Alma

Foto de carlos alberto soares

homenagem as mulheres

Que Deus abençõe, suas curvas, seus cabelos e seus lábios.
Que Deus abençõe sua alma feminina que um dia foi menina e hoje é mulher.
Que Deus abençõe seu olhar, seu jeito, seu caminhar cada passo.
Que Deus abençõe por seu dia ser em março, pois; também sou de março, então me dê e receba um abraço.
Que Deus te abençõe, por por seu jeito felino que me faz parecer menino, quando me acaricia me afaga, me acalenta ou me ama.
Que Deus te abençõe, por me trazer ao mundo ser minha mãe,
por me fazer crescer, ser minha irmã,
por me acalmar, ser minha amiga,
por me mostrar o céu, ser minha amante, minha amada, minha estrela e minha guia,
por ser minha filha e me mostrar a beleza da vida.
enfim, que Deus me abençõe, para que eu possa dizer obrigado mulher.

Foto de Sonia Delsin

VISITA AO MEU REI

VISITA AO MEU REI

Eu chego.
Não trago nas mãos um presente.
Mas entrego o meu olhar quente.
Trago o que ele mais deseja ganhar.
Meu rei não é de muito falar.
Das coisas do coração.
Mas eu compreendo seu jeito calado.
Vejo seu olhar machucado.
Meu rei.
Que faz parte do meu futuro, presente e passado...
Sei tão bem do que ele necessita.
Sei quando sua alma grita.
Eu vou visitá-lo.
Vou beijá-lo... amá-lo.
E parto.
Mas ele sabe que eu vou voltar.
E estará sempre e sempre a me esperar.

Foto de Sonia Delsin

PÁRA, TEMPO

PÁRA, TEMPO

Se eu pudesse ordenar ao tempo.
Ó, se eu pudesse ordenar!
Daria ordens ao tempo.
Para parar.
Aquele momento eu queria imortalizar.
Morreu meu melhor momento?
Flutuou no vento?
Tudo vira lembrança, pensamento?
Não. Engano meu.
Não morreu.
Volto a ele.
Meu coração dispara.
Dispara.
Se aquieta.
Quase pára.
Por aquele momento anos eu esperei.
E para a vida inteira guardei.
Quando a saudade muito grande ficar a ele vou voltar.
E ele conseguirá a fornalha da minha alma alimentar.

Foto de Gideon

Um Tsuname de Paixão

A agonia causada pela ferida da paixão é delirante.
Não admito que esteja apaixonado.
Não posso ficar apaixonado sem garantias de reciprocidade.
Mas a sensação da urgência em vê-la é um indício fortíssimo da paixão.

Minhas mãos frenéticas parecem reger o balançar incessante da perna esquerda
enquanto estou sentado em frente ao meu microcomputador,
tentando desesperadamente concentrar-me no trabalho.

Isso é diabólico, demoníaco, pois aflige-me terrivelmente.
Aquela ansiedade incontrolável em vê-la, tocá-la, estar ao seu lado.
Estou apaixonado, sim, reconheço.
Esta paixão é avassaladora, tsuname, parece.
Afoga vorozmente a minha alma.
Isto não deveria acontecer, jamais.

Não quis isto e não quero isto, mas o que fazer diante de tão grande força?
Devo nadar na direção oposta da onda, contra ela?
Iria me afogar logo, certamente.
Quero ver até aonde este tsuname me levará.
Anseio por pisar na areia, pelo menos, de volta a terra firme.

Esta terra, talvez seja um paraíso, uma nova realidade, uma nova vida.
Não seria a paixão uma tentativa de transladarmos para a felicidade?
Não sei, sei que neste momento estou inerte,
sem movimentos e simplesmente devo boiar na onda do tsuname.

Enquanto flutuo ao léu, a minha mente vaga desordenadamente
A procura de suas feições como que um raio do sol
Pudesse surgir de lá e me recobrar as forças...

