ANGÚSTIA
Paulo Gondim
21/01/2009
Ouço gritos em repetidos ecos
No vale sombrio de minha solidão
Chamados que não se ouvem
Da angústia triste de um coração
Lagrimas que brotam da alma
Na lembrança do amor perdido
Do beijo que não foi trocado
Do abraço que não foi sentido
E aflora do peito a desesperança
Como revoada de surdos pardais
Na busca constante do encontro
Que se perdeu na tristeza de meus ais
A solidão é quem dita as regras
Imposta-se, cruel, diante de mim
Isola-me no meu eu perdido
Nessa prisão que nunca tem fim
E os gritos se tornam mais freqüentes
Ecos mais fortes pela noite escura
Vejo meus fantasmas um a um
A rondar-me nesta amargura
Comentários
Darsham/Paulo Gondim
Querido poeta mais uma linda obra sua, que fui incapaz de não comentar.
Conseguiu transformar um momento de solidão num magnífico poema.
Parabéns por tão bela arte!
Desejo-lhe uma vida repleta de pessoas que aconheguem o seu coração e que a única ausência sentida seja a a da solidão.
Um abraço com carinho e meu voto com louvor
Darsham
Oi, Darsham
Obrigado pelo comentário. Você é sempre muito generosa! São esses momentos em que a vida nos pega de surpresa.
Abraços!!!
Paulo Gondim
Paulo Gondim