Dias tristes e banais
sao começos de longas noites
A chuva que oiço cair
é o teu choro em tempestade de inverno
suspirando como o vento forte na minha janela
esperando que ela se abra para ti!
Deixas cada rasto do teu sofrimento
lento que de ti morre por dentro
embalada pela estrada do teu medo
suplicando pelo verbo do perdão!
Choras lágrimas de sangue que escorrem
pelas tuas mãos vazias cravadas de espinhos
Como se fossem balas minhas
cravando-te em cada pedaço do teu corpo!
Porque só agora percebeste que o teu mundo fui eu
mas que o meu universo jamais serás tu!
Deito-me a escrever tudo o que sinto
mas não sou escritor de fantasias
muito menos poeta de amor
Eu sinto o que sinto e penso o que penso
quero soltar as minhas palavras
e devorar a tua mente com cada letra minha
que me sai da sombra do pensamento
Vindo dos sentimentos mais profundos do meu ser
destruindo todos os teus rastos de esperança
por algum dia me voltares a ter!!!
Ricardo Barnabé