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Tudo estranho.
Vôo, mas não tenho asas.
Ando de bicicleta e não sei pedalar.
Corro. Nem de pé estou.
Não há ninguém comigo,
Mas consolo a quem chorou.
Viajo pelas estrelas,
Todos são meus conhecidos,
Diferentes, mas parentes.
Outros eus, evoluídos,
Sensitivos.
Os corpos sutis se afloram
Viajam,
Trabalham,
Ajudam pessoas,
Cumprem missões que a razão
E a prisão
Do corpo
Não permitem
Quando acordados estamos
Marilene Anacleto
28/12/97