NO REINO DA POESIA
Meu viver, quando acabar,
Ninguém chore nesse dia,
Que por certo eu vou morar
Onde mora a poesia.
Meus sentimentos dispersos
São tantos, que já nem sei.
Procurem-me nos meus versos,
È lá que eu estarei.
Procurem-me nas estrelas
Onde nascem fantasias.
Na lua, que em meio delas.
Dá abrigo á poesia.
Que ninguém sinta saudades
Ao saberem que parti!
Procurem-me nas verdades
Dos poemas que pari.
Quando partir para sempre
Vão comigo borboletas,
Mensageiras certamente
E arautos dos poetas.
Nem gostava que o choro
Ofusque a minha alegria,
Por me ir juntar a um coro
No reino da Poesia.
Graziela Vieira
Ourém, Fevereiro de 2008