Amigos

Foto de nossila

À minha bela luz da arte

Minha linda e eterna
Musa, amor e amante
Pesso que sejas terna
Com meu amor delirante

Bastou um segundo ao olhar
Você chegar aquele dia
E ao meu lado sentar
Para encher-me de alegria

Tanto tempo que passou
E não nos vimos desde então
Até que você voltou
E nós, mais que amigos, não

Será que não vês
Tantas coincidências entre nós
Laços que o tempo fez
Entre nossos destinos sós

Mas ainda vou esperar
Sei que um dia estarás no véu
Pois um dia irás reparar
Que o meu amor é maior que o céu

Ah! como te amo
Ah! como te quero
Irei por essa vida chorando
Enquanto o seu amor eu espero

Foto de Mitchell Pinheiro

Viva a vida enquanto vive

Ao fitar uma árvore, uma borboleta, uma flor...
Não enxergue apenas uma árvore, uma borboleta uma flor...
Delicie-se com essas dádivas maravilhosas da natureza.

Quando interagir com sua família não economize carinho
Eu sei que tu sabes que os ama
Faça com que eles tenham certeza disso também, pratique diariamente

Reconheça o sucesso alheio sem se impossibilitar de igual façanha ou conquistas ainda maiores
Legal fulano conseguiu, fulano é extraordinário...
Mas não fique de expectador do mundo
Assuma a si mesmo
Lembre-se sempre: -Tudo que é humanamente possível eu posso conseguir!
Ilimite-se

Recolha-te a ti mesmo ensimesmando-se sobre suas qualidades
Erre algumas vezes e aprenda o poder dos acertos infindos
Saiba que o Não é sempre seu, pois se nada fazeres sempre continuarás com o mesmo Não sobre a coisa almejada
Portanto arrisque-se, permita-se a oportunidade de conseguir alguns sims

Cultive verdades e amizades e terás amizades verdadeiras
Proclame o amor, ame-se, ame, ama
Serás amado conquanto refletires o amor no espelho da vida
Venda seu desgosto aos pessimistas, só te trás prejuízos
Doe seu sorriso aos merecedores, expantar-se-á com o tamanho dos lucros

Perceba as maravilhas de que dispomos todos os dias
O prazer de respirar, o gostoso momento reflexivo no ponto de ônibus, a inocência das crianças brincando no parque...
Prove o prazer sem prazo e sem prova

Peça perdão ao outro e perdoe-se
Oferte sua gratidão aos amigos e agrade-se
Saibas que todo esse trajeto nos conduz a felicidade plena
Por isso amaremos e viveremos
Amam e vivem
Amamos e vivemos
Amar é viver
Viver é amar.

Foto de TrabisDeMentia

Quando eu morrer

Quando eu morrer...
Que seja sem aviso,
Que seja breve e bem longe de olhares.
Porque eu não quero ter que ouvir de alguém o tempo que me resta.
Um,
Dois,
Três meses para viver á pressa.
Não!
Que seja breve!
Não quero ter tempo para despedidas,
Telefonemas consecutivos,
Ter a pressa,
De novo a pressa,
De contar aos amigos.
Não quero ter que pedir á minha esposa
Que cuide bem dos meus filhos,
Que arranje um marido.
Não quero ter que reuni-los
E um a um lhes fazer um pedido.
"Cuida dos teus irmãos".
Não quero ir assim,
Escondendo aos netos.
Não quero ter que ouvir os talheres á mesa,
O silêncio,
Ver lábios tremendo,
Olhares desviando.
Não quero ter a família me limpando a casa,
Fazendo o pouco que podem fazer por mim.
Não!
Não quero ficar olhando para a televisão,
Vendo o jogo da jornada,
A novela que já não diz nada,
Sentir o quanto insignificante tudo se torna de repente.
Ver o meu futuro.
Não, não quero ter que ir trabalhar para pagar
Os medicamentos e cada prego do meu caixão.
Não quero chegar á terceira semana de "vida" em que tudo é caimbrã,
Em que o ar não chega e a dor não passa
E pedir morfina,
Cura e sentença.
Meter cunha e pedir ao filho
Que a vá buscar á pressa.
Pois há pressa.
Ver meu amigo condoído,
Chorando,
Me injectando,
Consciente do perigo.
Ambulâncias.
Noite que nem imagino.
Madrugada.
Premonição.
Dia de visita.
Desorientação.
"Senta-te".
"O Pai morreu".
Como pode?
Não!
Não quero isso!
Quero morrer bem longe.
Que ninguém me encontre.
Não quero voluntários para reconhecer meu corpo.
"Meu Deus! Pai?!"
Pra quê?
Não!
Não quero velório.
Fato velho e caixão pobre.
Onde tudo é amarelo, algodão e morte.
Onde o silêncio só se quebra com uma mão no peito (como que cobrando vida)
E o choro de um adulto.
Foto em café,
Hora marcada,
Gente de pé,
A corda levando,
Uma mão de terra,
Uma pá de terra,
Dez pás de terra,
Um monte inteiro de terra pelas mãos de um estranho,
A pedra tapando,
As flores rodeando,
O regresso a casa,
Um nó me apertando,
A roupa dobrada,
A parteleira meia de leite vitaminado,
(Que não serviu para nada)
Um sem fim de saudade
A lágrima que não me lembro de ter chorado.

