Água

Foto de Carmen Lúcia

Águas de abril

Águas se fundem com o pranto,
percorrem todos os cantos,
deságuam os encantos
em oceanos salgados,
pardacentos, insensatos,
provocando dor e ferida
em quem se encantou pela vida...

Chegam de improviso
mutilando sorrisos,
tornando-se arrastão...
Devastam sentimentos
exterminando os momentos,
transbordando as ilusões...

E a água, fonte da vida,
desta vez não foi guarida,
mas traiçoeiro alçapão...
De bendita à maldita,
mostrou uma força bandida
vinda de supetão...
Soterrando inocentes,
produzindo grande enchente
dentro de cada coração...

Carmen Lúcia

( poema alusivo às vítimas das enchentes)

Foto de Rosinéri

SENTIR-SE AMADO

O cara diz que te ama, então tá! Ele te ama.
Sua mulher diz que te ama, então assunto encerrado.
Você sabe que é amado porque lhe disseram isso,
as três palavrinhas mágicas.
Mas saber-se amado é uma coisa, sentir-se amado é outra,
uma diferença de quilômetros.
A demonstração de amor requer mais do que beijos, sexo e palavras.
Sentir-se amado é sentir que a pessoa tem interesse real na sua vida,
que zela pela sua felicidade,
que se preocupa quando as coisas não estão dando certo,
que coloca-se a postos para ouvir suas dúvidas e
que dá uma sacudida em você quando for preciso.
Sentir-se amado é ver que ela lembra de coisas que
você contou dois anos atrás,
é vê-la tentar reconciliar você com seu pai,
é ver como ela fica triste quando você está triste
e como sorri com delicadeza quando diz
que você está fazendo uma tempestade em copo d'água
Sentem-se amados aqueles que perdoam um ao outro e
que não transformam a mágoa em munição na hora da discussão.
Sente-se amado aquele que se sente aceito, que se sente inteiro.
Sente-se amado aquele que tem sua solidão respeitada,
aquele que sabe que tudo pode ser dito e compreendido.
Sente-se amado quem se sente seguro para ser exatamente como é,
sem inventar um personagem para a relação,
pois personagem nenhum se sustenta muito tempo.
Sente-se amado quem não ofega, mas suspira;
quem não levanta a voz, mas fala; quem não concorda, mas escuta.
Agora, sente-se e escute: Você é muito amado (a). ?

Foto de Arnault L. D.

Encanto ( Um poema para Witch )

Entre dois enigmas:
A feiticeira lê nos astros estigmas
dentre a noite felina beleza
enquanto a Lua cheia surge acessa

A Lua transpõe reflexos do além
e para as gotas d'água estrelas vem
e no olhar da feiticeira, bem de perto
o céu refleti-se inteiro e aberto

A feiticeira cavalga a noite na crina
sob a alva, ambas de alma feminina
mas apenas a feiticeira é mulher
somente dela um sol pode nascer

A Lua, mutável, distante e fria
a feiticeira a pele morna, arrepia
A lua se despe e o céu cintila
e a feiticeira mesmo nua se veste de magia

As madrugadas me fascinam.
nuvens do lufar dos lábios instilam
Gotas de orvalho banhadas de prata,
uivos de loba, ronronares da gata

Apaixonado, expresso o encantamento
Pela madrugada, noite, Lua e vento,
mistérios ocultos num breu de azeviche
E por uma feiticeira, … Witch.

Foto de anasofia10

Amar-te como tu me amas @

Sei que estás ai a ouvir-me..
uma onda gigante entre nós ..
olhas para mim e só sabes sorrir-me..
deliro contigo, nos nossos momentos a sós.

Chamas por mim, de noite, acordado.
sabes que adoro o teu abraço apertado.
o teu sorriso ilumina-me em noites frias..
eu sou aquela que te ama, aquela que sentias.

sou quem precisas agora e sempre ..
não desistas vai sempre em frente.
quando não tiveres forças, para ti, aqui estou..
sou tua namorada, tua confidente, e tua amiga, sou.

não percas tempo a discutir comigo..
abraça-me, beija-me, faz-me sentir o amor..
confiu em nós, em ti, por seres meu amigo.
dá-me tudo o que tens, deixa de parte a dor.

aproximo-me de ti e vejo-te tão perto..
foste tu que me deste água " naquele deserto "
és tu quem está comigo, hoje, ontem e sempre..
não me sais da cabeça, estás sempre na minha mente.

consegues ouvir-me, perceber o que eu preciso..
Às vezes é tão simples, às vezes basta um sorriso.
não deixes esta magia acabar, não apagues a chama..
sou aquela que vive por ti, aquela que te ama.

