Fecho os olhos
e tento ficar quieto.
Para ver se consigo ouvir minha voz,
pelo menos uma última vez…
Tenho medo de não me achar,
de me perder em minhas lembranças.
Lembranças de um passado distante,
que insiste em ficar…
Tenho medo de não ver
mais meu rosto, meu sorriso,
Nem que seja no pensamento
mais involuntário
de meu futuro previsível!
Aperto forte o peito
para ver se eu ainda estou lá!
Respiro fundo…
Quem sabe ainda restou
um pouco de meu perfume.
Alguma coisa ainda deve restar
desse amontuado de nada
que nos tornamos.
Nesse mundo inquieto,
onde até mesmo a luz se perde,
a rotina brinca de ciranda
e faz de nós meros bonecos
à procura de nós mesmos!
Comentários
Gostei
Gostei do poema. Bem reflexivo.
Parabéns.
Sonia