Foto de Concursos Literários

Segundo Concurso Literário de Poemas de Amor

Oi Amigos Poetas.

Venho agradecer a todos os poetas participantes do 1º Concurso Literário. Foi sem dúvida alguma, coroada de sucesso com a integração de vários poetas em 216 posts, ultrapassando a meta planejada, onde todos buscaram mais que uma premiação partilhando junto a mais de 12 mil visitantes diários suas aspirações poéticas.

Venho comunicar também, que estamos estudando propostas de editoras, nas quais futuramente, pretendemos lançar nosso 1º Livro (assunto a ser cultivado e dialogado amplamente junto aos poetas e o Webmaster do Site.)

A divulgação dos vencedores será dia 15.07.2006, na página inicial, com o nome do Autor e Poema classificado por ordem 1º ao 12º, 3 (três) premiações de Honra ao Mérito e também 5 premiações extra(surpresa).

A data do resultado foi alterada, de dia 10 para dia 15 em virtude do calendário da Copa do Mundo, que nos resta agora torcer para Portugal, País de nosso anfitrião.

E neste momento está lançado nosso 2º Concurso Literário.

Vamos lá poetas, canetas ou lápis, teclas ou editor de texto, vamos seguir em frente.
Abaixo o Edital e Tema;
O tema será uma frase em que os concorrentes deverão discorrer o assunto que mais lhe aprouver, liberando assim a criação de cada um dentro de um contexto.

Frase para o contexto: “Apenas por um momento...”

Poderão participar todas as pessoas cadastradas no Site, com uma ou mais obra se assim desejarem, atendendo apenas a expressa autoria do poeta, podendo já ter sido divulgado na internet, desde que com seu nome.
A data de postagem será de 02/07/2006 a 31/07/2006. Só estarão participando quem postar no tópico correto, ou seja, no fórum de “Concursos Literários”.

A seleção dos melhores 12 poemas será efetuada pelo corpo de moderadores do site, os quais receberão um e-mail de convocação. Os poemas vencedores serão divulgados neste site no tópico de Concursos Literários, para que possa assim permanecer no Blog do mesmo, sendo destaque do site.
Serão observadas a criatividade, abordagem do tema, ortografia e dissertação na figura de linguagem.

Serão desclassificados: os textos que não abordem o tema proposto ou que expressem qualquer forma de discriminação ou ofensa aos autores que integram o site ou a banca julgadora do Concurso.

Os integrantes da comissão julgadora poderão postar, porém não estarão concorrendo. A estes será dada outra modalidade de integração, que será divulgada após a divulgação dos vencedores.
Serão premiados com um calendário de mesa contendo os 12 mais belos poemas do Concurso, para o 1º e 12ª lugar, mais 3(três) certificados de Honra ao Mérito expedido pelo site www.poemas-de-amor.net, que poderão ser impressos, pelos mesmos.

Fica a cargo dos administradores a promoção ou não de Prêmios extras.

A divulgação dos vencedores se dará em até 10/08/2006 a premiação estará no site para downloads até 31/08/2006

Para postar o seu poema clique aqui:
http://www.poemas-de-amor.net/foruns/concursos_literarios/ii_concurso_literario
Caso o usuário tenha alguma dúvida em como postar, basta se orientar pelo link http://www.poemas-de-amor.net/questoes_frequentes

Fernanda Queiroz

Foto de Tekinha Santana

Rosa Ferida -Parte II

Por algum tempo viveram
Como dois anjos abraçados
Sem lembrar as ocorrências
Que aconteceu no passado

Porém com o passar do tempo
As coisas foram mudando
A rosa então percebeu
A paixão ir se acabando

Aos poucos a pobre rosa
Sentindo-se desprezada
Foi desprendendo suas pétalas
Perdendo a vivacidade

Ele embora amando
Tudo fez pra maltratar
Grosseiramente dizia
Quem é você para me julgar?