( TIAGO CARVALHO ♥ )

Foto de onil

NOGUEIRA

EU PARTI DA MINHA ALDEIA EM CRIANÇA
E UMA VIDA EU CONSTRUI NUM OUTRO LADO
MAS MEU SONHO É VOLTAR E NÃO SE ACABA A ESPERANÇA
NEM A LEMBRANÇA DOS BRINQUEDOS DO PASSADO

Á TARDINHA EU FICO A ADMIRAR
A BELEZA E A GRAÇA DO SOL-PÔR
PENSO ASSIM QUE UM DIA HEI-DE VOLTAR
POIS ESTA ALDEIA PARA MIM TEM MAIS VALÔR

A SAUDADE QUE EU SINTO DESTA TERRA
ME OCUPA O PENSAMENTO NOITE E DIA
QUANDO SINTO E RESPIRO O AR QUE VEM DA SERRA
A MINHA ALMA VIBRA LOGO DE ALEGRIA

A VIDA VIVEREI PENSANDO EM TI NOGUEIRA
DURANTE TODA A NOITE MEU SONHO É SÓ EM TI
MAS TODAS AS MANHÃS ILUSÃO PASSAGEIRA
ME OCUPA O PENSAMENTO E FAZ-ME ESTAR AÍ
E EU GOSTO DOS TEUS PRADOS DOS TEUS MONTES.
AINDA TENHO ESPERANÇA DE ESTAR EM TI NOGUEIRA
VIVER ENTÃO A VIDA QUE EM TI NUNCA VIVI
LEMBRAR TODO O PASSADO SENTADO Á LAREIRA
TOMAR TODO O AROMA DA TERRA ONDE EU NASCI
BEBER A ÁGUA PURA QUE CORRE EM TUAS FONTES

EU PARTI DEIXEI OS MEUS AMIGOS
MINHA VIDA PARA SEMPRE É EM LISBOA
DEIXEI PRADOS E NOS MONTES DEIXEI OS MEUS ABRIGOS
E O AROMA DESTA TERRA QUE É TÃO BOA

A LEMBRANÇA DAS TUAS GENTES FRANCAS
QUE VIVERAM JÁ EM TI TANTOS AMORES
DOS TEUS PRADOS, E AS TUAS CASAS BRANCAS
OS TEUS CAMINHOS FLORIDOS DE MIL CORES

QUE SAUDADES DA MINHA LINDA ALDEIA
DA VERDURA DOS SEUS CAMPOS NO VERÃO
SUA BRISA QUE É TÃO PURA NÃO SAI DA MINHA IDEIA
POR ISSO EU CANTO PARA SEMPRE ESTA CANÇÃO.

A VIDA VIVEREI PENSANDO EM TI NOGUEIRA
DURANTE TODA A NOITE MEU SONHO É SÓ EM TI
MAS TODAS AS MANHÃS ILUSÃO PASSAGEIRA
ME OCUPA O PENSAMENTO E FAZ-ME ESTAR AÍ
E EU GOSTO DOS TEUS PRADOS DOS TEUS MONTES.
AINDA TENHO ESPERANÇA DE ESTAR EM TI NOGUEIRA
VIVER ENTÃO A VIDA QUE EM TI NUNCA VIVI
LEMBRAR TODO O PASSADO SENTADO Á LAREIRA
TOMAR TODO O AROMA DA TERRA ONDE EU NASCI
BEBER A ÁGUA PURA QUE CORRE EM TUAS FONTES

ONIL

Foto de luiz capilé

ONDE ESTA VOCÊ

Estou só
Vida dividida
Perdido na multidão
Alegria esquecida

Vida é partilhar
Dividir a vida
Apoio firme
Força garantida

Bloqueia a luz
Áspera solidão
Ardente tristeza
Brilha na escuridão

Onde esta você?
Meu vento
sopra as nuvens
Escuras de tormentos

Onde esta você?
Meu chão
Sem paradeiro
Sumindo na imensidão

Onde esta você
Meu porto seguro
Donde tiro forças
Pra construir o futuro

Onde esta você
Minha lua
Serei seu sol
Quente luz tua

Onde esta você
meu sol
Luz da vida
Canto do rouxinol

Onde esta você?
Anjo meu
Materializada em carne
Caída do céu

Onde esta você?
Minha luz
Ilumina o caminho
Que o amor conduz

Onde esta você?
Meu amor
Essência pra vida
Paixão é calor

Onde esta você?
Minha água limpa
Sacia minha sede
Na saliva da sua língua

Onde esta você?
Meu ar
Seu cheiro no meu
Vamos apaixonar

Onde esta você?
Meu calor
Incendeia meu corpo
Atenda meu clamor

Onde esta você?
Minha vida
Perdida na multidão
Alegria esquecida

Foto de Graciele Gessner

Entre Eles Existe... (2) (Graciele_Gessner)



