Angústia

Foto de EsperancaVaz

VERSANDO O PRANTO

O meu coração
Versa chorando
Sente o pulsar
A lágrima rolando
Escorre líquido quente
Sangrando
E assim vai versando,
Gritando
Volúpia ardente
De desalento
Tristeza cadente
Líquido nas veias
Amargo e quente
Bombeia até o coração
Gota a gota o pranto
E nessa angústia louca
Quem entende é poeta
Versando dos lábios a vida
Da boca a única bebida
Do corpo o pranto de versos
22/06/2012.
Esperança Vaz

Foto de Paulo Gondim

Confia no teu Deus

CONFIA NO TEU DEUS
Paulo Gondim
15/05/2012

Por que choras, se tua dor tem fim?
Por que reclamas, se Deus te quis assim?
Olha em tua volta a dor de teu irmão
Que pede teu amor, estende a tua mão.

Às vezes, só se ouve dizer não
Se vendo só, ali na multidão
E essa angústia tão voraz
Nos rouba a fé, nos tira nossa paz

E como reagir, o que resta fazer?
Somente o amor de Deus é quem pode te dizer
Confia no teu Deus, em cada oração
E o amor logo virá encher teu coração

Foto de Carmen Vervloet

Lado a Lado

São caminhos cruzados!...
Ora tapetes de relva que amaciam o passo,
ora pedras que dificultam a caminhada!

Por eles, lado a lado, caminham homem e mulher
enfrentando as mesmas dificuldades,
experimentando as mesmas lutas e sofrimentos,
a angústia de não poder ver
o que se esconde atrás da próxima curva!
Em ambos os corações o desejo de vencer obstáculos,
descobrir o caminho certo!

E quando percebem que juntos se tornam mais fortes,
compreendem que um completa o outro
e que unidos podem construir um caminho mais suave
deixando a caminhada mais leve!

Foto de Carmen Vervloet

Rostos que falam

Em silêncio vivo, fala o corpo...
Uma mão agitada, um sorriso morto
fala o que a boca não diz...
Tanto medo, dor, angústia, alegria ou felicidade
nos rostos vistos nas esquinas,
vielas, mansões ou bares da cidade!
O âmago expressado nos olhos
deixa o sentimento exposto!
A índole revela-se humilde, alegre, bondosa
ou arrogante, torturadora, mafiosa, mentirosa.
Rostos que tocam
como o do Papa João Paulo Segundo
um rosto humilde, sorriso amoroso,
um olhar doce e profundo...
Mas os que me tocam mais no fundo
são rostos de crianças, enjeitadas, nas ruas
com seus gritos mudos, expressões tão suas...
O eco destes gritos que se perde
aos ouvidos surdos...
O inquiridor olhar à crueldade do mundo!
Outros rostos assustam pela indiferença
rostos duros, frios, estigma do caráter hediondo,
ferozes marimbondos,
cegos para a dor dos que estão à sua frente,
de egoísmo tão doentes!...
Óculos embaçados, lentes sem grau!
Focam... apenas o próximo degrau...
Insensíveis às mazelas e procelas,
sentimentos embotados,
interesses próprios escancarados...

Os rostos são esculturas vivas!
As mais reais e precisas
talhadas pelas almas que os animam
avaliadas pelos corações que os examinam...
Os rostos falam... E como falam...
Basta olhar para o rosto dos enamorados!

Foto de MarcosHenrique

O Ódio de Amar

.
.
.
.
.
E essa evocação do ódio?!
Não, não me corrompe.
O amor que há em mim
Resplandece o bom ardor da alma.

O coração de angústia não tem razão
Mas uma alma guarnecida de bons
Momentos e lembranças faz arder
No corpo um bom anseio pelo bem.

Gosto quando há dúvida.
Faz-me pensar no que há ao meu redor
E o que me pode evocar o amor!

Uma dor que supõe sobre o sentimento
De alma resplandecente, não resplandece
Em mim esse amor odioso.

Marcos Henrique

Foto de Priscila Maia

Fragmentos

Nem sempre me acho

Quando tento me encontrar

O silêncio atormenta meu íntimo

A escuridão me amedronta

Tento correr

Mas não saio do lugar

Fecho-me em mundo vazio

Onde o eco da minha própria consciência

É minha única companheira

Sinto falta de quem já fui um dia

Fragmentos de mim estão espalhados

E tudo que me vem a mente

É a lembrança

De um sonho despedaçado pelo destino

Vivido pela metade

Em um tempo remoto

Sinto essa angústia apertando

Apertando forte como um abraço

Que hoje já não pode mas ser dado

Que tanto tempo já não pode ser sentido

Foto de Paulo Gondim

Humano

HUMANO
(Paulo Gondim)

Apenas humano
E assim vai se suportando
Com sua mágoa, sua dor contida
Na angústia que o vai matando
Num sofrer sem fim
Na chaga que o vai marcando
O resto de vida sofrida, doída sim.

Por isso é humano
Porque não tem vantagem
Porque a vida é dura, fria, vazia
Só, com a cara e a coragem
Mesmo assim não foge, luta
Na visceral exposição da vida
Do grito aflito que só a alma escuta

Acima de tudo, humano
Descomposto, vago, ambulante
Exposto em carne viva
De tamanha revolta em seu andar errante
Não há mentira nem desfaçatez
É apenas um homem
Com todas as marcas que a vida lhe fez.

