Ar

Foto de vino silva

O Teu Beijo

O teu beijo, feitiçeiro ,
a razão, do meu sentido disperso,
a música que preenche a minha alma,
é o meu mal e o meu bem,
que anda, disperso no ar,
tem o gosto de uma fruta ,
que me atiça a mente.
Teus lábios acesos,e grossos,
são pecados em forma de maçã,
e se um dia descobrir a semente,
do teu beijo, vou semear em meu peito,
a prova que ainda queima em minha boca.

Direitos reservados...

Foto de Vágner Dias

Pétalas vermelhas gotejadas de prazer.

Flores vermelhas
Tingem meus sonhos
De sangue
Espinhosa
Malditas
Sedento eu reclamo
Seu eu cheiro
quente
doce
Sinto pulsar
No meu peito coração
Quer te encontrar
O calor
louco
Anseio
Ar
Dor
Este sentimento
Consome
Sufoca-me
Alucinação
Rasante
Sobre teu corpo
Pétalas vermelhas gotejadas
De prazer
Seduz-me
Ate envenena.

Foto de João Victor Tavares Sampaio

Muito Além da Rede Globo - Capítulo 4

O amor, substantivo abstrato.
Pior que o amor impossível é o amor impossibilitado. O amor da salas de espera do hospital, a espera do milagre, o tubo de ar que oxigena os pensamentos, a falta da memória, a indiferença, a despedida de dentro do ônibus que arranca, o surto soro-positivo, os velórios pelas madrugadas, as visitas nos dias de folga, as exumações, os ossuários, as placas dizendo pare, das pistas escorregadias, os infartos imediatos, sem chance de resistência, os nãos da pessoas bonitas, diante do medo do imerecimento, as flores murchas, o pó caindo do forro sacudido por um caminhão transeunte, a estações de tratamento, as represas, os monóxidos dos aterros à céu aberto e luto fechado, a fuga das prisões, as tomadas de assaltos filmadas pela vítimas, o carro dos bombeiros, os estupro consentido de crianças maiores de idade, o caldo de cana que desce queimando a mata virgem da garganta brasileira, o voto de discórdia, o recusar da aceitação...
E ainda assim o amor persevera, assusta pela veracidade, faz amendrontar aqueles que duvidam do seu potencial.
Amor só pode ser loucura mesmo.

Foto de Leo_20

Pedras

Parecem pedras sobre meus ombros
Já nem consigo olhar pra tras
Como coisas que me fugiram pelas maos
Assim é o que sinto
Sem vc aqui

Tento me manter vivo
Há um coração ainda batendo
Não sei de onde ele tira forças
Nem qual sopro ele ainda resiste
Perdido, partido como ele só

Balas me atingiram em cheio
Aparelhos já nem fazem mais efeito
É como o tempo que teima em não passar
Perdido no meio da selva
Esperanças perdidas de ser encontrado
Um abraço que não vem mais

É como dizer que basta acordar
E tudo se acaba
Como nem tivesse existido
Mas quando mais tentamos subir e buscar o ar
Mais as pedras nos puxam pra baixo
Assim é o que sinto
Te vendo partir

Foto de raziasantos

O ENIGMA DO AMOR.

O ENIGMA DO AMOR.
Sei que tenho sido repetitiva em dizer que te amo.
Mas tenho tentado reavaliar os meus sentimentos, tenho vivido pra você.
Quando tento te esquecer você surge como um relâmpago atira-se em meus braços

Deixa-me loca de paixão.
Você segura minhas mãos fixa teus olhos nos meus eu enlouqueço, de amor por você.
Não aceita regras, não aceita grades.

Até quando eu aceitarei viver assim?
Que feitiço me lançaste, para que eu não me despeça de ti?
Este amor indisciplinando, sem horário me deixa confusa.
Atormenta minha alma.

Estou presa á ti como um pássaro enjaulado.
Tenho tentado uma visão, mais objetiva para te conhecer.
Mas cada dia você se torna um enigma...
Sua beleza exuberante teus olhos como flechas de fogo, que me consomem.

Mesmo quando parte deixa seu perfume no ar.
Em cada despedia sinto como se fosse o último adeus.
Mas você sempre volta...
Esta influencia que exerce é como fogo que me consome.