... Continuação do conto ENTRE ELES EXISTE... (1)



Existe toda a química para dar certo! No eventual encontro aconteceu o primeiro beijo e em seguida vieram muitos outros. Sobreviver a tantos beijos é querer pedir água. Sem contar na maestria de ambos, parece que nasceram para o romance. O beijo parece até que estão se engalfinhando tamanha a paixão.

Ela é do tipo que prefere um beijo comportado ao público, mas ele, meu Deus! Ele é a tentação em pessoa, parece que está com os holofotes em sua direção, um beijo cinematográfico. Difícil resistir a um beijo assim... Quem conseguiria?

Retribuindo o beijo, ela consegue num pequeno detalhe, dar a entender que quer algo a mais. Um beijo recheado de carícias, um beijo demorado, sem pressa. No beijo, ela consegue mostrar o seu lado romântico de ser. Porém, o beijo dele, é aquele espetáculo a parte, mas é um beijo molhado, que fica evidente o seu desejo, a sua sedução.

No ato de seduzir, ele consegue ser um perfeito mestre. Ele é conquistador, encantador, dominador. Existe algo de se invejar, a atração fatal. Ele cria a situação, ela harmoniza o ambiente com a sua beleza. Neste encontro acontece aquilo que já deduzíamos, o momento de maior intimidade deles.

De alguém que ela nunca tinha visto antes, uma amizade que nasceu casualmente, o primeiro cumprimento dele na rua... Para depois, resultar numa noite de amor. As iniciativas partiram dele. (Os homens são bons nisso!). Ela em muitos momentos interrompia os beijos, pois necessitava tomar ar.

Então, ele conduziu a sua deusa, levou-a ao local mais apropriado para terem muitas horas de puro prazer. Sentiram-se no paraíso. Ela era delicada, linda, perfeita! Sua sensualidade nua aflorava a cada minuto... Aquele ato de amor gerou uma cumplicidade entre eles, algo que só o tempo dirá. E o futuro é uma incógnita, pois ninguém sabe o que pode vir depois.


17.02.2010

Escrito por Graciele Gessner.


*Se copiar, favor mencionar a devida autoria. Obrigada!

Foto de onil

SONETO DO MAR

SENTEI-ME JUNTO AO MAR
E O SOM DAS ONDAS ME CATIVOU
A ESPUMA BRANCA PRENDEU MEU OLHAR
E O MUNDO NESSE MOMENTO PAROU

VI DO MAR A ÁGUA AZUL SEM TERMINAR
SÓ AO LONGE SE CONFUNDE COM O CÉU
É ESTA BELEZA QUE PRENDE MEU OLHAR
É ESTE MISTÉRIO QUE DEUS NOS OFERECEU

HÁ MAR E MAR DE BELEZA INFINITA
QUE NOS DEIXA MARAVILHADOS
PORQUE A NATUREZA É BONITA

SINTO QUANDO ESTOU JUNTO AO MAR
E DA ESPUMA VEJO OS RENDILHADOS
QUE A SUA BRISA ME VEM CONFORTAR

8/07/09
ONIL

Foto de Fernanda Queiroz

Pedaços de infância

Lembranças que trás ainda mais recordação, deixando um soluço em nossos corações.

Lembranças de minhas chupetas, eram tantas, todas coloridas.
Não me bastava uma para sugar, sempre carregava mais duas, três, nas mãos, talvez para que elas não sentissem saudades de mim, ou eu em minha infinita insegurança já persistia que era chegado o momento delas partirem.

Meu pai me aconselhou a planta-las junto aos pés de rosas no jardim, por onde nasceriam lindos pés de chupetas coloridas, que seria sempre ornamentação.
Mas, nem mesmo a visão de um lindo e colorido pé de chupetas, venceram a imposição de vê-las soterradas, coibidas da liberdade.

