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Foto de Concursos Literários

Resultados dos Concursos, Premiação e Comemoração

Oi Poetas, enfim, risos...
Agenda de eventos da semana.
Dia 26.03.07 até as 23.59, horário de Brasília Resultado do V Concurso Literário Categoria *Contos.
Dia 27.03.07 até as 23.59, horário de Brasília Resultado do V Concurso Literário Categoria *Poemas.
Dia 28.03.07 até as 23.59, horário de Brasília Resultado do VI Concurso Literário Categoria *Contos - Microcontos - Mensagens.
Dia 29.03.07 até as 23.59, horário de Brasília Resultado do VI Concurso Literário Categoria * Poesias – Sonetos - Duetos.
Dia 30.03.07 até as 23.59, horário de Brasília Resultado do Concurso Literário Relâmpago.
Dia 31.03.07”Grande Baile Comemorativo”.
Local www.poemas-de-amor-net
Sala House dos Poetas
Premiação On -line
Organização Fernanda Queiroz
DJ- Fábio Satcarca
Horário 20.00 horários Brasília
Ingressos – Um poema inédito.

Grande abraço
Fernanda Queiroz

Foto de angela lugo

Um coração esquecido no tempo

Sinto um coração batendo no peito
Esquecido no tempo, sim é verdade.
Mas que ainda chora por ti docemente
Muitas vezes enfurecido, louco,enraivecido
Outras, calmo e sereno...
O pior é quando sinto as batidas como um eco
Dentro da minha cabeça
Que vai perdurando por muito tempo
Tento amansa-lo falando com ele
calmamente, dizendo que tu,
Sim tu, voltarás e nos levará.
Por entre estas vias que ficam a
Observar-nos durante nossa vida
Ele diz; não. Ele não voltará...
Eu insisto dizendo; sim. Ele voltará.
E cá ficamos nós dois falando
Sobre você que nem sabe mais
Nada de nós que ficamos aqui
Neste teu passado sem você lembrar
Tem horas que passa e nem o
percebo bater levemente em meu peito
Mas quando a saudade vem ele chora
Baixinho comigo e entristece o meu dia
Quando é noite é a pior hora, pois ele
Sempre quer ir embora encontrar você
Eu não deixo e grito com ele todo tempo
Amansa-te coraçãozinho em meu peito
Fica caladinho e esquece o tempo...
Esqueceste do meu coração sabiamente
Deixaste-o num lugar esquecido do tempo
Onde ninguém entra nem ao menos tenta

Foto de Senhora Morrison

Feliz ser em você

Feliz ser em você

Seguem-se os passos
Atravessando pontes
Acima de turvos rios
Oscilando imagens
Sonhos, realidades
Ofuscando minha passagem

Suscetível caminhar
Renova-se a cada aurora
Escabroso e relutante
Numa guerra constante
De se fazer acreditar

Que você tornaria tudo afável
Propondo-me partilha
De tudo que nos diz respeito
Caminharíamos ao léu, ao fel em mel.
E nas dores que nos vão ao peito

Justo seria? A mim? A ti?
Dúvida cruel
Manchando as esperanças
Degolando as fantasias
Inebriando corações

Ao fim da ponte chego
Seguindo sua voz
Tecendo enfeites ao meu ego
Fazendo-me flutuar
Avisto seus olhos dignos
Pura avidez a me enaltecer
Saceio-me de certezas
Ludibrio minha destreza
Rendendo tenaz vontade
De feliz ser em você.

Senhora Morrison
14/03/2007

Foto de angela lugo

Ah! Poesia

Que preenche a alma
Que nos deleita de amor
De muita paz e alegria
Que vem como andorinha
Cantarolando o amor
Quem dera ser a poesia
Estar em todas as mentes
Entrando em cada coração
Levando as mensagens
Escritas com emoção
Baseadas em sentimentos
Que por um momento
Vem marcar cada coração
Ah! Poesia...
Que faz muita gente sonhar
Caminhar em poentes do sol
Olhar as estrelas admiradas
Dormir ao relento da noite
Olhando uma lua acordada
Ah! Poesia...
Que o papel se delicia
Com tanto amor e carinho
Que recebe de cada mão
Escrita por um poeta (a)
Que transpira cada palavra
Quando o transporta
De sua alma de seu coração
Para o papel ali inerte
Que espera pelo sentimento
Que chora... Sangra
Que sorri... Implora
Por amores partidos...
Por conquistas...
Por homenagens...
Enfim por todos os sentimentos
Que levam a esta palavra
Imponente e mágica chamada
Poesia

