
Como nos tempos idos, os olhos dos dois falavam mais do que as palavras. Não se importaram sequer em identificar as marcas do tempo em seus rostos. Parecia que nada havia mudado - nada. Até mesmo as dúvidas e receios eram os mesmos de antes. Apenas a ansiedade dera lugar à serenidade daqueles que verdadeiramente se amam para além dos tempos e da própria existência terrestre.
- Eu não acredito que estamos aqui, agora. – Disse Celina, com um largo sorriso no rosto e um brilho nos olhos inconfundível.
- Por quê? – Perguntou ele, mesmo sentindo no peito a mesma emoção de quem racionalmente não consegue mensurar a plenitude de um momento tão raro, onde o sentimento é quem comanda cada palavra, cada gesto, cada pensamento.
- Porque imaginei que a nossa história havia terminado, mesmo que ainda inacabada, assim como uma criança que morre em tenra idade, de qualquer mal súbito, ou por qualquer fatalidade. Então, dessa criança, restam apenas as doces recordações e a lembrança do seu sofrimento, de sua dor e de seu triste fim.
Em seu coração, Celina temia ouvir duas palavras: sinto muito. Estas palavras quando ditas em certas ocasiões produziam conseqüências quase que letais para quem as ouvia. Ouvira uma só vez em sua vida, o suficiente para lhe trazer noites intermináveis de angústia, pelo peso de um amor fracassado.
O momento de êxtase agora dera lugar a uma inquietação, daquelas que trazem ardor à alma e a insatisfação antecipada de quem imagina agora tudo perdido, sem conserto mesmo.
- Você disse que me esperaria... E eu acreditei. Você não só não me esperou, mas também me esqueceu. Seu amor por mim foi tão sincero e tão verdadeiro como um feriado que cai no domingo. – Respondeu ele, visivelmente perturbado. Naquele momento, por um instante, arrependeu-se de estar ali entregando tudo o que de mais profundo carregara durante todos aqueles anos. Arrependeu-se. Aborrecido, achava-se um tolo. Não suportaria aquela situação por mais tempo.
Celina sentiu o mundo sobre suas costas, temia profundamente aquela reação. Desejava que tudo fosse mais fácil. Mas a inocência dos velhos tempos de juventude havia perecido. Agora não havia mais tempo. Tudo deveria ser esclarecido. Tudo. Não poderia hesitar nem um só minuto. Precisava sinceramente falar para ser compreendida e desejava mais do que tudo que ele soubesse que o seu amor, um feriado num dia de domingo, foi, era e sempre seria um domingo sem fim.
Então, ela retrucou:
- O domingo, o sétimo dia ou o primeiro dia da semana, é o dia do descanso. A semana vai passando e ele lá, inerte, parado. Ou ele espera por você ou você espera por ele. Feriado ou não feriado, de uma forma ou de outra, inevitavelmente ele está lá. Seja você feliz ou triste. Durante um passeio, ou uma viagem, numa festa ou no sofá da sua sala, é domingo. Eu sei, você sabe, todos sabem. É domingo. Às vezes temos sono, às vezes não. Às vezes queremos que a segunda-feira venha nos salvar, ou que o domingo seja o único dia da semana, se estamos cansados. Mas se eu estiver feliz é porque você não só está em mim, mas eu também estou com você verdadeiramente. É por isso que eu quero que você saiba, independentemente de tudo e de todos, eu te amo. E nada nesse mundo poderá mudar essa triste realidade que me corrói a alma e me faz viver sempre esperando a realização desse amor, que eu sei, não tem mais futuro, apenas passado. Não pense em como tudo aconteceu, pois não há racionalidade para as coisas do amor. Eu apenas amo e nem sei como. Eu amo tão simplesmente que até parece complicado. Meu amor por você está além de onde se pode ir. Vive e revive a cada dia que se passa, com maior intensidade. Eu sei disso porque quando encontro você é tudo tão inexplicavelmente mágico! O tempo parece não ter passado. O dia não parece dia, as pessoas parecem não estarem lá, a vida parece ganhar outra dimensão. A partir daqui, eu sei, tudo vai mudar. A magia será enfim explicada e então perderá o encantamento. Mas o amor, esse sentimento que carrego dentro de mim e que só eu sei o quanto é puro e verdadeiro, esse não mudará. Eu sim, não serei mais a mesma. Imagino que deixarei de sonhar com você, meu grande e eterno amor. Mas saiba, eu te amo, te amo, sinceramente...
Depois dessas palavras, não havia mais o que ser dito. Todas as dúvidas não podiam ali ser esclarecidas. O amor e sua verdadeira face envolveram de tal sorte aquele homem e aquela mulher, que eles, do magnetismo do momento, não puderam mais fugir. Arrebatadoramente, abraçaram-se, em corpo e alma. Beijaram-se e, na mais completa plenitude, enfim, compreenderam que não há explicação para o amor. Ama-se e fim.

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