CASUALIDADE
Paulo Gondim
12/04/2010
Poucos e breves momentos
Tudo o que a vida nos reserva
Aguardados, esperados
Ansiados, depois de longa espera
São instantes raros, únicos
Desses que o tempo não consegue apagar
Um pequeno gesto, um olhar insinuante
Uma janela que se fecha, uma cortina entreaberta
Tudo conspirando com sensualidade
Aproveitando a casualidade
E você se expõe serena, ávida de beijos,
Em leves toques de suavidade
Aí, navegamos em pensamento
Cada gesto imaginário vai longe
Transportam-nos para outro universo
Nuvens mostram suas curvas sinuosas
Nas quais me perco e fico inerte
Arrisco um rabisco no meu verso
E na sua volúpia tão intensa
Vejo-a, ali, à minha frente
Na dança suave dos véus
Entre anjos de outros céus
No calor de seu corpo quente