Foto de Zedio Alvarez

MEU RAIO X

O HOMEM ZEDIO: Honesto e sincero
SÓ DURMO: Depois que rezo
AO ACORDAR: Contemplo um novo amanhecer
RELIGIÃO: Católico
PRATO PREFERIDO: Feijoada
O MELHOR GOSTO: Mel
O MELHOR CHEIRO: De minha mulher
O CUMULO DO DESAMOR: O desrespeito
O CUMULO DO DESPERDÍCIO: Os gastos públicos
O CUMULO DO DESCONFORTO: Não estar num lugar com a minha mulher
A VOZ: É o encantamento da alma
A PALAVRA: É a transformadora do mundo

A MELHOR NOTICIA: A queda do muro de Berlim
A PIOR NOTICIA: A reeleição de Bush
ATRIZ: Fernanda Montenegro
ATOR: Marcos Nanini
CANTOR: Geraldo Azevedo
CANTORA: Marisa Monte
FILME: Ao Mestre com carinho
POESIA: Todas que falam do amor
O POETA: É um dos mensageiros do amor universal.
PROGRAMA DE TV: Fantástico (nos moldes antigos)
INSANA OU FERNANDA: As duas
POEMAS OU RECANTO: Os dois
VASCO OU FLAMENGO: “Flamengo sempre eu hei de ser”.
PETROLINA OU JUAZEIRO: “Eu gosto de Juazeiro e adoro Petrolina”
XADREZ OU FUTEBOL: Xadrez. Gosto de jogar umas peladas.
A CANÇÃO QUE ME TRANSPORTA: Todo Azul – Cantada por 14 BIS
OS VERSOS DE: Mario Quintana, Castro Alves, Érico Veríssimo e Cecília Meireles
ORGULHO DE: Ter uma família
SE FOSSE PRESIDENTE: Criaria o ministério da poesia (Não é corporativismo, pois a educação vem junto)
O QUE FALTA NO MUNDO: Muita paz, amor e justiça social.
UMA VERGONHA: A corrupção
UMA FERIDA ABERTA: A guerra do Iraque
UM BLEFE: Fernando Collor
UM EXEMPLO: Minha Mãe
UM RECADO: Vamos cultivar a paz sempre.
UM CONSELHO: Não tempere a sua mentira com as sobras de uma verdade.

Foto de Zedio Alvarez

PREZADOS AMIGOS DO POEMAS DE AMOR

A minha vocação pela poesia com certeza vem da alma, e a contra-partida de tudo isso, são os nossos poetas amigos deste Site, que nos faz renovar a nossa escrita a cada comentário. Vocês são especiais e expoentes da minha vida poética. A construção da nossa amizade é contínua e eterna sendo que a nossa inspiração é sempre atualizada em progressão geométrica.
Faço dos meus poemas um desfecho compreensível, não usando as palavras soltas como bravatas de um discurso aberto para impressionar o texto de uma poesia.
Eu sou um eterno apaixonado por tudo que me rodeia. Acho que essa sensibilidade veio acentuar o meu despertar para o versar.
Nosso propósito é discorrer o tema que vem do coração, com a concordância expressa da minha alma. Meus versos são fabricados pelos meus sentimentos e ainda que julguem sem essência, isso pouco me importa.
Meus textos são ricos de amor e de paz, fazendo da minha riqueza poética, um poeta igual a qualquer outro Poeta amigo.
Estou há 365 dias.e mais duas semanas e meias na poesia e como uma criança que só se acha num brinquedo da vida, vou curtindo os meus poemas como se fossem esses brinquedos que me dão sobre vida, e porque não? A poesia é um brinquedo terapeuta para meu âmago.
Engatinhando nos caminhos das letras encontro sempre uma mão orientadora que se estende e me leva para voar nas asas da poesia, e nessa viagem fantástica no horizonte do nosso planeta azul quero sempre estar, pois o infinito me faz crescer.
Meus agradecimentos a todos que fazem o Site, em especial a minha Amiga de Minas, Fernanda que viabilizou a minha independência textual dando-me de presente a concessão desse Blog., o qual com muito prazer farei uso do espaço na medida do possível, face a minha intensa ocupação profissional.

