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AQUELE ABRAÇO
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Ah como gosto de me sentir um rio
a correr devagarinho
A subir ou a descer terras leitosas
e a tecer
Fios de prata ao anoitecer
Ou sóis de luz a boiar mansinho
Livrai-me de águas paradas
Mortes de margens acotoveladas
Perdem o condão da noção
Da destreza de toda a condição
Não cantam! Cantemos
Não choram! Choremos
Não abraçam! Abraçemos
Aquele abraço fraternal
Sem esquecer os outros na horizontal
Tudo faz parte da vida em seu banquete
Dimensional!
Joaninhavoa
(helenafarias)
29 de Dezembro de 2008