Fim!
Só, o pedestal que outrora elevava teu orgulho,
Agora chora pedindo clemência a um amor
Que já não tens mais, pois já não mais também me quer.
Mas te quis. Fostes tu quem me despertou carinho,
E agora, com um ar de despedida, envolto no teu rosto,
Dizes-me ao telefone que na Sexta o desliga
Esperando não mais nem me encontrar.
Mas o destino foi bom, paciente ele foi.
Sentimentos sinceros foram os nossos antes, durante...
Espero que após nossa estadia, possa da mesma forma continuar,
Já que neste Novembro vais, anunciando o findar da até então nova e juvenil primavera.
Quando em becos, ruas e vielas nos escondíamos temendo,
Que o amor a nós concedido, contudo, proibido viesse à tona,
Chegando aos ouvidos dos leigos que não o entendiam,
Nossa face verdadeira revela-se então, mostrando o quanto tal momento único nos era.
Tua chance, minha chance, tua boca, teu sabor,
Pele, olhos, teu calor... Tudo ainda se faz presente embora
Os mesmos sonhos de antigamente já não venham se apresentar
Excitando o corpo que antes era frio, e que agora deixa de ser quente.
O pai dos tempos, filho dos ventos mesmos que te trouxeram para mim,
Agora com a graça retirada que por fim já não reconheço,
Leva-te novamente para outra terra, aquela cuja qual percebo,
Que tal como começou, uma nova estação, saudade deixará.
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À minha amiga Mariana, esposo e filhos.