Por acaso já esquecestes
Que chorando te encontrei
Fui eu quem te protegeu
Pois eu nunca esquecerei

Tentando sobreviver
Ela nada lhe respondia
Apenas guarda sua dor
Que não sei aonde escondia

A pobre rosa coitada
Levou sua vida inteira
Tentando agradecer
O amor que lhe fez cativa

Agora já envelhecida
Quase sem cor e sem vida
No meio das outras flores
Vive esta rosa sofrida

O seu único prazer
É ter sempre ao lado seu
Os seus maiores amigos
Que por sorte Deus lhe deu

Enfrentando o sofrimento
Desta mágoa sem remédio
Vive até hoje essa rosa
Que diz seu nome ser Tédio

Foto de Zedio Alvarez

Obrigado meu PAI

Tudo que o Senhor nos deixou
Virou marca registrada
Foram tantos adjetivos
Pelos quais existiam motivos
Onde passou fez amigos

Tem muitas histórias
Que me fogem da memória
Conservou bastante as amizades
Preservaremos todas elas
Pois gostamos muito delas

Trabalhava com afinco e dedicação,
Multiplicando teu pequeno salário.
Nunca pronunciou palavra errada
Apesar de ter estudado até o ginasial
Mas para mim tinhas doutorado
Eras um homem honrado.

Tinha atributos de bondade.
Davas muita atenção às crianças
Momentos antes do seu enterro uma te procurou
Depositou uma flor no teu caixão
E disse: Obrigado Vovô!

Pai! Queira nos desculpar,
Mas não tivestes paciência de esperar
Nos últimos instantes de tua vida
A todo momento, só pensava em viajar

Quando para o embarque teu Anjo chamou
Lembras que pelas horas várias vezes, procurou?
Teu relógio teimava sempre em adiantar
Talvez se adaptando ao fuso horário do novo lugar.

Diante de todas as tuas qualidades
Os teus poucos defeitos foram apagados.
Seu currículo é invejável, tens mérito para uma boa função
Temos fé que já deves ter sido aprovado por Deus
Cremos que já estais lotado, no ministério do coração

Foto de Paulo Gondim

Sentir-se só

Sentir-se só
Paulo Gondim
19.06.2006

Viver só? não vivo.
Como ninguém vive só
Se é que isto é viver
Em simples companhia
De amigos, de família
Como filosofia
Porque assim foi
Porque assim é
Nessa atrofia

Viver só? Não vivo
Porém, o caso é bem pior
Não vivo, me sinto só
Eis a pior solidão
Sentir-se só, isolado
No meio da multidão

E vejo o vai-e-vem constante
Das pessoas andantes
Umas pra lá, outras pra cá
Como fantasmas errantes
Macilentas, obscuras
Fugindo se suas amarguras
Fingindo vida, fingindo viver

E os dias se repetem
Um a um, de forma constante
Na frieza do tempo, que passa
Implacável, como devassa
Do que fomos e não fizemos
Sem direito a defesa
Sem qualquer clemência
Sem a complacência
De uma nova chance

O hoje é agora. Não resta demora
Agora é a vez, não há outra vez
Nem nova partida
O tempo não volta
Passou, nunca mais...
Viveu, muito bem!
Não viveu? Diga amem!
Porque esse tempo se foi de uma vez
Não volta jamais, não tem outra vez
Por isso essa angústia me faz bem pior
Não sei quem eu sou, um vulto talvez
E nesse conflito, me sinto mais só

Foto de Tekinha Santana

Amigos!

O que passa não conta?
Indagações as bocas desprovidas
Não deixam de valer nunca

O que passou ensina
Com sua cana e seu mel
Por isso sigo o meu caminho
Mesmo que contenha espinho

Não tendo caminho novo
O que tenho é meu destino
É o jeito caminhar
No velho caminho de novo

Encontrarei uma nova pousada
Para acolher meus amigos
Mesmo que apareça outro caminho
Desta vez eu não ficarei sozinha

Foto de Zedio Alvarez

Malvada Solidão

A solidão é um sentimento malvado
Passamos toda vida, ladeado de “amigos”
Quando ficamos no fundo do poço
Ninguém aparece para perguntar. Como vai Moço?

Ela controla o ciclo da vida
E mesmo sem está presente
Manda vários emissários
Os quais cultivam só a mentira

Um deles é a tristeza
Ela te traz a incerteza
As vezes se disfarça de saudade
Para ofuscar a luz da felicidade

De repente se traja de desilusão
Confundindo também o coração
Quando passei uma fase difícil
A vida me ensinou a ser gentil

Nunca fiz nada de errado
Mas cometi alguns equívocos
Peço desculpas pelos erros
Pois não passaram de entreveros

Não lembrem do meu coração
Esqueçam que ele sempre pregou a união
O elo de amizade se extinguiu
Dessas “amizades” não quero atenção

No dia em que eu partir
Quero que esses “amigos”
Não me tragam, Flor de Jasmim
E Nem chorem por mim!

Foto de Antônio Antunes Almeida

O sonho

Sonhei, um dia com um homem,
Daquelas bandas que eu não sei contar!
Era um homem magro, de semblante triste,
Que chama o filho pra conversar.

