Espero a hora da tua chegada
Mas o relógio bates horas erradas
Deixo rolar uma lágrima incerta
Na certeza da tua ausência
Chamo por ti na escuridão
Mas os meus gritos são mudos.
Entrego-me a ti
Mas sofro um abandono imcompreensível
Sonho com um sorriso
Que outrora me fez feliz
Anseio por um olhar
Que no passado me dizia "Amo-te"
em cada pestanejar
Desejo o teu toque
Que me elevava ao limite da vida e da morte
Mas tu não vens...
Olho o horizonte em busca de um sinal
De uma sombra
Uma rasto
Algo que te pertença
Mas depressa entendo
Que não virás
Pois o coração que antes me pertencia
Partiu
E já não volta atrás...
E no mais pesado desespero
Desejo
Não ter de te dedicar este poema...