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Hoje, a tristeza pintou meu rosto com quatro cores distintas. Minha face se tornou um quadro repleto de emoções, e com tal perfeição, que homem nenhum jamais pensou ou imaginou em criar obra tão valiosa.
A primeira cor que tomou conta daquele vazio imenso foi a tristeza. Era uma dor inexplicável e sem razão, mas necessária naquele branco de minha face, que buscava encontrar um sentido para continuar a existir.
No momento em que a tristeza se tornou a única parte concreta de meu vazio, ela foi surpreendida com outra cor. Essa brilhava como o sol e trazia euforia e paz. A alegria pintou a minha face, e nessa mistura, uma grande obra começou a nascer daquilo que era apenas um caos.
A alegria começou a bailar sob aquele quadro com tanta felicidade, que até mesmo a tristeza se alegrou. Naquele momento um perfume tomou conta de minha face, e outra cor foi pincelada carinhosamente com traços perfeitos sobre mim. Era a paixão, uma cor forte que queimava, mas não ardia, feria, porém não doía.
Aquele encontro de cores tão distintas parecia uma canção de amor, pintada com o mais singelo e suave traçado feito na história da humanidade. Tudo parecia perfeito e lindo, mas outra cor foi jogada agressivamente sobre aquela obra. Essa cor se chamava solidão, a mais dolorosa de todas as cores. Ela transformou aquele quadro em algo tão frio quanto o gelo e mais amargo que o fel.
Tudo parecia perdido naquele momento, até que todas as cores começaram a se unir, e repentinamente, se tornaram uma só. Era algo inexplicável. Esta obra se transformou no mais importante dos sentimentos. Ele surge no momento em que tudo parece estar perdido. Todas essas cores em união me fizeram entender que, aquele branco que estava sob mim só podia ser preenchido por seu sorriso. Nada mais no mundo me importou naquele momento. Uma lágrima saiu de meus olhos e passou por toda minha face, eu estava feliz, pois aprendi a pintar o amor.