"Eu não sou de ninguém!... Quem me quiser
Há-de ser luz do Sol em tardes quentes;
Nos olhos de água clara há-de trazer
As fúlgidas pupilas dos videntes!
Há-de ser seiva no botão repleto,
Voz no murmúrio do pequeno insecto,
Vento que enfurna as velas sobre os mastros!...
Há-de ser Outra e Outra num momento!
Força viva, brutal, em movimento,
Astro arrastando catadupas de astros!"
(FLORBELA ESPANCA)
WILSON LUCENA