Pensei no lago, poderiam ser mais que ornamento, poderia servir aos peixinhos, nas cores em profusão, mesmo sem ser alimentação, primaria pela diversão.
Já com cinco anos, em um domingo depois da missa, com a coração tão apertadas quanto, estava todas elas embrulhadas no meu pequenino lenço que revestia meus cabelos do sol forte do verão, sentamos no barco, papai e eu e fomos até o centro do lago, onde deveria se concentrar a maior parte da família aquática, que muitas vezes em tuas brincadeiras familiar, ultrapassavam a margem, como se este fosse exatamente o palco da festa.

Ainda posso sentir minhas mãos tateando a matéria plástica, companheira e amiga de todos os dias, que para provar que existia, deixaram minha fileira de "dentinhos, arrebitadinhos".

Razão óbvia pela qual gominhas coloridas enfeitaram minha adolescência de uma forma muito diferente, onde fios de metal era a mordaça que impunha restrição e decorava o riso, como uma cerca eletrificada, sem a placa “Perigo”.

O sol forte impôs urgência, e por mais que eu pensasse que elas ficariam bem, não conseguia imaginar como eu ficaria sem elas.

A voz terna e suave de papai, que sempre me inspirava confiança e bondade, como um afago nas mãos, preencheu minha mente, onde a coragem habitou e minhas mãos pequeninas, tremulas, deixaram que elas escorregassem, a caminho de teu novo lar.

Eram tantas... de todas as cores, eu gostava de segura-las as mãos alem de poder sentir teu paladar, era como se sempre poderia ter mais e mais ás mãos, sem medos ou receios de um dia não encontra-las.

Papai quieto assistia meu marasmo em deposita-las na água de cor amarelada pelas chuvas do verão.

Despejadas na saia rodada de meu vestido, elas pareciam quietas demais, como se estivessem imaginando qual seria a próxima e a próxima e a próxima, e eu indecisa tentava ser justa, depositando primeiro as mais gasta, que já havia passado mais tempo comigo, mesmo que isto não me trouxesse conforto algum, eram as minhas chupetas, minhas fiéis escudeiras dos tantos momentos que partilhamos, das tantas noites de tempestade, onde o vento açoitava fortes as árvores, os trovões ecoavam ensurdecedores, quando a casa toda dormia, e eu as tinha como companhia.

Pude sentir papai colocar teu grande chapéu de couro sobre minha cabeça para me protegendo sol forte, ficava olhando o remo, como se cada detalhe fosse de suprema importância, mas nós dois sabíamos que ele esperava pacientemente que se cumprisse à decisão gigante, que tua Pekena, (como ele me chamava carinhosamente) e grande garota.

Mesmo que fosse difícil e demorado, ele sabia que eu cumpriria com minha palavra, em deixar definitivamente as chupetas que me acompanharam por cinco felizes anos.
Por onde eu as deixava elas continuavam flutuantes, na sequência da trajetória leve do barco, se distanciavam um pouco, mas não o suficiente para eu perdê-las de vista.
Só me restava entre os dedinhos suados, a amarelinha de florzinha lilás, não era a mais recente, mas sem duvida alguma minha preferida, aquela que eu sempre achava primeiro quando todas outras pareciam estar brincando de pique - esconde.

Deixei que minha mão a acompanhasse, senti a água fresca e turva que em contraste ao sol forte parecia um bálsamo em repouso, senti que ela se desprendia de meus dedos e como as outras, ganhava dimensão no espaço que nos separava.
O remo acentuava a uniformes e fortes gestos de encontro às águas, e como pontinhos coloridos elas foram se perdendo na visão, sem que eu pudesse ter certeza que ela faria do fundo do lago, junto a milhões de peixinhos coloridos tua nova residência.

Sabia que papai me observava atentamente, casa gesto, cada movimento, eu não iria chorar, eu sempre queria ser forte como o papai, como aqueles braços que agora me levantava e depositava em teu colo, trazendo minhas mãozinhas para se juntar ás tuas em volta do remo, onde teu rosto bem barbeado e bonito acariciava meus cabelos que impregnados de gotículas de suor grudava na face, debaixo daquele chapéu enorme.

Foi assim que chegamos na trilha que nos daria acesso mais fácil para retornar para casa, sem ter que percorrer mais meio milha até o embarcadouro da fazenda.
Muito tempo se passou, eu voltei muitas e muitas vezes pela beira do rio, ou simplesmente me assustava e voltava completamente ao deparar com algo colorido boiando nas águas daquela nascente tão amada, por onde passei minha infância.

Nunca chorei, foi um momento de uma difícil decisão, e por mais que eu tentasse mudar, era o único caminho a seguir, aprendi isto com meu pai, metas identificadas, metas tomadas, mesmo que pudesse doer, sempre seria melhor ser coerente e persistente, adiar só nos levaria a prolongar decisões que poderia com o passar do tempo, nos machucar ainda mais.

