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Estou crucificado sobre um pântano
sem pecado de vontade que nutre
enlameada de rancores em alicerces
espinhosos
Revigorantes de dor
ocultada neste penhasco desabitado
Corroído por desgostos
que são rostos
por entre uma teia ferida de poesia
do meu desgaste psicológico
Sou monumento ilógico de bolor
aludindo o inóspito
Em redor do que sinto morto
Num fosso de sentimentos
Depositados num cemitério de amor
Sepultado em serpentes venenosas
Sedentas de saudade
e morte
Sinto o sopro fatigado de um suspiro
plantado num jardim de cactos
que me penetra na alma doente
Um Sol que apodrece nas lágrimas
Que é chuva de esperança
com maus odores de raiva
De um arco-íris decorado
de inferno