NOVA ERA
Embaixo da lua eu me desprendia.
Uma longa viagem fazia.
Pra uma terra distante fugia.
Sim, ela até parecia que me pertencia.
De tanto que lá eu ia.
Nesta bela terra eu encontrava um novo dia.
Um mundo de poesia e muita alegria.
Mas o lugar cativante não me prendia.
E nem podia.
Sempre eu tinha que retornar.
Especialmente quando a noite ia se acabar.
Qual Cinderela eu tinha que voltar pro borralho.
... Mas um dia vi numa carta de baralho...
Sim... uma carta dizia.
Que uma era se encerrava pra mim.
E uma nova começaria.
E foi bem assim.
Sem borralho, sem lua... sozinha num país distante.
Eu me vejo num mirante.
A aguardar um tempo que se esconde atrás de um espesso véu.
Há horas em que me sinto uma folha jogada.
Estou ao léu.
Embaixo de um mudo céu.