Força... Oh meu Deus, quantas coisas tinha de fazer ainda na minha sanidade!
Os meus planos, o interstício de trabalho sem lucro para saldar dívidas.
E agora? A paixão vem sem aviso, sem barulho, sem prenúncios.
Vem arrasando sem piedade, e quando nos arrebata,
não espera que nos equilibre e surfe-a como um esportista experiente.

Neste momento estou de pernas para o ar, mas por falar nisto,
pernas para o ar é uma marca desta paixão...

Foto de Sirlei Passolongo

Cadê o menino?

.

Desceu o morro
com a alma na mão
a barriga vazia
a olhar no vão...

olhou o asfalto
meninos
da mesma idade
indo à escola
de tênis maneiro
e ele, de pés
no chão.

o morro,
não quis mais subir
sem saber onde ir
Ficou no semáforo
comendo de esmola
dormindo na rua...
Sua luz era a lua

E onde está o menino?
Se perdeu na miséria
uma bala o levou
não saiu no jornal
não passou na tevê

a ninguém ele importa
mais uma criança morta
que se perdeu
nas estatisticas...
Mas lembraram dele
na campanha política.

(Sirlei L. Passolongo)

Foto de Henrique Fernandes

FAROL DA AMIZADE

.
.
.

Detenho o silêncio com um gemido
Que verte a falta da tua presença
Anulo a escuridão num verso sentido
Comprimo distâncias na tua confiança

Vou encontrar o por descobrir em ti
Hipnotizo a vida no fio da tua afeição
Destranco a autonomia de te ter aqui
Deambulado no planear do coração

Cais água no lago das minhas ideias
És flora que me adorna de energia
Tua virtude é resplendor das candeias
Que afogueia a cegueira do meu dia

Falas um silencioso clamor de amor
Alma sibilante ao tímpano da verdade
Abraço estendido a colher teu fulgor
Neste baile ao farol da tua amizade

Foto de DAVI CARTES ALVES

GARIMPAGEM DE DIAMANTES NAS SEARAS DA LITERATURA 02

“ Gore Vidal disse: Era um autor único, ele jamais aborrecia seus leitores ”

“ O título aliás, foi tirado da metáfora da memória como uma cebola cujas camadas são lembranças descascadas conforme a narrativa avança. A imagem da cebola também pode ser atribuída a forma como o texto se desenvolve. Grass parte de um material bruto, - a cebola em si – e vai descascando-a lentamente, partindo em pedaços iguais que representam os fluxos memoriosos e os fatos que vão sendo dissecados.”

“ Estou com Pascal, é melhor apostar que Ele existe, pois se Ele não existir, não perco nada, e se Ele existir, apostei certo. Mas se aposto que Ele não exite, e Ele existir, estou lascado ”

“ Um deles beija o seu bebê e morre empalado por uma estaca solta, Plainview adota o menino por afeição, a qual a semelhança do solo em que trabalha, ele esconde nos seus estratos mais profundos .”

“ Plainview vai comprar uma parte significativa da Califórnia de rancheiros que não conseguem plantar nada, mas estão sentados sobre um ocenao de petróleo ”

“ Ele é ao contrário, apocalíptico na maneira em como retrata as duas forças motrizes do desenvolvimento dos Estados Unidos – a riqueza e a religião – e na forma como identifica nelas apenas manifestações diversas de uma mesma obsessão por domínio, controle e conquista. ”

“ Como em qualquer área, há serviços melhores e piores, com preços correspondentes. Se o aluno não esta em universidade melhor, é sinal de quem não tem condições intelectuais e financeiras de chegar lá. Sem a universidade ruim, esse aluno não cursara faculdade alguma. A pergunta que faz sentido não é se seria melhor para esse aluno e para o país que ele cursasse a USP ou a faculdade da esquina. A pergunta certa: é melhor que ele cursasse a faculdade da esquina, ou faculdade nenhuma? ”

“ O mercado de trabalho, não paga maiores salários aos mais instruídos pela beleza de seu diploma: paga mais porque essas pessoas vem mais preparadas e aprendem mais com sua experiência profissional.”

