TURMINHA DE BALADA
_ Meu nome é Luz, hoje tenho dezessete anos, e por varias circunstancia da
vida, adulta me tornei muito cedo, pois ainda criança e já era mãe.
E para que sirva de alerta para outros
adolescentes, um pouquinho da minha historia do passado e do presente quero
contar.
Adolescente não sabe pensar, desejos
querem realizar, com turminha de balada querem andar, e comigo não foi
diferente por isto não tive uma vida sempre contente.
Com dez anos de idade, na rua eu já
andava enquanto meus pais o trabalhavam eu os enganava.
Com uma galera da pesada, comecei a
andar, na intenção de curti a vida, cigarros comecei a fumar, drogas todos os
dias passei a usar, as madrugadas enquanto meus pais dormiam a janela do meu
quarto eu pulava, para que drogas-me pudesse usar.
Quando dinheiro eu não tinha, um pro
graminha eu faria pensava que problema não teria e que meus pais não
descobriam, ficava com um coleginha e outros e ganhava um trocadinho.
Isso eram todos os dias, e quando eu
me dei conta eu já me prostituía, pensava que feliz eu seria.
Minha família não sabia, mas com medo
do pior e pela galera que junto me viam, e o bem que eles me queriam, conselhos
começaram a me dar.
Eu pensava que tudo aquilo de nada
iria adiantar, pois estes conselhos eu não iria escutar, foi então que minha
família eu decidi abandonar, na rua fui morar.
Para que com minha galera eu pudesse
andar sem ninguém me atrapalhar;
Mas com tudo isso que fui praticar,
eu não sabia que a minha infância iria acabar;
Que aos meus pais eu iria machucar,
pois como garota de programa eu estava a trabalhar, somente para que meus
vícios eu pudesse sustentar.
O que não pude imaginar é que uma outra
criança em jogo eu iria colocar e minha vida arriscar.
Quando eu estava com apenas doze
anos, um dia comecei a enjoar, em seguida desmaiar, alguém me veio alerta que
grávida eu poderia estar.
O medico fui procurar, pois aos meus pais tive
medo de procurar e minha historia contar.
Fiz os exames indicados, descobri que grávida
eu estava, Ao descobrir a gravidez me desesperei, pois cuidados não tomei,
decide parar de me prostituir, uma vida nova seguir.
Mas não sabia o que faria nem que passo
tomaria.
Aos meus pais resolvi a procurar
para um lar aquela criança eu dar, pois condições eu não teria e a vida uma
surpresa me traria.
A principio, a gravidez aos meus pais eu não tive coragem de contar,
pois tive medo que eles pudessem me expulsar.
Tentei a gravidez esconder, imaginava que meus
pais não poderiam saber, o tempo foi passando e esta criança ao meu ventre amor
eu fui tomando, até um nome para ela eu já estava pensando.
Tirar eu não quis, pois ela era inocente e não tinha culpa da decisão
que eu vim a tomar, e um preço por mim ela não poderia pagar.
Decide o vicio abandonar, mas a
galera que pensei ser meus amigos, que eu saísse da turma não aceitava, todos
os dias de morte me ameaçavam.
Comecei a ficar desesperada, pois sozinha não sabia o passo que tomava.
Eu já tinha percebido que no caminho
da morte eu estava.
Eu Não sabia se aos meus pais eu contava, pois eles eram muito
conservadores e eu muita criança, para eles seria um golpe muito grande!
No meu canto eu ficava a chorar o tempo cada dia a passar.
Noites sem dormi eu passava, à vontade pelo vicio me desesperava, a
galera me incentivavam, e eu não sabia o que mais alto falava a vontade pelo
vicio, ou por minha libertação.
O pai da criança o qual era da turminha que eu andava ,comigo sempre
falava, tira esta criança enquanto ela não nasceu, pois ela será uma bastarda, pois
o pai dela sou e dela eu não quero saber
nada.
Eu sempre o respondia que aquela criança nada sabia, e que por ela eu
planos já fazia. Ate um nome a ela eu já tinha, e que ao mundo ela viria e
alegria me traria.
Ao passar do tempo minha barriga foi crescendo, minha mãe acabou
percebendo.
Minha mãe comigo sentou, abraçou-me e logo me pergunto o que estava
acontecendo, pois na verdade ela já estava percebendo.
Eu de medo estava tremendo, comecei a
chorar pensei que ela iria me julgar, pois conselhos eles sempre me davam e eu
nem o escutava.
Minha mãe, minha historia tive que
contar, pedi para me ajudar, pois era minha realidade e eu não podia fugir.
Mesmo com toda confusão eu não tinha
outra opção, e meus sentimentos de alegria por aquela criança invadia meu
coração.
Aquela criança me enchia de esperança, e
em meus braços eu já a imaginava.
Mas a galera que eu andava cada dia que passava a ameaça aumentava.
Eu socorro
aos meus pais pedi, disse que vida
nova queria consegui dali tivemos que fugir sem a ninguém nos despedir.
Em uma madrugada fria e estrelada, sem
a ninguém falar nada, e com meus pais desesperados nossa casa tivemos que
abandonar.
Mudamos de país, vida nova fui buscar, onde a galera não pudesse me
encontrar. Com fé e muita força de vontade, o meu vicio ficou no passado.
Com muito luta e sofrimento, tive uma
filha a qual dei o nome de (esperança luz
santos) hoje ela faz cinco anos, ela me completa
de alegria, e dela com muito amor e carinho eu sempre cuidarei, pois ela é uma (luz) para meu caminho a
seguir, e espero que do caminho que no passado andei, ela possa sempre fugir, e
com honestidade agir.
Hoje na dependência de meus pais, em outro país feliz estou.
Do vicio, com muita força de vontade e o apoio
de meus pais eu consegui me liberta, mas existe uma criança para que do passado
eu possa sempre lembrar e nunca mais voltar, somente meu alerta o repassar.
Hoje, drogas jamais penso em usar, sei que lucro não trará, e com a vida
pode ate acabar.
Hoje tenho na lembrança, um passado de dor e desespero, o qual voltar
jamais quero, somente lamento por aqueles que ainda estão por dentro.
A você que ainda está neste caminho, você está sozinho, ninguém são seus
amigos só te colocam em perigos, por isto eu aconselho, ouça os conselhos de
quem quer o teu bem, não importa a quem!
Hoje tenho a sorte que muitos não tem, feliz estou, graças a DEUS e aos
meus pais que não me abandonaram, e não cansaram de lutar ao meu favor.
(A
você adolescente que a minha historia está lendo agora, por favor, obedeçam aos
teus pais!).
AUTORA; Maria Silvania dos Santos.
EMAIL; silvania1974@oi.com.br