O que sou para você além de um bibelô de estimação?
Muitas vezes me pergunto se você é real.
Sim você é real, e normal.
Eu é que sou anormal, por aceitar ser sua prisioneira.
Que amor é este?Quem é você?

De onde vem pra onde vai?
Que prisão sem grades me prende á você?
Ate quando me sujeitarei às migalhas de seu amor?
Liberte-me eu te peço, preciso ser livre.
Quero voar em busca de minha liberdade:
Para ter um amor de verdade!

Foto de Arnault L. D.

Indícios

Como no cinema,
com trilha sonora
e a luz , perfeita.
Sincronizada ao tema.
Um sonho ali ancora
no olhar que aceita

Como nos romances.
No fim de cada capitulo,
Do ler para a memoria.
Que devora as nuances
e nos leva em um pulo,
para dentro da historia.

Como na canção.
De olhos fechados faz imagem,
pintando o ar de sentimento.
Vibração, tornada emoção.
E a melodia como passagem,
a libertar o que há por dentro.

Se nos filmes resiste;
nos livros e na canção;
na lira do antigo trovador,
um sentimento persiste.
Embora, digam ser só ilusão...
Não é. Acredite; é amor!

Foto de raziasantos

A LUA E EU...

Tudo parecia perfeito.
A noite estava linda.
No firmamento as estrelas reluziam.
A lua refletia sob o lago azul que ficava no meio do jardim.
O vento fresco trazia o doce e suave cheiro das flores, que cercavam o campo ao redor de nossa casa.
Tudo era perfeito.
O céu em silencio me permitia esperá-lo.
Em meio a doce melodia entoada pelas águas do riacho que corriam em festa.
As horas pareciam não passar, mas eu sabia que você ia chegar.
E neste cenário de amor e paz, eu te esperava sem me cansar.
Na janela onde eu estava à brisa tocava meu rosto.
Eu fechava os olhos e sentia tua mão suave e quente me tocar.
Inesperadamente lá fora o ar começou a ficar pesado.
Mas o desejo de te amar, não me permitiu ver a tempestade.
Como num sonho o vento muda tudo escurece as estrelas desaparecem.
A lua deixou o lago sem brilho o doce ruídos do riacho agora
Correm com bravura, e águas escuras.
Tentei lutar contra á tempestade, e ir ao seu encontro.
Você sempre foi, mas nunca deixou de voltar, sempre esteve ao meu lado fazendo meus olhos brilhar.
Enfrentando a tempestade corri em tua procura.
Corri entre os campos agora frios e escuros:
Ironicamente o vento forte passa a tempestade cessa...
E você meu amor onde está?
Corro! Ate o riacho entre os lírios de sua margem.
Esse riacho que tantas melodias me expirou a tocar, agora levas
O meu amor para sempre nunca mais voltará.
Ajoelho-me em suas margens, tento desesperadamente sua mão segura é inútil, pois as doces águas acabam de te levar.
As mesmas águas que nos banhávamos, e muitas vezes em suas margens nos amávamos agora leva o meu amor sem nem uma piedade.
Agora só restam á lua e eu.

Foto de LillyAraujo

Hoje

Hoje. Ontem. Amanhã.
Hoje, apenas hoje!
Um agora inevitavelmente suave e bom.
Hoje eu. Hoje você. Hoje nós.

Hoje eu quero novamente ouvir sua voz,
ouvir qualquer palavra exagerada,
carregada das impressões de quem está apaixonado.
Sentir teu perfume, de teu corpo, da tua alma.

Hoje eu novamente quero ouvir tua voz e te ver,
cada gesto teu que é tão meu e me traz vida,
estás gravado em mim como em uma lápide.
Eu - lápide, transcrevendo você.

Hoje o teu braço tímido pode envolver-me
em um abraço furtado com gosto de doce.
Hoje e apenas hoje! E amanhã?...
Apenas quando o amanhã for hoje.

Ontem eu nem sei mais! Mas hoje...
Ah! Como hoje demora a chegar!
O teu sorriso no ar, teu desajuízo,
teu descompromisso e o meu gozo,
o meu riso maroto, e uma lerdeza no olhar.

Ontem? Nem me lembro mais.
Amanhã? Não quererei adivinhar.
Mas hoje...

