Blog de Wilson Madrid

Foto de Wilson Madrid

ESCADA PARA O SUCESSO

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* ( ACRÓSTICO )
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E scadas existem muitas...
S ucessos também são tantos...
C ada um escolhe a sua e conquista o seu...
A lguns sobem pisando nas cabeças dos outros...
D istribuindo injustiças e infelicidades por onde passam...
A cumulando bens materiais que julgam ser sinais de progresso...

P az e amor são os mais altos degraus de qualquer escada para o sucesso...
A mar e ser amado é o maior sucesso que uma pessoa pode alcançar...
R ir e fazer rir, ser feliz, eis uma verdadeira prosperidade...
A vareza, ira e tristeza, sinais de um fracasso total...

O amor, a sabedoria e a alegria caminham lado a lado e sobem juntas...

S ucesso verdadeiro e que vale mesmo a pena não é ter; é ser!
U ma vida feliz não se compra em nenhum mercado,
C asas de câmbio nunca operam com felicidades
E amor não se deposita em contas bancárias...
S er feliz e ter sucesso não é acumular...
S ucesso total é dar e receber amor...
O topo maior do sucesso é o amor que se colhe, quando se semeia de mão cheia...

Foto de Wilson Madrid

SEJA GIRASSOL

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* ( CONCRETISMO )
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Sorria...
Encante...
Brilhe muito...
Seja um girassol...
Siga iluminado e feliz...
Olhe sempre para o rei sol...
Seja girassol toda hora e todo dia...
Seja sempre positivo e espalhe otimismo...
Olhe para o alto, siga sempre em frente, contente...
Busque sempre a luz, o calor, a vida, a alegria e o amor...
Cada um risca e arrisca o seu caminho com o seu próprio giz:
Risque o teu caminho com as cores da paz e as do lindo arco-íris...
Você é uma estrela que nasceu flor para brilhar, encantar e ser feliz...
Liberte-se do passado e desligue-se da inútil ansiedade do porvir...
O sol renasce todo dia e com ele devemos renascer também...
Faça amor e não a guerra, desarme-se e construa a paz...
Deus deu a vida para que cada um cuide da sua...
Ajude, pratique o bem, mas cuide de você...
Evite sempre o pessimismo destrutivo...
Confie e fuja sempre do negativo...
Não julgue e nem condene...
Não seja uma quimera...
Viva sempre sorrindo...
Seja primavera...
Florindo...

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CORES E SENTIMENTOS

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* ( ACRÓSTICO )
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C ada cor tem seu papel,
O ndulando os sentimentos:
R osa é amor no coração
E o vermelho é paixão,
S angue, alegria e tesão...

E m azul cintilam as estrelas no céu...

S e há verde, há esperança também
E o amarelo é o ouro do perdão...
N o cinza fica tudo tão indeciso
T alvez omisso ou indefinido...
I magino marron a seriedade
M eio triste, depressiva e infeliz...
E o lilás é cor mais feminina,
N avegando na beleza da mulher...
T em o laranja da doce saudade...
O preto da ausência de qualquer cor...
S alve o branco da Paz e todo o seu explendor!!!

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DOCE REFÚGIO AZUL E AMARELO

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Pela janela do quarto o vento entra e sai,
refrescando o jardim e esvoaçando a cortina...
Logo mais, bem ali em frente, o mar vem e vai,
com suas ondas espumantes acariciando a areia fina...

O elo do azul e do amarelo se agita e gira de alegria,
Soam os sinos anunciando a tão esperada alforria...
Fecho os olhos e a tua divina imagem se descortina:
Um anjo azul, uma linda mulher, uma doce menina...

Chovem as pétalas das flores astrais desse querubim...
O girassol tão amigo me contempla e me sorri,
a rosa azul, rara e confidente, pisca para mim...
E a paz do copo de leite aquece o frio do vazio que senti...

Envolto nessa inspiradora e tão adocicada sensação,
levanto e alço vôo ao teu encontro nas asas da poesia...
Mergulho no azul do céu refletido no mar da minha emoção
e encontro finalmente o doce refúgio que eu tanto queria...

Nos carinhos dessa doce ternura que me revitaliza,
da musa inspiradora da poesia que me sensibiliza,
da luz cintilante do meu caminho e do meu ninho...
Da namorada querida deste poeta azul passarinho...

E enfim escudados pelo azul do mar e pelo amarelo do sol,
semeamos e colhemos amor no jardim do nosso lençol ...
Sendo tu a minha amada, linda, colorida e perfumada flor
e eu o teu amado, dedicado e feliz poeta beija-flor voador...

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LIBERTAS QUAE SERA TAMEN

* LIBERDADE
* AINDA
* QUE
* TARDIA

Antenas parabólicas do universo,
Rabiscando a vida em prosa e verso...

Captando a natureza de Minas Gerais,
Que quem conhece não esquece jamais...
Em 2008, dia vinte e um de abril,
Dia de Tiradentes, martir da independência do Brasil...