CONVOCAÇÃO

Estamos lançando no BLOG, a coluna O MEU RAIO X, cuja idéia foi copiada do Jornal Gazzeta, de circulação regional, no qual sou colunista falando apenas de xadrez semanalmente.
A minha intenção é conhecer de perto todos vocês, para estreitarmos ainda mais as nossas amizades. Acho que vai ser interessante saber dos seus gostos e quereres. Gostaria que usassem os mesmos moldes da coluna original, podendo se abster de alguns itens. Vocês podem modificar quando a questão for regional ou de fórum intimo e preferencial.
Por favor nos visitem.

Abraços cordiais.

Foto de angela lugo

Amor eterno amor

Perfumei-me com essência de rosas
O aroma que te embriaga em êxtase
Vesti-me com aquele vestido que tu gostas
bem coladinho ao meu corpo,
formando curvas sensuais a te enlouquecer.
A brisa da primavera adentrava o meu quarto
os aromas das flores misturam-se,
inundando o ar com seu perfume.
Olho o relógio. A hora se aproxima
A hora que tu chegaras para nosso encontro.
Com o coração eufórico, acendo as velas.
Que espalhei por toda a casa,
para dar um aspecto romântico.
As cortinas entreabertas deixam entrar,
o luar prateado da noite de lua cheia.
Tudo colabora para esta noite de amor,
que é dedicada aos enamorados.
Escuto seus passos vindo em direção à porta.
Minha face brilha translúcida, o coração estremece.
Olho para a mesa posta com todo carinho.
Ao centro um buquê de cravos coloridos,
junto ao vaso um cartão, feito a mão.
Escrito em linhas traçadas em fios de ouro
uma declaração assim escrita:
Meu amor já um ano estamos juntos,
e esta é a nossa primeira comemoração.
Não poderia ter sido em um melhor dia,
senão este em que se comemora o amor
Deixo aqui expresso todo amor que sinto por ti,
com estas letras que brilham como o sol.
Quero dizer-te que assim brilha o meu amor.
Nada poderá apagar esta luz,
que a milhares de anos brilha e continuará,
até que a eternidade o consuma.
Assim é o meu amor por ti.Eterno....
A porta abriu-se, tu entraste, com um sorriso.
Sem nada dizer enlaçou-me...
E em teu peito aninhou-me.
Sussurrando ao meu ouvido perguntou:
Quer ser a mulher eterna da minha vida?
Minhas pernas bambearam, o coração disparou.
O abracei e quase desfalecida de emoção respondi:
Sim. Para sempre meu amor!
E como num passe de mágica lá tu estavas ajoelhado,
colocando o anel de noivado no meu dedo.
E naquele momento extasiada pela felicidade ouvi,
ao longe sinos badalarem em sinfonia
Vinha da Capela de São Valentim.
Selando assim o nosso enlace de amor sem fim!

ângela lugo

(Direitos Reservados)

Foto de Lou Poulit

O Caminho é o Mestre.

Precisei viver muito, cair e levantar muitas vezes, para legitimar no meu silêncio a simples impressão de que tudo valeu a pena, por ter aprendido algumas coisas. Há tantos anos que nem me lembro mais quando foi, li sobre o conceito cabalístico de amor. Achei que era uma coisa muito bonita, mas impossível de se conseguir. Parecia um paradoxo existencial insolúvel, porque parece pressupor o sacrifício da individualidade própria e sem ela, ainda que consigamos pisar no horizonte, não poderia haver nisso um mérito nosso, já que não terá sido uma obra nossa. Guardei o conceito com carinho numa das últimas gavetas da alma.