“ As reportagens e editoriais que reclamam dos bacharéis que viram dono de armazéns cometem erro duplo: primeiro, ao retratarem a exceção como se fosse regra; segundo, por não entenderem que é preferível para o país ter um balconista com diploma superior a outro analfabeto.”

“ Day-Lewis e Dano, se enfrentam e se sobrepujam cena após cena, dobrando um ao outro em combates de uma violência moral e física que ao mesmo tempo choca e eletriza. Dessa combinação entre a intensidade de seus autores e a maestria com que se evoca o mundo que eles habitam, Anderson tira algo poderoso: o equivalente cinematográfico do “ grande romance americano”, como, na tradição literária, são chamadas as obras capazes de encapsular de maneira definitiva os estados de alma do País”

“ Eu escrevo com o mesmo desejo, de quem beija uma mulher bonita ”

poesiasegirassois.blogspot.com

Foto de Dirceu Marcelino

INSPIRAÇÃO II - DILEMA DA INSPIRAÇÃO

*
* Homenagem a Fernanda Queiróz
* - Nossa Professorinha -

Um dia levo uma rosa em botão,
No outro levo uma maça corada,
No outro, já levo meu coração
E no quarto uma rosa perfumada.

Sou assim, não adianta: emoção,
Amizade há que ser dispensada
Com ternura e muita devoção,
Não só aquela mulher com nós casada,

Mas sim aos frutos da inspiração,
Às musas e poetisas encantadas,
Que trazem-nos toda a recordação,

Dos fatos e atos de vidas passadas
De alegrias, de amores e paixão
Lá no fundo d’alma acondicionada.

Foto de Raiblue

Contrária mente....

.
.
.
.
.

O que perdura na noite
Enquanto dormem?
O silêncio e as palavras
Gritam clandestinas
Nos meus labirintos
Cintilante desejo
Erógeno perfume
Amor tece
Engole medos
Acende a escuridão
Da alma faminta...
Nos meus avessos
A desordem cresce
Luas de carne
Giram em torno
Da janela amarela
Tela de fogo
Olhos me vigiam
Os seus?
Desejo sem dono
Ruas devassas
Do pensamento
Incorpóreo
Molhado
De suores
E vapores de mentes
Con sinto a ebulição
Há tração
No estranhamento
Um desejo
Quase líquido
De se misturar...

(Raiblue)

