Soneto da Minha Mágoa
Fugiu no meio da noite, na madrugada,
Partiu como reles ladrão.
O que roubou é patrimônio imaterial,
Nem por isto de riqueza inferior.
Talvez seja impossível medir o valor.
Deixou a casa deserta, paredes insipidas,
Meu coração devastado de mágoa e solidão
Partiu no meio da noite e eu o vi em fuga.
Chorei a dor, rasguei minhas entranhas.
O tempo como sempre cicatrizou as feridas.
Agora se degradam as paredes vazias.
Desapegam-se dos seus significados.
Minha alma chora quando encontra tempo.
No meu amor como nas paredes há buracos.
Rosamares da Maia
Março -2013