O homem jogado, largado,
na rotina de ver o tempo que passa,
na calçada, a noite, deitado,
seguindo o rumo que a cidade traça.
Na mão, no pagar, no sacar o cartão.
Esperando a justiça que tarda mais não falha.
O peso que sente o bolso para pagar o que vem do solo,
nosso, da gente, do povo.
Do afastado às calçadas da cidade.
Na certeza do ontem, do hoje, o agora.
Onde se começa um novo dia,
e se repete a rotina de ver o tempo passar.