Angústia

Foto de RuFiAzInHa

][ Agora é Tarde ][

Nem sempre o tempo cura qualquer dor...
Mas temos de escondê-la, mesmo que por pouco tempo, e tentar seguir em frente...
Em busca de algo que tu não me quiseste dar...
Estás com saudades dos tempos em que..?
Eu também, mas agora é tarde!
Se tens dor no teu peito, tapa-a...
Para mim sobrará angústia...
A tua presença é por mim desejada...
Mas quando disse que te queria e que te amava...
Foste embora em vez de me dares a mão!
Ficaste cego de recordações...
E sem nada a dizer foste embora...
E eu fiquei...
Como rosa negra em cova funda!

Foto de Damien

Ausência adquirida

Entre dor e anseios
entre discórida e devaneios
entre amor e ódio eu vejo,
que pra mim se faz desejo

Não diga vagas palavras
que juz delas não faz,
do inferno que se tornou a honra
faz-se a glória de Satanás

De seus desejos não quero ser exilado
que em sua memória morto nao me faça
Como um pútrido túmulo violado
ficaria minha pústula vida nefasta

Cortar a carne não é preciso
não voltarás o pulso a sangrar
se dor tens em seu peito pálido
retirarei o câncer que vim a me tornar

Fazendo isto ficarás salva
dentre tantos, o melhor amigo
para mim sobrará angústia
pois viver sem você não consigo.

Foto de Dennel

Prisioneiro de mim

Olhos fixos nas estrelas brilhando
Assim vou levando a vida
Olhos fixos nas ondas do mar
Sigo em meus pensamentos

Pensamentos que esvoaçam
A procura do momento
Da frase, do gesto, da ação
Que me tornou saudoso

Não quer me dizer quando foi?
A inocência me faz esquecer
Onde te magoei, te feri
Suplico, não me abandones!

Sinto o mar como um simples aquário
Onde estão contidos meus sentimentos
Presos na saudade, na angústia
Buscando o teu perdão

Sou prisioneiro de mim
Prisioneiro do medo, da dor
Á procura da liberdade
Vou seguindo, com esperanças

De libertar o animal que há em mim
De fazer aflorar o amor que sinto
De gritar bem alto, para todos ouvirem
“Que eu te amo muito!”

Foto de Minnie Sevla

Saudade

Saudade

Palavra que lembra dor
Ausência
Distância
De alguém, de um amor

Saudade
Uma angústia no coração
Que pulsa
Geme
Chora
De emoção

Saudade
É querer você por perto
Lembrar
Sentir
Sonhar
Poder
Te amar

saudade
Sentimento de bem querer
saber
Esperar
O momento
De te abraçar

Minnie Sevla

Foto de pmgp3795

Amor distante!

Amor distante!

Quando me senti sem Força e Bravura,
Para continuar a Lutar, nesta Vida sem Amor
Julguei até minha Alma me ter abandonado.
Viver nesta angústia que me causa dor
Querer-te abraçar, e saber não te alcançar,
Nem mesmo com meus longos braços.
Pois sei que te encontras distante,
Longe do alcance dos meus Carinhos e do Amor
Do Amor que tenho para te dar
E partilhar contigo tudo o que tenho: Meu Coração.
Sequioso de tanto bem te fazer, pelo Amor
Que tenho bem dentro de mim, para dar
À minha Amada, tão distante de mim.
Distância essa, que é encurtada, pela FÉ,
Pela Fé que um dia, um dia eu te terei…
Nos meus braços, para muito Amor te dar,
Fazer-te sentir como nunca te sentiste,
Amar-te como nunca ninguém te amou,
Por ti serei melhor daquilo que sou,
Lutarei por conseguir encurtar essa distância
Que mais parece não ter fim, mas…
Pela Força e Coragem que me resta,
Lutarei por Nós, até nos abraçarmos no Amor.

Por: Pedro Pereira – 17 / 03 / 2007

Foto de Damien

Inversa presença

Me dói sua ausência
e a lacuna que vem;
me dói a angústia
por sua ida também.

Ter-te ao meu lado
é uma dádiva porém,
não ter seu abraço
é um pecado meu bem.

Se de seu corpo alguém sente falta
e se a minha é dolorida a outrém,
esqueçamos por assim os terceiros
que amor por nós dois não têm.

Foto de Chuva Heavy

Textos Medíocres (Parte I )

Vaga minha alma
por entre as paredes gélidas
de minha utopia
longe das angélicas
fantasias
onde tudo é doce como o mel.
aqui não há contos de fadas
pois elas são apenas fachadas
como este arco-íris que desenha o céu.
coberta de véu e grinalda
surge minha alma
onde na sociedade alta
sua identidade some.
e entre risos e gargalhadas
deboches e patuscadas
em angústia se consome.

Minh'alma não percebes?
tu és contra!
tu e este corpo que lhe reveste
e a ninguém apetece
e que tu mesma não conhece...
sua forma é uma afronta.

...Entre risos e gargalhadas
deboches e patuscadas
minha alma em angústia
se consome.

