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À PROCURA DE DEUS

À PROCURA DE DEUS

Fui à procura de Deus
Nas mais faustas Catedrais.
Vim a saber que Ele andava
Pelas camas dos Hospitais.

Fui à procura de Deus
Nas Igrejas e Bispados:
Vim a saber que Ele andava
Pelas celas dos condenados.

Fui à procura de Deus
Nos palácios das rainhas:
Vim a saber que Ele andava
Pelas casas mais pobrezinhas.

Fui à procura de Deus
Junto de grandes “senhores”:
Vim a saber que Ele andava
A acompanhar pastores.

Fui à procura de Deus
Em Conventos de freiras:
Vim a saber que Ele andava
No mar, dentro das traineiras.

Fui à procura de Deus,
Já tinha perdido a esperança;
Viram-nO os olhos meus
No olhar duma criança.

Graziela Vieira
Ourém

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A MEU PAI

A um pai pobre

Tu és a estrela do meu caminho!
Eu sei, que a tua face enrugada,
Meu pai, ó meu adorável velhinho!
È fruto da dura vida passada.

Por trás da imaginação bizarra,
Ficou-me dentro da alma a certeza;
Tocavas magistralmente a guitarra;
Às vezes para enganar a pobreza.

Um dia! Um dia vi-te chorar.
Não disse! Não disse nunca a ninguém.
Choravas, porque não tinhas p’ ra dar
O pão, que eu pedia à minha mãe.

Nem sempre em nossa casa houve benesses.
De quase tudo, um pouco nos faltava.
E por mais sacrifícios que fizesses,
A nossa má fortuna, não mudava.

Não davas a teus filhos, o que aqueles
Mais ricos, davam aos seus de melhor.
Mas sendo pobre, davas mais que eles:
Davas compreensão! Davas amor:

Junho 1978
Graziela Vieira

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ROSA

ROSA

Rosa
Nascida do pó do chão
As tuas pétalas são
Prenúncios da Primavera.

Rosa
És nas minhas fantasias,
Companheira dos meus dias
Nos meus sonhos de quimera.

Rosa
És a musa dos pintores,
Dos poetas, sonhadores,
E o símbolo da beleza:

Rosa
De perfume sublimado,
Em orvalho embalado
Pelas mãos da natureza.

Rosa
Vais com a noiva ao altar,
Com o bebé a baptizar,
Com a coroa ao caixão

Rosa
Tal como a humanidade:
No Inverno da idade
Se extingue no pó do chão

Graziela Vieira
Valada—Seiça--OURÈM

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AQUELE ABRAÇO

AQUELE ABRAÇO

Como quem paira no espaço,
Respondi ao teu abraço
Coração com coração.
Interpelo o sentimento
Que me invadiu no momento
Em que ateaste um vulcão.

No fundo do teu olhar
Vi a centelha chispar
De um desejo mal contido
Nos teus braços envolvida
Eu me senti tão querida,
Nada mais tinha sentido.

Impôs-se a realidade
Que nos separa. É verdade.
Quadro que faço e desfa챌o!
Podem passar muitos dias!
Tristezas e alegrias…
Mas não esqueço aquele abraço.

Graziela Vieira
Ourém, 2008-04-07

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NÃO SEI...

NÃO SEI

Não sei
Porque foi que me mentiste,
Me humilhaste e me feriste
Com palavras enganosas;
Só sei
A razão porque fugiste
De mim, e assim traíste
Lindo sonho cor-de-rosa.

Razão
Sei que tens toda a razão,
És livre de dizer não;
A um sonho que alimentaste.
Só queria
Ser feliz por uma hora,
Não sei que fazer agora
Talvez a morte o afaste.

É tarde
Sei que para mim é tarde
Mas não fez de mim cobarde
Ao dizer o que sentia,
Mas tu,
Deste as asas ao meu sonho
Que em certo dia risonho,
Cobardemente fugia.

Tão lindo
Era este sentimento,
Que sonhei por um momento
Volver uns anos atrás.
É findo
O sonho que não vivi.,
Mas desejo para ti,
Muito amor e muita paz

Graziela Vieira
Ourém Março de 2008

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SER POETA

SER POETA

Já me perguntaram um dia
O que é ser-se poeta?
Eu disse que não sabia
A razão porque escrevia
Frases com a rima certa

No “Cantinho do meu Canto”,
Onde nada é omisso,
Revendo os versos que canto,
Dei-me conta entretanto,
Ser poeta, é mais que isso

É transmitir a mensagem
Da palavra nobre e séria.
Transmontar uma miragem,
E assumir a coragem
De sobrepor-se à matéria.

É ir mais longe que o vento!
Mergulhar na alma, a fundo!
Partilhar contentamento,
Adoçar o sofrimento
Abraçando todo o mundo.

É alguém que se não vende!
É alguém que sabe amar!
Ser poeta, não se aprende!
É alguém que se transcende,
Deixando a alma falar.

É doar-se por inteiro
A uma causa dilecta!
Pensar nos outros primeiro
Com todo o amor verdadeiro,
Isso sim, é ser poeta.

Graziela Vieira
Ourém, Outubro 2003

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NO REINO DA POESIA

NO REINO DA POESIA

Meu viver, quando acabar,
Ninguém chore nesse dia,
Que por certo eu vou morar
Onde mora a poesia.

Meus sentimentos dispersos
São tantos, que já nem sei.
Procurem-me nos meus versos,
È lá que eu estarei.

Procurem-me nas estrelas
Onde nascem fantasias.
Na lua, que em meio delas.
Dá abrigo á poesia.

Que ninguém sinta saudades
Ao saberem que parti!
Procurem-me nas verdades
Dos poemas que pari.

Quando partir para sempre
Vão comigo borboletas,
Mensageiras certamente
E arautos dos poetas.

Nem gostava que o choro
Ofusque a minha alegria,
Por me ir juntar a um coro
No reino da Poesia.

Graziela Vieira
Ourém, Fevereiro de 2008

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FORA DE HORAS

FORA DE HORAS

Não tenho a culpa de ter sentido
Por ti, a paixão que me devora,
Desculpa, só podes ser meu amigo,
Tinhas já outra contigo
E eu cheguei fora d’horas.
Senti no roçagar do teu beijo
Que feliz aceitei nos lábios meus,
O mútuo palpitar de um desejo
Que se perdeu no ensejo
Quando dissemos adeus.
Só queria estar de novo em teus braços
Ainda que por instantes, eu sei.
Sentir o calor dos teus abraços
Que se foi com os teus passos
Quando partiste e eu fiquei
Agora sozinha choro à vontade,
As lágrimas são oásis no deserto
Do meu peito aonde mora a saudade
Mostrando a realidade
Gigante e sempre mais perto
Graziela Vieira
Num mês de Maio

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O RETRATO

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