Os anos se sucederam e através deles uma aparentemente infindável sucessão de logros e malogros, que deixavam uma coisa cada vez mais clara e insofismável, na minha alma obstinada e penitente: as melhores coisas que havia conquistado não eram aquelas pelas quais me dispusera a tantos sacrifícios, não eram a montanha, mas sim as que em algum momento me pareceram uma pedra suficientemente firme, para enterrar o cravo e continuar a escalada. E isso foi verdadeiro em literalmente tudo. Sabia exatamente o que queria e, quase sempre, soube encontrar meios de prosseguir. Mas não sabia o mais essencial.

Não sabia que nossas ambições são como uma miragem. Ainda que sejam alcançadas, podem durar bem pouco nas nossas mãos. Mesmo porque logo precisaremos desesperadamente de um novo objetivo, uma nova referência para que possamos canalizar nossa energia. Precisaremos fazer isso, ou teremos a impressão de que todo o universo, em seu legítimo direito de prosseguir, está nos atropelando lenta e minuciosamente. Talvez possamos parar para comemorar uma conquista, ou nenhuma conquista, como fazemos mais freqüentemente, e assim exercer nossa auto-estima, e simplesmente não querer mais nada. Porém não poderemos interromper a sucessividade das coisas, ou a transitoriedade de tudo.

Como não podemos assumir nenhum dos extremos do paradoxo, ou seja, não podemos ser Deus nem tão pouco um inútil grão de areia, a solução está necessariamente no meio do caminho entre um e outro. Não é como encontrar uma agulha no palheiro, ou um determinado grão na praia, é muito mais difícil que isso!

Às vezes, por minha própria experiência, tenho a impressão de que posso propor uma solução: desconcentrar o foco. No entanto, preciso esclarecer uma coisa da maior importância: Quando digo desconcentrar o foco não estou defendo nenhuma abstenção, negligência ou leviandade generalizada, como pode perecer. Mas sim, muito ao contrário, redistribuir o feixe, contemplando mais as pequenas coisas do caminho, que estão sempre tão perto da gente; e nem tanto no horizonte, em cuja distância o foco talvez se perca irremediavelmente.

Isso não é nada fácil, concordo, mas deve ser uma espécie de aliança profícua. Sim, uma aliança porque assim daremos ao universo a oportunidade de participar muito mais proveitosamente das nossas conquistas, de nos oferecer alternativas, enquanto damos a nós mesmos a oportunidade de exercer mais legitimamente o nosso livre-arbítrio. Porém, aqui cabe um alerta: Não se deixe iludir pelo seu conceito vulgar e tão divulgado: O tal livre-arbítrio, instituição criada a partir textos inspirados, não pode ser o direito absurdo de fazermos o que bem entendermos. Crer nisso seria subestimar a inteligência do Grande Legislador, depois de superestimar a nossa. Não é minimamente razoável.

Vejo isso da seguinte maneira: suponhamos que você tenha dito ao seu filhinho amado que parasse a brincadeira para fazer o dever de casa. As crianças nunca têm pressa para aprender. Na verdade, ao fazer seus exercícios, querem mais se livrar da obrigação do que aprender o que os adultos pensam ser necessário. Ora, se você lhe desse dois ou três cascudos mais alguns gritos, certamente ele faria os seus exercícios e alguma coisa sobre a matéria haveria de fixar na mente, além dos cascudos e gritos, claro. Mas tenho a mais cristalina convicção de que você se sentiria um pai/mãe muito melhor, se ele resolvesse fazer o dever e aprender por conta própria! Sem precisar de qualquer penalidade. A evolução dele e a sua satisfação seriam muito mais legítimos e perenes. Pois aí está, para mim, o sentido verdadeiro do livre-arbítrio, dentro dos limites da mente humana. Até onde a criatura e o criador eram uma coisa só, não poderia haver esse mérito. Então, porque resolvemos criar nossos próprios objetivos e expectativas, e engendrar os meios para isso, passamos a precisar dessa instituição. Porque Deus, que não pode ser um pai menor do que eu ou você, prefere não nos arrastar para casa pelos cabelos. Na verdade não se trata de uma liberdade, mas da oportunidade de escolher bem e com responsabilidade.

