Arrisquei-me escolhendo!
Bifurcações se multiplicavam diante de mim.
Quanto mais atraente fora a rota escolhida,
Tanto mais forte colidi, ao final fracassei.
Dos fracassos de ontem,
Restou-me a timidez de hoje.
Ainda arrisco-me quando escolho!
Nem sempre escolho o que quero,
É no que não quero para onde se inclinam minhas tendências.
Convivo nesta contínua peleja,
Da pertinácia que emerge dos meus tecidos,
Com o que busca inovar os meus sentidos.
Agora mesmo preciso escolher!
Desde já corro riscos.
Se enxergar o que perversamente me atrai,
O que é benévolo, o que me encanta, distancia-se de mim.
Felizmente já não mais estou só,
Fui escolhido, logo pressinto o que devo escolher.
Por Wittembergue Magno Ribeiro em 12/4/2009 às 12h30min
Comentários
P/Magno Ribeiro
Sua prosa está uma delícia... mesmo!
É sabido que quando se escolhe opta-se
e corre-se sempre riscos... mas você prima
ao dizer que felizmente já foi escollido e portanto
já sabe em que direcção deve ir.
Uma ideia original em escrita!
Pois eu costumava dizer em tempos;
« ... eu não escolhi. Escolheram-me.».
Seu poema fez-me relembrar esse pensamento
idêntico...
Até breve...
Joaninhavoa
(helenafarias)
12/04/2009
Joaninhavoa