FELIZ DIA NACIONAL DA POESIA,GALERA!!!
Beijos bluepoéticos!
Rai

Foto de Senhora Morrison

O Aviso de Clarice

Era manhã de sol, bonita e incentivante, mas não para Clarice que a muito não reparava na beleza dos dias, ainda dormia, na noite anterior havia exagerado nos entorpecentes se encontrava ainda anestesiada, tinha que procurar um novo lugar para ficar estava preocupada até, mas o corpo já não correspondia. O contrato com o apartamento estava vencido e Clarice ainda devia alguns meses do aluguel, tinha uma vida corrida em meio a mentiras, dividas a traficantes e coisas do tipo. Não se preocupava em buscar um trabalho fixo, era jovem e muito bonita pra isso, o que queria trocava por “favores sexuais” e assim caminhava. Ouviu um barulho muito distante franziu a testa e esticou o pescoço tentando distinguir aquele som como se assim ouvisse melhor, identificou o inicialmente indistinguível toque, era o telefone, estendeu o braço deixando o corpo esparramado de bruços em seu colchão atendeu ainda tonta, era o Sr. Abreu, um velho imobiliário pelo qual procurara muito nos últimos dias, Clarice quase se arrastando levantou-se e tentou prestar atenção em tudo que ele disse fazendo caretas despertando a face ainda dormente, fez alguns rabiscos em um pedaço de papel qualquer, cheirou duas carreiras do para ela milagroso pó trocou-se nitidamente com dificuldade por conta dos exageros e com certa esperança foi ao seu encontro. Avistou o Sr. Abreu ao longe, um senhor robusto, cabelos brancos que usava um óculos gigantesco que só não cobria seu rosto inteiro porque este era muito largo, com uma barba mau feita que lhe dava um aspecto de desleixo e mistério ao mesmo tempo, lá vinha ele atravessando a avenida, Clarice era uma menina pequena, tinha traços finos, a pele alva, cabelos negros a altura dos ombros que realçavam ainda mais seus olhos igualmente negros, Sr. Abreu lhe cumprimentou e foi logo adiantando o assunto lhe entregou o molho de chaves da respectiva casa dizendo que não poderia realizar a visita com ela pois, tinha muitos afazeres pr’quele dia e como já estava acostumado com sua presença na imobiliária não via problema algum em deixá-la ir sozinha, ressaltou ainda que havia recebido a ficha daquela casa no final do expediente do dia anterior e que ainda não tinha tido tempo de vê-la pessoalmente, mas que segundo o proprietário ela se enquadrava no que procurava. Clarice agradeceu e seguiu sozinha para conferir a tal casa. Chegando ao destino andando pela rua que designava o papel escrito de forma quase ilegível pelo Sr. Abreu, foi observando tudo que lhe cabia aos olhos, a vizinhança, crianças uniformizadas com mochilas nas costas despedindo-se dos pais e entrando em seus transportes escolares, a rua arborizada que lhe trazia um odor do campo, tantas eram as árvores carregadas de inúmeras flores, as casas em sua maioria muito antigas dando o toque final a rua perfeita, estava entusiasmada, sentia que finalmente encontrara um decente lugar para morar. Agora era só não dar "bandeira" de nada, tinha que manter a descrição antes ignorada, assim não seria facilmente encontrada por seus credores. Entretida com o seu redor percebeu que havia passado do número indicado, voltou alguns metros e deparou-se com uma casa branca simples de muro baixo o que a fez lembrar da casa de seus avós marejando seus olhos, pois a muito não os via, conseqüência de sua escolha de vida. A casa parecia ser pequena, tinha detalhes de azulejo na parte superior da entrada principal como se fosse um enfeite em forma de quadrado, a casa era exatamente do jeito que queria, simples. Abriu o portão destravando uma pequena tranca e adentrou o quintal o qual se mantinha limpo apesar das várias árvores pela rua e em sua possível futura calçada, o que achou ótimo sinal de que o proprietário era zeloso. Na busca da chave certa para abrir a porta o molho caiu de suas mãos, ao se abaixar para apanhá-lo sentiu como se alguém estivesse parado as suas costas, ainda abaixada olhou para trás nada viu, não dando importância nenhuma a este fato, levantou-se e continuou a testar as chaves até encontrar a que servisse enfim, deu dois passos para dentro da casa e se viu numa sala espaçosa, espaçosa demais para quem a vê apenas do lado de fora, franziu a testa, era bem ventilada por uma grande janela que dava vista para a rua a que também pareceu menor do lado de fora. Estava a caminho da próxima dependência quando um forte vento fechou a porta principal as suas costas, voltou-se assustada e quando retornou seus olhos a passagem do outro cômodo deparou-se com um imenso abismo e duas gigantescas escadas uma a sua direita empoeirada, cheia de teias e com degraus de madeira quase toda podre e outra a sua esquerda limpa e iluminada com degraus de madeira vistosa que lhe parecia muito mais segura, ambas tinham o mesmo comprimento e a mesma nivelação, Clarice esfregava os olhos como a querer enxergar ou até mesmo entender o que diabos estava acontecendo, virou a cabeça repetidas vezes querendo encontrar a causa daquilo tudo girou o corpo em seus pés, apavorada segue pela escada da esquerda, mas não suporta a aflição quase a queimar seu corpo por dentro e desmaia.