© Por Lilly Araújo-Direitos Autorais Reservados.

Foto de LillyAraujo

Sem Pressa

Ah, eu estou me sentindo meio descrente da vida, sabe? Com meu corpo sedentário sobre a cama por horas a fio, e já quase atrofiando a alma.

Estou com vontade de fugir de tudo que é urbano. Esquecer os fios conectores, o Bluetooth, Ipods, ou qualquer coisa que tenha teclas, ou telas, ou façam qualquer som frenético. Vontade de deixar esse mundo que se tornou tão aflito, e que tem sempre muita pressa. Onde tudo é manejado por um apertar de botões. Meus ouvidos estão feridos!

Estou com sede de terra molhada, de sentir o aroma de grama amassada, de formiga esmagada, enquanto o único som que se possa ouvir seja dos pássaros lutando no ar, numa dança de acasalamento, paz e alegria; que seja o som das cortadeiras picotando suas folhas e marchando por entre os trieiros, como se fossem soldadinhos; que seja o som dos estalidos dos gravetos que se desprendem das árvores ou do bico das passarinhas que ajeitam maternalmente o ninho dos seus filhotinhos. Quero ouvir o som das águas batendo contra as pedras e fazendo esculturas infinitas.

Quero adentrar-me no rio e me deixar levar pelo seu leito tortuoso, e sentir a água me abraçar, e a brisa me acariciar. E ir percorrendo o seu caminho sem pressa. E ter tempo de observar o céu azul claro, e uma diversidade de aves cortando o seu espaço, todas leves e belas, alheias ao meu observar. E sentir o sol bater intermitente no meu rosto, entrecortando os ramos das matas ciliares que circundam o rio onde meu corpo bóia, como uma pluma, feliz!

E assim continuar percorrendo juntos às águas, caminhos que eu nunca conheci, até que o dia seja noite. E sentir agora os dedos enrugados, e o bater das minhas mandíbulas pelo frio do rio, e isso também me deixar feliz.

E me refugiar depois em uma das margens. Jogar meu corpo na areia e ficar inerte. Observar cuidadosamente que o céu trocou sua roupa anil por saias alaranjadas, que pouco a pouco vão se tornando azul turquesa, e salpicos como lantejoulas vão lhe sendo cosidas, em forma de estrelas.

E no frio acolhedor da areia me deixar ficar um pouco mais, e notar que os sons também se transformaram. Agora, o bater das asas dos pequenos passarinhos silenciou. Dormem aconchegantes em seus galhos e ninhos. E as cortadeiras também foram descansar. Ainda estalam os pequenos gravetos que se desprendem, e o som das águas escultoras também continua o mesmo. Lentamente os anuros começam a reger a orquestra do anoitecer: sapos; pererecas e rãs, “gritam” e saltam desenfreadamente, como se quisessem alcançar os pirilampos piscantes pregados à grande teia que é o céu, e assim, comer uma a uma, cada estrela.

Estou com sede dessa paz que há muito não sinto. Estou com medo de jamais torná-la a sentir. Presa na cadeia Cidade-Grande, onde os sons são sempre de botões, buzinas, palavrões e, acima de tudo, de pressa. Muita pressa.

© Por Lilly Araújo-Direitos Autorais Reservados.

Foto de airamasor

O que é o Amor?...

Não há poema nem arte,
Não há mar ou estandarte,
Nem mesmo a força do vento
Que descreva o sentimento
Que o AMOR prolifera!!!
É o ar da primavera...
É magia pura
Enquanto dura...
É o estado de graça
Que nos toma e abraça...
É o fogo que flameja
Sempre que se deseja...
É cair na emboscada dum sorriso,
E… viver, em pecado, no paraíso
É levantar voo nas asas do cúpido,
E… cantar vitória após estar rendido

O AMOR …

É o império de todos os nossos sentidos
Que encerra mistérios desconhecidos….
O mundo gira em seu redor
Atraído pelo seu esplendor!!!
Até Freud e Platão
Buscaram uma razão,
Mas… o AMOR nem sequer tem peso ou medida!!!
É a força que comanda a própria vida!…
Em suma, o AMOR
É algo, ainda, maior!!!...

(Aira 01 de fevereiro de 2011)

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