RECADO...
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Olho pela janela e vejo a Lua cortada,
Roubaram dela uma das suas metades
Ainda ontem estava tão cheia e poetada
Hoje dos poetas esquecida, só a saudade.
Olho-me e vejo uma metade: Ansiedade,
A outra, que é da Felicidade, foi roubada.
Ainda ontem, eu era em mim a totalidade
Hoje, sinto-me que pela vida fui assaltada.
Choro sozinha, a janela está fechada,
A Lua se foi diferente de ontem por sorte,
Na certeza de voltar amanhã, poetada.
Olho para trás e sinto-me cada dia mais forte,
Por conhecê-la, sei que pode tirá-lo de mim,
Homem? Homem algum, só Ela: Dona Morte.
Comentários
P/Teresa Cordioli, de JoaninhaVoa
Olá
Teresa Cordioli!
Muito linda esta sua poesia, em forma de soneto... fazendo jus à Lua que quando no seu máximo
esplendor é poesia, é felicidade!...
E, ninguém nos pode roubar a Lua, ninguém a não ser a Dona Morte.
Uma mensagem original
Revela carácter excepcional
Sincronia passional
Alegria em hino musical
E quando a janela de par em par
Se abrir! E renovada a Lua, sorrir
Pedirá desculpa, por naquele dia mentir
E redimindo-se voltará a inspirar
Corações que jamais irá separar!...
Abraço, de
JoaninhaVoa
Joaninhavoa
p. teresa cordioli
muito lindo...mágico, diria...amei também, pode- se ler mil vezes sem cansar, um bj!