Então, juntando tudo, creio ter uma boa proposta. É simples e não tem o rigor hermético imposto pelas instituições dogmáticas, que também tendem a priorizar suas próprias necessidades: focamos o horizonte apenas para que tenhamos uma referência de direção; depois criamos focos nas pequenas coisas que estão em nós, à nossa volta, entre nós e na mesma direção que escolhemos. Sem perceber, estaremos abrindo mão de uma parte do nosso ego cabalístico, aquele que quer satisfazer a si próprio, entretanto, também estaremos sintonizando a energia cósmica, que quer satisfazer a toda criatura, humana ou não, que possa escolher, segundo as preferências de cada uma. Além de satisfazer, segundo a Sua preferência, a todas as demais que não podem escolher por si.

A polarização sexual dessa questão é muito bem representada por um mito antigo: Os deuses do Olimpo estavam prestes a se unhar, por não haver consenso sobre quem teria mais prazer no amor, se o homem ou a mulher (uma questão que, hoje, a ciência responderia facilmente). Então Zeus, tido como grande sedutor mas que, provavelmente, era um péssimo amante, mandou chamar um semi-deus, por sua vez tido como apaziguador. Não podendo recusar a missão que lhe fora confiada, este meditou um pouco e depois afirmou categoricamente (sem a tecnologia atual): Quem tem mais prazer no amor é a mulher... Liderado pela extremada deusa Hera, mui traída esposa de Zeus, o bloco dos feministas já estava começando a sua festa. Mas, olhando os olhares inchados de raiva dos machistas, ele completou: ... Mas o homem é quem o provoca. E assim, enquanto o bloco dos machistas fazia a sua festa, a enfurecida Hera cegou o pobre semi-deus. Na tentativa de ajudar os que queiram compreender melhor a inexplicável sabedoria dos antigos, aqui vão versos definitivos de Vinícius de Moraes, da sua “Brusca Poesia da Mulher Amada”:

“...E de outro não seja, pois é ela
A coluna e o gral, a fé e o símbolo, implícita
Na criação. Por isso, seja ela! A ela o canto e a oferenda
O gozo e o privilégio, a taça erguida e o sangue do poeta
Correndo pelas ruas e iluminando as perplexidades.
Eia, a mulher amada! Seja ela o princípio e o fim de todas as coisas.
Poder geral, completo, absoluto à mulher amada!”

O verdadeiro amor só pode ser isso: O sentimento de querer bem e de satisfazer as pessoas/coisas amadas. E para dar certo, basta que aquele que ama seja uma das pessoas amadas. Ponto passivo: não existe uma matemática humana para o amor, essa coisa de determinar de modo fixo um ponto entre os dois extremos. Tudo bem, mas não estaria exatamente nisso o mérito? Veja, essa exatidão fixa, humanamente lógica, redundaria em mais uma estrutura ideológica capaz de engessar a psiqué e atrair o foco para o ego. Ela não é necessária. Mais importa que se exerça a vida, a alma, que se ame e que se cresça. A alma é o maior objetivo, o amor é o meio mais eficiente, e o caminho, quanto mais escuro mais guarda estrelas: É o mestre!

Foto de Senhora Morrison

Liberta

Livra-me do seu sentimento de posse.
Amar, não sabe o que é.
Livra-me do seu moralismo vil.
Honra, nunca tivestes.

Ris da dor alheia
Mas não suporta a tua própria
Engenhava-me mais sofrimento
E tivestes minha devoção!

Chama-me verme
Julga-se forte, viril.
Mas faz-me seu escoro
Seu chão, para que pise, pise...

Só sabe ploriferar o medo
Ganhas-me no grito
Violenta minhas entranhas
Sempre que se sente só

Eu que parecia lhe dever
Nunca ousaria seus olhos
Dei-te a submissão
Fui-te um depósito de gozos, esporros...

