Não quero as rosas
Envoltas em romantismo
Em perfumes inebriantes
Que me reportam ao tempo
Como se houvera passado apenas alguns instantes.
Não quero as vermelhas
Que trazem consigo marcadas
A cor da paixão
Derramada em sangue
Que pulsa deste meu ferido coração.
Não quero as brancas
Que traduzem a paz
Inexistente quando se guarda segredos
Velados e intocados
Pra sempre inalterados
Filhos bastardos da ilusão.
Não quero as rosas
De nenhum tom ,de nenhuma cor
Pode ser esta um botão
Ou desabrochando na mais bela flor
Não quero esta lembrança
De que um dia foram elas quem me
revelaram a paixão.