Manhãs com despertador de galos nos quintais,
Corais de alegres e positivos bem-te-vis,
Praças e jardins com suas palmeiras imperiais,
Natureza, árvores, flores, frutas, céu aniz...

Fractal de flamboyant,
Coração de erva doce na esteira,
Gelatina de uva e maçã,
Ameixeiras, bananeiras, laranjeiras...

Chuva, sol, lua e estrelas,
mergulhos no azul do céu anil
e nados até a copa amarela do ipê...

Caminhadas pelas trilhas tranqüilas,
chão de terra, ar puro, divina natureza,
entre matas, lagoas, peixes e borboletas...

O som do silêncio, as leituras dos gênios, a consciência que ressoa...
Mahatma Gandhi, Santo Agostinho, Tiradentes e Fernando Pessoa,
Paz, amor, liberdade e poesia também:
Libertas quae será tamen...

Amém!

Foto de Wilson Madrid

Haikai_02

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Semeando positivismo,
aqui e ali,
bem-te-vi.

Foto de Wilson Madrid

Haikai_01

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Zelador do jardim do amor,
pássaro encantador,
beija-flor.

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AMOR ( poetrix )

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AMOR

Um rimador,
chega rimando tudo
e parte rimando nada.

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PAIXÃO ( poetrix )

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PAIXÃO

Delirante euforia
de um amor
em gestação.

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O SÁBIO DESCAMISADO

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* CRÔNICA
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19:00' de um dia do mes de maio de 2003.

Tróleibus - linha 4113 - Praça da República – Gentil de Moura, São Paulo.
No interior do tróleibus lotado, os passageiros que estão espremidos e em pé enfrentam dificuldades para andar em direção às portas de saída ou para ajeitarem-se no corredor do veículo para dar passagem aos demais.
Faz calor e as pessoas suam. Algumas que estão sentadas cochilam, cansadas por mais um dia de trabalho. Algumas poucas conversam; a maioria segue calada, cada uma refletindo sobre os seus próprios problemas, sonhos ou ilusões.
O trânsito fica congestionado e o tróleibus fica alguns minutos parado, sem poder continuar sua viagem; sem movimento e sem a ventilação natural das janelas, o calor e o desconforto aumentam.
De repente, na calçada, surge um homem maltrapilho, sem camisa e com barba mal cuidada; aproxima-se da lateral do tróleibus, olha para os passageiros, sorri um sorriso meio desdentado e irônico e começa a cantar, com uma melodia original, toda própria dele: “Ê vida de gado... povo marcado... povo feliz....”.
Como o tróleibus demora a partir, ele repete várias vêzes os mesmos sorriso e refrão: “Ê vida de gado... povo marcado... povo feliz...”.
Os passageiros começam a se entreolhar. A maioria continua séria. Duas moças ao meu lado não resistem e dão risada e eu, também não resistindo, comento contente: "é Zé Ramalho... ele conhece..."; elas não comentam nada, continuam felizes e continuam a sorrir. O tróleibus parte, o mendigo desaparece das nossas vistas e todos voltam para os seus pensamentos, alguns, talvez, refletindo sobre significado do ocorrido.
Eu, de minha parte, fiquei curioso em saber o que passou pelas cabeças daquelas pessoas, principalmente daquelas que riram... Será que elas riram do mendigo? Será que elas riram da situação? Ou será que riram para disfarçar a vergonha? Afinal de contas aquela linha serve apenas bairros de classe média e muitos passageiros trajavam terno e gravada e muitas passageiras também estavam elegantemente vestidas. Será que, apesar de muito conhecida na época em que foi tema da “novela das oito”, conheciam a canção “Admirável gado novo” do genial Zé Ramalho, poeta, profeta e cantador da Paraíba? E mesmo que tenham acompanhado a novela e conheçam a canção, será que elas já tem consciência de "que fazem parte dessa massa, que passa nos projetos do futuro"; e de que "é duro tanto ter que caminhar, e dar muito mais do que receber"?
Tive que me conformar em ficar sem respostas quanto à essas dúvidas, porém, apesar de saber que infelizmente eu provalvelmente nunca mais voltaria a vê-lo, fiquei com a certeza de que, ao contrário do que alguns cidadãos de terno e gravata e algumas cidadãs elegantes que viajavam naquele tróleibus, o homem maltrapilho, sem camisa e com barba mal cuidada, dormiria tranquilo e despreocupado, naquela noite fria que se anunciava, num canto qualquer de alguma praça de São Paulo, tendo por travesseiro a sua consciência e por cobertor a sua sabedoria...
O tróleibus continuou sua viagem e uma última dúvida me surgiu: será que, além de considerá-lo louco e engraçado, algum dos passageiros percebeu, na figura daquele homem, crucificado pela nossa injustiça social, uma das faces pelas quais Jesus Cristo se faz presente atualmente no meio de nós?
Chego ao meu destino, desço do tróleibus, caminho pela avenida Nazaré e sinto, finalmente, uma suave e refrescante brisa, que me faz usufruir de uma pequena amostra do maravilhoso efeito do desfraldar da bandeira branca da paz...

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