Voltei àquele porto...
O porto onde ancoramos os nossos desejos!
Já era noite e não dava para vêr o rio
Mas a brisa fresca da noite trouxe o teu cheiro
um cheiro doce e agradável!
Pujante e intenso!
Inspirei fundo e tive a certeza de que te tive dentro de mim.
Dormi e sonhei mais de 3 vezes contigo, numa só noite...
numa só noite...
Acordei e foi como se estivesses à minha frente!
Era o rio, era a luz, eramos eu tu, eras tu e eu
mas mais do ke tudo eras tu!
Era o teu rio, era a tua beleza, era o teu sorriso, a tua aura!
Os meus olhos ficaram rasos de lágrimas
Mas não chorei, homem não chora, pelo menos por fora
mas por dentro estava dilacerado, estropiado!
Caminhei até à beira do rio e olhei
Tudo calmo, sem correntes, sem barulho...
e... uma brisa soprando de leve, de mansinho
uma caricia vinda de longe!
Sentei-me, comtemplei e tive a certeza!
Naquele momento, estavas perto de mim, junto a mim.
E... como já havia feito, falei sozinho ou melhor rezei!
E desejei que as minhas palávras chegassem junto a ti
E que a minha reza pudesse convencer o coracão mais imparcial
o coracão de Deus!
Para que os meus desejos fosem escutados
E tu voltasses para mim voando naquela brisa matinal fresca e forte!
Samory de Castro Fernandes