E quando passares e sentires
algo de estranho no ar,
não se assuste,apenas passe minh'alma
trata-se da sociedade alta
e sua capacidade de inebriar;
ora com idéias
ora com ações
são mestres em suas retóricas.
agindo que forma lépida
suas padronizações
ganham importância histórica.

...Aqui não há contos de fadas
pois elas são apenas... fachadas
como este arco-íris que desenha o céu.
lá vai o príncipe encantado
em seu cavalo alado
regado em esbeltez.
rosto risonho e rosado
seus cabelos loiros,lindos de lado
uma postura nobre e cortês.
mas ai...ai daqueles que não são adequados
nos padrões pelos grandes estipulados
hão de ser tratados com estupidez.

...Vague minha alma
por entre as paredes gélidas
de minha utopia
tangencie com calma
pois as coisas mais pérfidas
a sociedade evidencia
longe das angélicas...
fantasias.

Chuva Heavy
04/03/2007

Foto de Lou Poulit

O Beiço da Feiosa

Cansado demais para continuar meus trabalhos de pintura no ateliê, de falar com meu próprio silêncio, decidi dar um tempo a mim mesmo. Assim também, escapava um pouco do convívio com o senso crítico de artista plástico. Tinha e ainda tenho esse hábito. Em arte, faz bem de vez em quando apagar tudo o que há no consciente. Depois deixar que o subconsciente, onde de fato habita a arte, aos poucos recomponha toda a estrutura de critérios e conceitos. Fazia uma tarde morna e abafada, típica do verão carioca. A tática era escolher um lugar sossegado no calçadão da praia de Copacabana, de onde pudesse observar de perto as milhares de pessoas que vão e vem caminhando. O apartamento da rua N. Sra. De Copacabana, onde havia instalado o ateliê, era de fundos e de lá não se via ninguém. Um artista precisa observar, muito, como um exercício diário. Apenas observar e deixar que seu silêncio assuma o lugar do piloto. Então uma série de impressões, não apenas luz e forma, serão armazenadas. E quando ele voltar ao trabalho elas estarão lá, disponíveis no subconsciente.

Depois de alguns poucos minutos esparramado numa cadeira de quiosque, já havia conseguido reunir tantas observações que era difícil mantê-las na mente de modo organizado. E ainda mais concluir alguma coisa daquela bagunça. Tentei interromper a observação para fazer uma seleção prévia sem novos dados. Muitíssimo difícil. Minha mente estava de tal modo seduzida pelo que estava em volta, que não podia evitar o assédio da sucessividade. Sempre que sentia a alma crescer e “viajar” nas próprias avaliações, subitamente era trazida novamente ao fundo do abismo por alguma sensação irresistível, como num grande tombo, que só poupava a cadeira de plástico. Tentei fechar os olhos então, mas isso também se mostrou inútil, ainda pior. O estímulo causado pelas demais percepções, que dessa forma ficam mais conscientes do que o normal, era poderoso o suficiente para provocar a mais estranha angústia de não ver com os olhos. Reabri-los seria quase um orgasmo!

Mas depois de um obstinado esforço consegui finalmente identificar algo suficientemente freqüente e interessante: muitas pessoas aparentam imaginar que são alguma coisa muito diferente do que aparentam ser! Talvez ainda mais diferente do que na realidade sejam. Achou confuso? Não, é muito simples. Veja, o nosso senso crítico tem a natural dificuldade de voltar-se para dentro, ademais, os defeitos dos outros não são protegidos pelas barreiras e mecanismos psíquicos de segurança que criamos para nos defender, inclusive de nós mesmos. Por exemplo, um jovem apenas fortezinho e metido numa sunga escassa, parecia convencido de ser uma espécie de exterminador do futuro super-dotado. Um senhor setentão, parecia convencido de ser mais rápido e poderoso que o Flash Gordon (um dos primeiros desses super-heróis criados pela fantasia americana do norte). Uma mulher com pernas de uma cabrita, difícil descobrir onde guardara os seios, fazia o possível para falar, aos que ficavam para trás, com uma linguagem de nádegas, que na verdade mais parecia uma mímica de caretas.

Mas houve uma outra (essa definitivamente feia, tanto vindo quanto partindo) que me surpreendeu, me deixou de fato muito fulo da vida, me arrancou dos meus pensamentos abrupta e cruelmente: vejam vocês que ela torceu o beiço pra mim, em atitude de desdém, como se eu houvesse dirigido a ela algum tipo de olhar interessado... Onde já se viu?! Quanta indignação! Ora, se com tanta mulher bonita no calçadão de Copacabana, de todos os tipos e para todos os gostos, passaria pela cabeça de alguém que eu dirigisse algum olhar interessado logo para ela? Só mesmo na cabeça dela.