Também nunca tocamos no assunto, daquela manhã de sol forte, onde a amizade e coragem prevaleceram, nasceu uma frase... uma frase que me acompanhou por toda minha adolescência, que era uma forma delicada de papai perguntar se eu estava triste, uma frase que mais forte que os trovões em noites de tempestade, desliza suava pelos meus ouvidos em um som forte de uma voz que carinhosamente dava conotação a uma indagação... sempre que eu chegava de cabeça baixa, sandálias pelas mãos e calça arregaçada á altura do joelho... Procurando pelas chupetas, Pekena?

Fernanda Queiroz
Direitos Autorais Resernados

Foto de onil

É ASSIM A MINHA TERRA

VOLTEI A PASSEAR NESTAS TERRAS
VI FLORES LINDAS NAS SERRAS
E DE SAUDADES ME ENCHI
LEMBREI TEMPOS DA MOCIDADE
EM QUE ASPIREI A LIBERDADE
NESTA ALCOFRA ONDE NASCI

VI CARQUEJA E O SEU DOIRADO
CÔR QUE NASCE EM QUALQUER LADO
É DA SERRA INFINDA BELEZA
OUTRAS CORES HÁ PELOS MONTES
ÁGUA FRESCA CORRE NAS FONTES
ASSIM É BELA A NATUREZA

JÁ VI NOS CÉUS A ÁGUIA VOANDO
NOS MONTES O MELRO CANTANDO
ESTA PAISAGEM ME ESPANTA
É COMO UMA CONCHA ESTA TERRA
Á VOLTA TEM LINDA SERRA
COM FLORA QUE ME ENCANTA

A ÁGUA NO RIO CORRENDO
ESPUMA BRANCA VAI FORMANDO
LEMBRANDO UM RENDILHADO
NO RIO DA BOUÇA SAUDOSO
FOI TEMPO MARAVILHOSO
QUE FICA NA MENTE GRAVADO

LEMBRO TEMPOS DE INFANCIA
NÃO ERA LONGE A DISTANCIA
DA MINHA ALDEIA AOS TAPADOS
NO RIO A ÁGUA PURA DESLIZAVA
A SEDE SAUDAVEL SACIAVA
RECORDAÇÃO DE TEMPOS PASSADOS

DO CIMO DO CABEÇO CARMOL
VI O ESPLENDOROSO PÔR-DO-SOL
Á SUA BELEZA FIQUEI PREGADO
JÁ CORRI TERRAS DO MEU PAIS
MAS SÓ AQUI ME SINTO FELIZ
NÃO QUERO VIVER NOUTRO LADO

QUERO SENTIR O AR NO ROSTO
SUAR COM O CALOR DE AGOSTO
PORQUE ISSO ME DÁ PRAZER
A MINHA ALDEIA É TÃO LINDA
ESSA BELEZA NÃO FINDA
NINGUÉM DELA VAI ESQUECER

LEMBRO-A EM POEMAS ESCRITOS
FALO DE SITIOS BONITOS
QUE DÃO GOSTO EM VISITAR
A MINHA ALDEIA É CERCADA
POR CARQUEJA AMARELADA
NA SERRA QUE A ESTÁ A RODEAR

NA PRIMAVERA SEUS PRADOS
POR VERDURA ORNAMENTADOS
FAZEM-NA SEDUTORA E LINDA
A QUEM POR AQUI PASSAR
ESTA BELEZA VAI AGRADAR
E A SUA VISITA NÃO FINDA

CADA ESTREITA CALÇADA
DÁ UMA HISTÓRIA CONTADA
DO POVO QUE NELA VIVEU
PORQUE AQUI NASCERAM E AMARAM
NAS TERRAS DURO TRABALHARAM
MAS ALGUÉM NUNCA OS ESQUECEU

SOU POETA E TENHO AMOR
Á MINHA ALDEIA E DOU VALOR
A TODOS QUE AQUI NASCERAM
QUEM FICOU TEVE A CORAGEM
E ESTA É A MINHA HOMENAGEM
AOS QUE NA NOGUEIRA VENCERAM

MAS A TODOS EM GERAL
QUE DAQUI SÃO NATURAL
ESTE POEMA DEDICO
EU POR MIM SONHO VOLTAR
E PODER SEMPRE VISITAR
NOGUEIRA E A VILA-DO-PICO

26/05/09
ONIL

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