Iceberg
Nas horas mais ansiosas e obscuras,
Em que meu barco vaga,
Eu procuro você...
Que não tem rosto, não tem história, não tem nome.
Que em mim não fez morada definitiva,
Que nem mesmo chegou a me encontrar.
Você que me parece tão invisível, mas que tem a infinidade de um enorme Iceberg,
E eu tento, de todas as formas, tocá-lo com as quentes do meu oceano,
Para cristalizá-lo e depois absorver sofregamente
Todo o teu gelo degelado,
Para que meu barco, sem amarras, não mais balance, mais deslize levemente por seu dorso!
Ivy Portugal