Pediu que o menino se assentasse,
Bem pertinho pra escutar,
A história mais triste e cruel
Quem alguém possa imaginar.

Começou a conversar com o filho
E se pôs a tremular,
Pediu paciência ao garoto,
Pois era difícil até começar:

“Eu compreendo a sua revolta.
E sinto, também, que há muito tempo o perdi.
De nada, hoje, adiantará minha volta,
Pois o abandonei, quando mais precisava de mim.”

E o garoto amofinado,
Nem sabia o que falar!
Olhava firme no rosto,
Daquele que, há muito, deixou o lar.

E o pai, cabisbaixo e doente,
Sentindo dificuldade até pra falar,
Conta ao menino toda sua vivência e o que sente,
Vendo a vida a se exaurir e a morte a chegar.

“Eu era jovem, ainda,
Moço forte e sadio.
Procurei, então, batalhar,
Para ser alguém um dia."

Procurei vários empregos,
De mascate a cozinheiro.
Para mim nada servia:
Eu queria mesmo era ser fuzileiro.

Então, me engajei no exército,
Com toda convicção.
Queria ter no peito divisas,
Também muita condecoração.

Mas, com o passar do tempo,
As coisas vieram a se modificar.
Comecei a mandar nos outros;
Passei, então, a comandar.

Pra mostrar superioridade,
Comecei a espezinhar.
Ordenei, aos amigos de antes,
Que fossem os cavalos limpar.

Deixei a bondade um dia,
Para transformar-me em cruel.
Abandonei a Bíblia, o Rosário e a Cruz:
Eu era, então, um coronel.

Comecei a ver meu nome
Nos jornais, em todo lugar.
Senti ser mais do que rei,
Mandava nas armas, do ar, da terra e do mar.

Ordenei, assim, que se fizessem,
Genocídios, prisões e massacres.
Mandei prender jornalistas,
Gente pobre, advogados, freiras e padres.

Recordo, também, no momento,
Que mandei construir aviões.
Gastei uma fortuna, que não entendo,
Somente pra carregar munições.

Mandei fabricar navios de guerra,
Foguetes, torpedos, bombas e canhões;
Tive submarinos e tanques blindados em terra.
Eu era o homem que mandava nas nações!

Construíram, a meu pedido colúmbias,
Bomba “H”, de Neutrons, que maravilha!
Em “TNT”, a maior reserva do mundo,
Testes nucleares, em quase todas as ilhas.

Assinei convênio para fabricar reatores,
Experimentei a chuva amarela, nos viventes da serra.
Gastamos bilhões, em canhões de laser,
Enganei esse povo honesto, em nome da paz na Terra...

Lembro do desfilar de tanques e armamentos,
Esquadrilha da fumaça em todas as comemorações.
Pra que você tenha idéia, meu filho,
Esse dinheiro gasto, acabaria com a fome das nações!

Recordo dos relatórios que rubriquei,
Negando provimento para hospitais.
Hoje vejo, o monstro em que me transformei:
A dor e a fome são seqüelas,do que hoje não posso fazer mais.

Matar em nome da lei é fácil...
Somente sinto ter sido um assassino legalizado.
Com todas as prerrogativas que tive,
Matei, torturei, roubei e não fui incriminado...

E, hoje, aqui sentado,
Nada mais posso fazer.
Penso no ouro do cofre,
Que me deu tanto prazer.

Vejo, ainda, no canto do armário,
A velha bota encerada,
E penso, nas crianças que massacrei,
E nos órfãos das guerrilhas, que eu comandava...

E, agora, meu filho querido,
Só tenho a fazer-lhe um pedido:
Que perdoe com o coração,
Este seu velho inimigo.”

“Eu queria, nesta hora papai,
Abraçá-lo e amenizar suas dores,
Mas você me abandonou no berço, e viveu pra matar.
Então,o devolvo entre lágrimas,às suas metralhadoras.”

“Mas, de qualquer forma, lhe peço,
Antes deste câncer me eliminar,
Olhe bem pra estas divisas,
Que eu trouxe pra lhe mostrar.

Cada uma significa tristeza.
Quando penso, até começo a chorar...
Quantos homens inocentes morreram,
Pra que eu as conseguisse ganhar.

Por isso, mais uma vez,
Peço, de todo o coração:
Não seja como eu fui na vida.
Ame mais a seus irmãos.

Este Rosário e esta Cruz,
Que eu guardei, pra não lembrar,
Tem a imagem do único Homem, com poder realmente,
Mas que, preferiu morrer que usar.

E pra finalizar esta história,
Antes deste meu adeus,
Saiba meu filho, que esta lágrima que rola,
É o arrependimento de não ter amado a Deus...”

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