Foto de Oliveira Santos

Sôfrego II

No sábado me abasteci de esperança
Quando premeditei o acaso de um encontro
E mesmo sem a certeza do acontecimento
Apressei umas tarefas, descumpri outras tantas
Quanto foram necessárias e assim teria
O esperado dia ao seu dispor
No domingo me vi repleto de ansiedade
Por conta das horas que pareciam intermináveis
E zombeteiras vendo minha angústia
Me fustigando lentamente
E a fadiga ao leito não me tomava em face
Da solitária pretensão de esbarrar contigo na rua
E no dia em que nos diríamos "você por aqui?!"
Fui impregnado pela euforia do momento em que lhe veria
O que diria? O que faria? E tão somente o que eu queria
Era saber se surgiria entre tantas outras sua notória pessoa
E tive noção de que intenção tinha contigo
Que não era só de coisa de amante ou de amigo

Foto de von buchman

FLAGELO DE UM AMAR...

Hoje a tristeza ancorou em meu coração...
Sinto muita saudades tuas, e como sinto,
Em nenhum minuto sequer consigo sossegar...

Teus doces olhos amendoados estão em todos lugares...
Tua voz ecoa nos meus ouvidos me fazendo um ardente
E doloroso sonhar...
O perfume que tu usavas na ultima noite de amor,
Ainda está entranhado em meu corpo,
Levando-me a te desejar mais e mais,
Em um gostos e saudoso sonho do amar...

Paira um medo aterrorizante de perda,
Em meu sofrido coração...
De não mais poder ti ver,
De não mais poder escutar tua doce voz...
De não mais poder a ti chegar
Ou vir à ti amar...

A ausência do calor do teu mui belo corpo,
Não vou poder suportar...

Teus doces beijos que me levavam a sonhar...
Teus dengos envolventes que me faziam delirar...
O que fazer ? Se não posso a te ter,
Pois infelizmente tu não queres mais me amar...

Talvez nunca me quiseste,
ou talvez fui mais um na tua mão...

Fui um bobo ou um pato morto,
Um homem menino cheio de amor,
Sem maldades louco por um eterno amar...
Na tua arte de seduzir envolver
Tu foste fatal,
Te saciando teus desejos,
Usas-me para te realizar
E depois só foi despensa
sem nenhum constrangimento...

Quando pude olhar bem dentro dos teus olhos
Me mostrasse que eras,
nada daquilo que eu conheci um dia...

Com tuas palavras de adeus,
Mui simples e singela, mas mui bem preparadas,
Trabalhadas nos mínimos detalhes...
Foste muito má e astuta com meu pobre coração...

Como uma cobra naja
Que hipnotiza sua presa
Dando o bote que é fatal
Em sua vitima,
Assim mesmo o fises-te
Com que estava por ti a sonhar...

Sem uma resposta convincente
Ou consideração ao amor que um dia ti dei,
Hoje tu me desprezas como trapo sujo,
Me fazendo de gato e sapato..
Me jogas ao relento,
Como um papel usado
Largado ao lado do vaso...
Assim me excluir-se de tua vida,
Sem se quer uma pura converça
Olho no olho,
Nem uma despedida lipa e clara
Mas com um despeso frio e calculista,
mui bem arquitetado, nos mínimos detalhes...

Hoje para mim os minutos são horas...
Os dias, se tornam semanas...
E as semanas se tornam anos..
Peito apertado de tanta dor e sofrimento,
Um pobre coração em flagelos..
Os meus olhos inchados de tanto por ti chorar...

Teu adeus foi árduo...
Me abandonas-te em minutos
Com palavras que guardarei até o
Desfalecer do viver,
De uma mulher fria e calculista,
Quando tu astutamente,
Iludiu-me com tuas historias
De sofrimentos, enganos e dor...

Foste mui esperta e mui maquiavélica
Apunhalando-me direto no peito,
No objetivo do meu coração,
Que foi fatal...
Acabando por vez com a minha vida,
Meu viver,
Meu amar,
Meu sonhar
E o meu desejar...

Mais uma noite está a chegar ,
ponho em meus versos a realidade
de um sofrido amar...

Na minha cama vazia,
Leito de dor e sofrimentos,
Onde as lágrimas correm
Ardente na minha face...
Estou no vale das lamentações,
O real repouso da angústia
Do meu ser,
E no travesseiro da dor...

O dia já amanhece...
O sol desponta no horizonte
Depois de uma noite em claro,
Por estar a ti a esperar ...
Com o amanhecer vem o sol
Repleto de raios de esperança
De reaver meu minha paixão e o real amor...

Com o cantar dos pássaros
Com ele vem a esperança
De um dia voltar a te ver
E que sabe poder sentir teu amar,
Doce esperança quase impossível
Que vivo a sonhar....

E agora,como poderei voltar á escrever poemas,
Pois a minha musa do meu inspirar, me dispensou,
Deixando-me no mar das lamentações,
Na realidade nua e crua,
Do abandono e do depresso,
Sem piedade e sem um dó...

Foto de cnicolau

Coadjuvante

A tempos não escrevo...
A tempos não coloco a mão em uma caneta...
A tinta do pincel secou.

Tenho vivido seguindo meus mais novos princípios,
ou seja,
um dia após o outro.

Horas caminho, horas tento apressar o passo...

Vejo coisas, situações.
Paro, sinto, respiro, absorvo...

A vontade é de continuar andando, sem parar,
sem olhar para traz, sem sequer imaginar o que
estou deixando...

Não consigo, algo ainda teima em me prender.
E o pior é que não sei o que é ou pelo menos
penso não saber...

Sei que tenho que prosseguir, sei que tenho que
cessar essa batalha interna gigantesca que não
esta sendo nada fácil de suportar...

Espero que essa sensação, essa dor, essa angústia
embustida com um sorriso no rosto logo se vá, pois
sei que não consigo servir de fantoche pra um
sentimento que sei ser sem futuro.

Estou cansado de ser um mero coadjuvante
de minha própria existência.
Quero ser o ator principal, quero o Oscar da minha
vida, ou seja, PAZ...

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