Doce voz de um anjo misterioso;
Gorjeios melosos de ti eu escuto
Uma gueixa silenciada com olhos falantes
Lábios brilhantes em excelsa doçura
Pele branca reluzente, manhosa e ardente
Seduz com sua beleza: será condessa ou medusa?
É admirada e cobiçada... A erudita do flertar
Com ornamentos colossais do pecar é imperatriz
Diga-me seu nome. Quero uivos escutar
Das viagens que eu tive, moças belas encontrei
Mas nenhuma delas tinha um lindo rosto como o teu
Por ti farei loucuras ao exaurir minhas idéias
Exaltarei seu nome e na babilônia viverei
Largo tudo se vieres e a paixão se entregar
Quero ter o teu prazer, talvez ser mais um amante
Com voz pura e dissonante diga sim para me amar.
(Melquizedeque de M. Alemão, 27 de janeiro de 2011)