Blog de Wilson Madrid

Foto de Wilson Madrid

AS FORMIGAS APRESSADAS

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* CRÔNICA
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18:30' de um dia do mes de abril de 2003.

Estação Sé do metrô de São Paulo, uma das cinco cidades mais habitadas do planeta, com cerca de quinze milhões de habitantes.
No saguão interno da estação, acontece uma exposição denominada “Êxodos – a humanidade em transição – 1993-99”, trabalho de Sebastião Salgado, fotógrafo brasileiro consagrado internacionalmente pela sua arte fotográfica, voltada para os problemas sociais da humanidade, expondo fotos das vítimas e refugiados das recentes guerras e conflitos sociais ocorridas em vários países do mundo.
Sucesso de crítica e de público em vários países, a apresentação do trabalho informa que “movido pelos milhões de refugiados, migrantes e destituídos do mundo, o fotógrafo Sebastião Salgado documentou a situação em 41 países durante quase sete anos. Por quê? "Espero que tanto como indivíduos, grupos ou uma sociedade, façamos uma pausa para pensar na condição humana na virada do milênio. Na sua forma mais brutal, o individualismo continua sendo uma fórmula para catástrofes. É preciso repensar a forma como coexistimos no mundo."
Mesmo sendo gratuita para os milhares de usuários que passavam pelo local, apenas cinco ou seis pessoas apreciavam a obra prima do excepcional artista, cidadão do mundo e profeta da injustiça social mundial.
Ao lado da exposição, uma multidão de pessoas passava apressadamente, ignorando completamente tão importante trabalho.
Naquele horário, aquele local parecia um “formigueiro” de pessoas preocupadas em chegar logo aos seus destinos, provavelmente, algumas indo para o trabalho, outras para a escola e a maioria, certamente, retornando do trabalho e indo para as suas residências, onde, após o jantar, costuma dedicar algumas horas da noite assistindo a nossa programação de tv, repleta de futilidades e tão carente de programas educativos e culturais.
Foi impossivel deixar de me lembrar do “maluco beleza” Raul Seixas, que algum dia deve ter sentido o que mesmo que senti naquele momento e denunciou ao compor S.O.S.: “Lá por detrás da triste e linda zona sul, vai tudo muito bem, formigas que trafegam sem por quê...”.
Quanto aos cinco ou seis "desocupados" que dedicaram parte do seu tempo apreciando a exposição, tenho a certeza de que sairam enriquecidos no conhecimento do quanto o individualismo e o egoísmo humano é capaz e do quanto é urgente e imprescindível conscientizar as pessoas para o combate à toda e qualquer injustiça pessoal ou social, cada um fazendo o que estiver ao seu alcance para o bem comum, porque a injustiça social é gerada pela somatória das injustiças pessoais, na esperança de um dia ver toda e qualquer injustiça varrida da face da terra, para a humanidade, finalmente, poder assumir o seu direito natural e divino de poder viver em paz.
Para os que ainda não conhecem ou não souberam da realização da exposição de tão importante trabalho naquela oportunidade, ainda existe a possibilidade de conhecê-lo através do site www.terra.com.br/sebastiaosalgado.
Quanto aos demais componentes do “formigueiro”, deduzi que ocorreu uma falha grave por parte dos organizadores, no que diz respeito ao despertar do interesse geral pela exposição: esqueceram-se de contratar algumas recepcionistas com peitos e bundas de silicone; alguns seguranças "sarados" e espalhar pelo chão, em torno dos painéis que continham aquelas impressionantes fotografias, algumas pitadas de açúcar, misturadas com um pouco de fama, dinheiro e poder...
Porque as “formigas apressadas” aprenderam que “tempo é dinheiro” e que “o importante é levar vantagem em tudo, certo?” e o que elas ganhariam perdendo seu "precioso tempo" ou que vantagem levariam para ver umas fotos em branco e preto, feitas por um tal de Salgado, de algumas pessoas amarguradas, desconhecidas, pobres e excluidas do direito à dignidade humana, que nem sequer participaram do Big Brother Brasil?

Foto de Wilson Madrid

ESTAÇÃO PAULO

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* HOMENAGEM À
* MINHA CIDADE
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São Paulo locomotiva de luz solar, do luar e da garoa,
formigueiro agitado de gente operosa e muito boa,
universo do nosso gigante adormecido e querido Brasil,
brilhante guerreiro, branco, verde, amarelo e azul anil,
colmeia de estrelas valentes, nascidas para enfrentar a labuta,
caminheiros perseverantes que não desistem e vão à luta ...

São Paulo de Anchietas, paulistas e paulistanos,
virgulinos, marias bonitas, baianos, cearenses e paraibanos,
jesuítas, portugueses, potiguares e pernambucanos,
salesianos, italianos, sergipanos e alagoanos,
brancos, negros, espanhóis, piauienses e franciscanos,
japoneses, maranhenses, índios tupis e latino-americanos ...

São Paulo dos irmãos da Praça da Fé e dos manos da periferia,
do admirável gado novo de todos os recantos brasileiros,
dos malucos belezas, católicos, evangélicos, espíritas, ateus,
pacatos cidadãos, carismáticos inconfidentes maneiros,
da fraternidade, das músicas e poesias do alto astral,
palco das lutas pela democracia, cidadania e justiça social ...

