No cair da noite
o vento sopra sem parar
do porão, ele enxerga
um mundo onde um dia quer andar
É possível sentir o frio da madrugada
cujo casaco fino não suporta
espreme os olhos para ver as árvores
que se mechem, e algumas não são tortas
Em tal lugar ele se questiona
Do porque ali esta...
Gosta da sensação do nada e do sozinho
Mas queria algo para espantar a dor do frio, abandona
Seu passa tempo é observar
as folhas que caem
os sons nos arbustos
é tudo, que seus ouvidos escutam
O balé das árvores é sua distração
o silêncio o seu professor
tem a si mesmo como amigo
faz desse Porão o seu abrigo
Ele pensa em sair
em caminhar ...
ele quer, esse porão deixar
Dali é possível escutar os passos
dos que estão acima de ti
que esquecem que ele está ali
Afinal de contas, está em um porão
solitário, e escuro
o seu abrigo, seu refugio, excluído do mundo.