Teus atos são hieróglifos
A um passo das gaivotas,
Que quando voam são graça,
Quando pousam, pernas tortas.
Alguma hora, caramujo
Em outra, um escafandro.
Não sei em que mundo vives.
O céu, com lunetas mapeio,
Na ânsia de encontrar
Um ponto em ti semelhante,
E qualquer conhecido mistério
A que possa comparar-te.
Tua vida indecifrável,
Lida milímetro a milímetro,
Sempre será para todos
Tal esfinge do Egito.
Desvenda-te, homem!