Era só o que valia
Só o que me fazia valer
Diante de um semblante psicótico
Acompanhava-me da incapacidade

Almejar-se-ia seu reconhecimento
Se não lhe descobrisse agora
Tão fraco, tão fora.
De realidade que ainda desconheço

Tu foste meu primeiro, meu único.
E com mãos de ferro
Marcava-me com sua brutalidade
Com prazer em me sangrar

Jamais saberia ter força olhando estas marcas
Não poderia sequer tentar fugir
De sua presença negra e duras palavras
Mediante suas perspectivas

Nunca tiveste um horizonte
Não me mostraste as rosas do mundo
Deixara as pétalas a outras
E me enfeitava de caules e espinhos

Acostumaste-me a pouco amor
Mas minha alma já cumpriu sua sentença
Agora que com fôlego caminho para a luz
Sinto-te ainda mais agressivo

Nunca me ganhaste
Não me amedronte
Mesmo em flagelos irei recomeçar
Aqui ou em qualquer lugar

Vou curar minhas feridas
Com minha saliva
Tenho a mim
E isto me basta

A dor me abriu os olhos
Vejo-me tão capaz
Vejo que te suportei além
Sozinha será mais brando.

Suas ameaças já não me martirizam
Tão pouco o cumprimento
Nunca tive nada a perder
Não me destes nada

Vou antes de tudo acontecer
Antes que nada se faça
Ainda que respiro
Agora que me livro...

Então dormes homem
Que ontem foste digno do meu amor
Dormes que enquanto isso
Vou para onde não alcance seu cheiro

Que seja embalado em sonhos malditos
De murmuras e lamentos
E que quando desperte
Tenha uma vida em sofrimento

Aqui jaz tudo que fui pra ti
Neste ímpeto de coragem
Deixo-te, a querer que esqueça.
Que um dia existi...

Senhora Morrison
30/05/2006

Foto de Senhora Morrison

Coração Tranquilo

Mais um gole
Enquanto observo lá fora
Do alto,
Desta janela...
Sentindo o ar frio em meu rosto
Encolhendo-me como a querer proteger...
Proteger do que?
Se minha vontade...
É saber voar
Ir pra onde nada pese...

Meu corpo frio,
Meu cérebro a mil...
Somos pensantes
Ha, Ha, Ha...
Nunca somos um todo
Inteiro, de verdade.
O que me falta, já não sei.
E essa melancolia
Essa gana de não sei o que
Essa precisão...
Essa lucidez saudosa
De tempos, atitudes, horizontes...
Que se foram? Existiram?

Se tem alma
Este corpo a aprisiona...
Este corpo que padece
As ações do tempo
Das irresponsabilidades
De noites mal dormidas
Sabe-se lá com quem...
Sabe-se lá por que...
Dos tragos e tragos a mais...
Das risadas por diplomacia...
Dos choros por conveniência...
...desde o berço...
Dos amores por necessidade...
...de um colo no fim da noite de gemidos e fingimentos...
É tudo irreal, superficial...

Sou sozinha,
Sou uma peça,
Sou o desfecho...
...fundamental
Essa subserviência desnecessária
Esse interesse proposital
Essas décimas quintas intenções...
Não quero mais isso
Isso tudo me acaba
Isso tudo me sufoca

Mas não mata
Nunca mata
Nunca morre
Nunca mata...
O dia seguinte sempre segue
E ainda abro meus olhos
E ainda respiro este ar fétido
De gananciosa poluição
Não vale mais
Nunca valeu
Não tenho mais credibilidade
As fichas acabaram

Os sorrisos sinceros são milimetrados
Esporádicos, anulados
Por bombas caseiras e de efeito moral
Não dá pra ser inteiro,
Sou parte disso
Meus fragmentos sofrem
Como sorrir
Sinto meu sangue pulsar
Do outro lado dos continentes...
Com os mesmos olhos...
Que vêem o que não querem

Calo-me
Mas ainda vejo meu reflexo
Neste maldito espelho
Que não refleti o que o mundo determina
Mas...
Transparece a límpida alma
Que pouco importa
Sempre consigo me anular
Vou à busca dos meus
Este mundo não me pertence
Mas continua a flagelar
Pobres mortais
Dignos da esperança...
De etnias impostas por outrem
A condenar sem motivos
Desencorajando sonhos
Cortando as garras
E começando tudo de novo
Sem um fim plausivo

Agora recosto minha cabeça ao travesseiro
Sem alardes e acontecimentos
Deixo a inércia tomar conta
Do corpo
Da mente
Permitindo...
Querendo mais uma vez
Acalmar minha fúria
Atravessando uma senhora no farol...
Contribuindo pra cola com uma moeda...

Quem irá mudar o prisma do mundo...

Senhora Morrison
28/05/2006

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