Assim que ela passou me aprumei na cadeira, levantei-me e tomei o rumo de volta para o ateliê. A princípio me senti muito irritado com aquela feiosa injusta, no entanto, como caminhar no piloto-automático facilita as nossas reflexões (embora aumente o risco de atropelamento) já a meio-caminho havia mudado de opinião. Não quanto à sua feiúra, nem tão pouco quanto àquela grosseria de sair por aí torcendo o beiço para as pessoas, inocentes ou não. Mas o motivo de promovê-la a feiosa perdoável era o seguinte: sem querer, me ofereceu muito mais do que havia saído para procurar! E por quê?

Bem, antes de mais nada demonstrou ter se apercebido de mim. Não tenho esse tipo de necessidade, normalmente faço o possível em espaços públicos para não ser percebido, mas o fato é que algumas centenas de pessoas também passaram no mesmo intervalo de tempo sem demonstrar nenhum julgamento, nem certo nem errado, bom ou ruim.

Ora, o meu objetivo ao sair não era o de fugir do julgamento alheio, mas sim do meu próprio senso crítico, que mais parece um cão farejador infatigável e incorruptível (capaz de desdenhar altivamente todos os biscoitinhos que lhe atiro), sempre fuçando eflúvios psíquicos e emocionais nas minhas reentrâncias almáticas. Outro ponto a favor da boa bruxinha: o julgamento alheio desse tipo (au passant) não permite qualquer negociação, como acontece por exemplo quando criamos subterfúgios e argumentos para falsear nosso próprio juízo, às vezes oferecendo até uma boa ação como magnânima propina!

Pensando bem, ela me deu algo muito mais importante. Pergunte comigo: não seria razoável imaginar o tipo constrangedor de reação que ela recebe quando homens jovens, bonitos ou interessantes têm a impressão de perceber alguma intenção no olhar dela? Claro, não apresentando nada de bonito nesse mundo onde todos somos tão condicionados à superfície das coisas e pessoas, qualquer reciprocidade seria mais provavelmente uma gozação. Então, nesse caso, a minha presença (não intencional) na prática ofereceu a ela a generosa e graciosa oportunidade de se vingar! Ou, dizendo isso de uma forma mais espiritualizada: de restaurar sua auto-estima e elevar o nível dos seus pensamentos. Quer saber? Me deu uma vontade de estar lá todos os dias.

Depois de algum tempo, certamente eu a levaria às portas do céu! Isso parece muito penoso? Nadica de nada, esforço nenhum. Veja bem, eu precisaria de muito mais tempo, abnegação, e força de vontade (dentre outras) para levá-la às portas do céu por meios, digamos, mundanos! Isso seria tarefa para um desses rapazes “bombados”, cheios de tatuagens, pierces, juventude e vigor, e sem 40 anos de alcatrão nas paredes arteriais! Nunca leram o Kamasutra, ou O Relartório Hite, ou coisa do tipo, mas pra que? Quando eu era jovem não os tinha lido ainda e não senti nenhuma falta disso.

Em resumo, de quebra ainda fiz a minha boa ação do dia e assim posso manter a esperança de chegar algum dia às portas dos céus, digo dos céus celestiais, lugar cuja direção desconheço completamente... Agora, penoso mesmo (e definitivamente brochante) seria encontrar a dita cuja lá! Sim, por ter chegado antes ela poderia sentir-se à vontade para fazer o meu julgamento e proferir solenemente que todas essas palavras que aqui escrevi não são mais do que uma mísera propina, só para liberar a minha mísera auto-estima do meu sentimento sovina de rejeição! Se assim acontecesse, eu não daria mais para a frente o passo consagrador, ao invés disso daria muitos de volta (sem saber em que direção ficaria o meu ateliê). Ainda juraria para todo o sempre aceitar o meu próprio senso crítico (assim como as demais pessoas comuns do meu convívio) e nunca mais sair do ateliê, interrompendo o meu processo produtivo, com o mesmo fim.

Copacabana, mar/2006

Foto de Anjinhainlove

Poema do fim

Num grito infimo de desespero
Uma lágrima rolou em sua face
Impulsionada pelo bater acelerado
Do seu coração cansado.

A falta de coragem para enfrentar a vida
Levaram-na a procurar o extremo.
“Hoje e o fim…”, disse
Olhando a janela que no passado
Lhe mostrara o mais belo da vida.
Agora, o finalizar do dia,
O anoitecer da sua vida.

A angústia que sentia
Reflectia-se em seus olhos
Como se de espelhos se tratassem.
O seu último olhar
Memorizou o seu triste rosto.
Quando encontraram o seu corpo, dizem,
Tudo irradiava paz.
Seus olhos adormecidos
Compactuavam com o sorriso que trazia.

Foto de Anjinhainlove

Porque me sinto sozinha

Porque me sinto sozinha
Preciso de força.
Porque me sinto mal-amada
Preciso de carinho.
Porque me sinto inconfiante
Preciso de apoio.

Porque a cada dia que passa
Perco a vontade de viver.
Porque em cada sítio que passo
Me sinto uma invasora.
Porque a cada palavra que ouço
Me sinto incapaz de continuar.

Porque o que procuro é a verdade
E só encontro a hipocrisia.
Porque o que procuro é o amor
E só encontro o interesse.
Porque o que encontro é a felicidade
E só encontro a angústia.

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