São Paulo do arco-íris sonoro do pagode, do forró e do axé,
do sertanejo, do funk, do rap e do clássico samba no pé,
bilheteria da estação dos passageiros do trem das onze
do maquinista Adoniran Barbosa que brilha lá no céu,
com os turistas Betinho, Helder, Gonzaguinha, Herzog, Fiel,
Vinícius, Drummond, Jobim e a perfumada Elis Noel ...

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SONHOS E IDEAIS

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*( ACRÓSTICO )
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S er muito feliz
O uvir pássaros
N avegar nuvens
H ipnotizar estrelas
O ndular sorrisos
S aciar desejos...

E ncontrar e beijar o amor...

I nventar carinhos
D istribuir ternuras
E naltecer flores
A quecer ninhos
I luminar caminhos,
S er poeta passarinho...

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CERCADO DE AMOR

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* ( ACRÓSTICO )
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C aminheiro do mundo,
E u sigo a minha estrada...
R efaço o meu trajeto,
C onstruo os meus sonhos,
A lcanço e vivo realidades,
D esfaço-me das banalidades...
O ntem já foi, o amanhã virá, o hoje é...

D esafios enfrentei, lutei, perseverei e venci,
E m muitas pedras tropecei, mas estou de pé...

A mei, amo, amarei... Fui, sou e serei amado...
M esmo que pensem e que digam que estou errado,
O meu coração sabe e sente que existe sempre alguém,
R eluzindo no céu do meu amoroso destino que jamais se detém...

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BARCO A VELA

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* ( ACRÓSTICO )
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B endito
A mor
R aro
C almo e
O ndulado...

A mor azulado...

V ela da minha madura idade,
E moção do meu coração cicatrizado,
L uz do farol do meu porto tão procurado,
A ncora da embarcação da minha real felicidade...

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FELICIDADE EXISTE

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* ( ACRÓSTICO )
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F elicidade é um rico tesouro que existe sim,
E la está ai, tanto pra você como pra mim,
L uzes existem a brilhar e para orientar,
I lusões também, só para atrapalhar,
C uidado para não se ofuscar e errar,
I nvertendo os valores reais ao optar,
D ando é que se recebe,
A mando é que se é amado,
D ividindo é que se é multiplicado
E o resultado é só você quem percebe...

E ncare a vida com alegria e otimismo,
X ô! Para o negativo e o pessimismo!
I nvista no amor, seja ele qual for,
S empre o resultado será a seu favor,
T enha vontade, fé em Deus, seja um sonhador,
E seja um eterno lutador e aprendiz, mas sempre feliz!

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FELICIDADE ETERNA

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* ( ACRÓSTICO )
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F azer sempre o bem sem olhar a quem
E scutar a voz orientadora da razão
L er a sabedoria da divina natureza
I nsistir no indispensável perdão
C ontrolar os impulsos da emoção
I gnorar a mentira e a agressão
D istribuir constantemente carinho
A ceitar humildemente a lição do não
D esviar das várias pedras do caminho
E vitar a ira, o negativismo e a tristeza...

E nxergar muito mais além
T ranspor lagos, rios e mar
E ncontrar a paz que convém
R epartir a rica e saudável doçura
N avegar eternamente na ternura
A prender, evoluir, acreditar e amar...

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A ROSA E O BEIJA-FLOR

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Uma linda rosa vermelha, perfumada, bela e faceira,
um beija-flor bailarino e errante com ares ciganos...
Uma nova primavera brotando e florindo por inteira,
na eterna ciranda festiva dos que superam desenganos...

Violinos, violões, músicas, cantos e castanholas
danças flamencas, russas, americanas e espanholas...
Alegrias contagiantes, carinhos e beijos vibrantes,
festas nos corações pulsantes dos que são da vida amantes...

Manhãs de sol, tardes muy calientes e noites iluminadas,
voador beijador enamorado pela flor encontrada ao léu...
Espinhos esquecidos e pétalas elegantes revivificadas,
abraços de cereja, carícias de hortelã e beijos de mel...

E no ressurgimento de mais uma memorável primavera,
na trajetória dos peregrinos atores de uma colorida quimera,
flor e pássaro fundem-se na elementar conjunção do verbo amar...

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DEVANEIOS

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* ( ACRÓSTICO )
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D esejar um amor puro e eterno
E sperar perfeição no ser humano
V incular o ter mais à felicidade
A lmejar o crescimento sem dor
N egar a dualidade do universo
E numerar as estrelas do céu
I gnorar a lei de causa e efeito
O bstruir a força da natureza
S ão devaneios sem rima, sem pé nem cabeça...

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ESPERANÇA ROMÃ

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Reafirmo o ainda não inventado
entro no óbvio do tão inusitado
apago a esclarecedora escuridão
que ilumina o frio passado do não...

Aqueço um inexistir desabitado
liberto a pura e inocente carência
fujo do seu domínio desajeitado
seco a minha solidão de aparência...

O tempo já há tempos esgotado
de um relógio tão antigo parado
marca o nulo e lento compasso
de um caminhar tão sem passo...

Contemplo um presente tão ausente
sem chuvas de emoções prementes
profetizo um possível futuro seguro
pressinto cores e sabores diferentes...

De flores inebriantes e frutos maduros
que germinarão no pomar do amanhã
dos grãos rubis da doce esperança romã...

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