Guardei os teus resquícios na aurora celeste
Pois teu corpo tu me deste em um coito encarcerado
Transpassaste dos arquétipos para um medo ancestral
E vejo a peste trazida do leste que não se pode mais curar
Em seu pólen venenoso respiro o cheiro desse gozo
Para nunca mais ter prova de que sou tão trivial
Na sombra da fumaça encaro os olhos da desgraça
Seja abundante ou escassa para ver o teu flertar
Na loucura da chama negra, da luz obscura
Encaro a neblina inflamada por sua obsessão algemada
Caminho na lua crescente, passo portais em tempestades sorridentes
Faz-me ser um lobo errante que feri a noite com uivos mortais.
(Melquizedeque de M. Alemão, 12 de julho de 2011)
Comentários
Deus
sensacional ... adorei