Clarice recobra os sentidos ainda sonolenta lembra da visão que teve com os olhos ainda fechados, prevê que tudo não passou de um sonho, esfregou os olhos querendo despertar e viu que se encontrava num lugar que decididamente não era o seu quarto.
Inexplicavelmente sem medo algum, Clarice se levanta e olha aquele estranho lugar,observa tudo que lhe cerca sentia o ambiente pesado, soturno, era uma espécie de igreja, templo, com várias fileiras de bancos ordenadas simetricamente, uma arquitetura indescritível medievalmente gótica, iluminações como a de uma aurora austral entrava pelas várias vidraças com imagens horríveis de supostos demônios multicoloridos, todos a apontar para ela, sentiu um arrepio aterrorizar seus poros. Clarice foi andando em direção a um suposto altar por um extenso corredor, encostou sua mão direita em um dos bancos cheios de teia e pó percebeu então que em cada banco havia um cadáver,levou a mão a boca em um repentino e milimetrado susto, os corpos eram de negros escravos, imagens que a deixou enojada afirmando seu ódio por esta raça, não suportava negros abria exceções quando estes ofereciam uma boa quantia em dinheiro para usufruir de seus serviços sexuais, mas mesmo assim tomava um longo banho querendo eliminar qualquer resquício daquele maldito contato, de crianças lindas crianças muito bem vestidas, mas todas imundas e defeituosas de alguma forma o que fez Clarice agradecer todos os abortos que praticou, definitivamente não nascera para procriar, quando chegou ao fim do corredor a frente das fileiras de bancos foi caminhado para o outro extremo desse estranho lugar, viu que os outros bancos estavam ocupados por mulheres muitas mulheres vestidas de noiva. Sem esboçar nenhuma comoção ou medo, apreensão ou curiosidade talvez, dirigiu-se ao centro do lugar ficando de frente a um mezanino de madeira todo trabalhado com vários objetos como castiçais de aparência antiqüíssima e um grande livro visivelmente pesado aberto ao meio, atrás deste mezanino a figura de um animal com chifres enormes em forma de caracol e olhos vermelhos como rubis estampados na parede. Clarice olhava tudo aquilo hipnotizada, reparou então que suas vestes mudaram, estava igualmente vestida de noiva em uma renda branca com rosas negras espalhadas sutilmente por todo o vestido que marcavam muito bem as curvas de seu corpo, deixando-o insinuosamente sexy, sentia-se incrivelmente atraente naqueles trajes e se admirava como se não tivesse nada ao seu redor, em uma volúpia vil de si mesma. Sentiu seus ombros acalentados por calorosos afagos, Clarice rodopiou o seu caloroso corpo a seus pés e deparou-se com o homem mais bonito que havia visto na vida, este era alto, esbelto, cabelos negros e os olhos azuis mais inebriantes que poderiam existir, sorriu, o misterioso homem também lhe sorria um sorriso branco e confiante e olhava-a com um desejo descomunal, entregaram-se a um ardente beijo, Clarice foi tomada por arrepios voluptuosos desta vez, olhou novamente para aquele homem que lhe estendia os braços oferecendo-lhe uma rosa, uma negra rosa. Clarice sentia-se desejada como nunca havia sentido antes, esta sensação lhe trouxe um conforto que jamais experimentara sua pobre alma, não se importava em sentir-se amada não acreditava em tal sentimento tudo o que desejava eram os olhos masculinos devorando-a em pura cobiça. Isso sim era real o prazer carnal, isso sim podia-se sentir. Interrompidos por um estrondoso barulho Clarice volta a si, escutando uma voz que gritava:
_ Ação de despejo, acorde! Sabemos que esta aí!
Clarice remexe-se na cama não querendo permitir que lhe furtem aquele momento tão intenso percebendo então que estava sonhando, e enfurecida pensa: _ Será que nem no inferno eu posso me divertir em paz? Levanta-se para abrir a maldita porta e vê cair uma única pétala da negra rosa que ganhara.
Sorriu!

Senhora Morrison

14/05/2008

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