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Calma!
Aberto o dia comprimido
eis que o vejo sorrir!
Diga-me
por favor diga-me..
Por que o dia
precisa estar assim
guardado em laminado,
preso
em papel lacrado,
sem ar sem luz
na caixa
que o abriga?
É, encontrei o dia assim..
Rasgo a caixa,
destaco os dias,
e os retiro
da torre branca
e abafada,
com tarjas
genéricas
nas prateleiras das
drogarias.
Haverei de soltar os dias,
mortos de sede e ar.
E depois? Ora depois..
vamos passear,
correr, pular
como crianças
na porta da escola.
RJ – 24/07/2006
** Gaivota **
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Comentários
Oi Gaivota
Você parece neste poema um libertador de toda matéria em lacre, é fantástica está tua versatilidade, chega até mim tão intensamente, que eu jamais duvidaria que está sempre a plainar lindos vôos.
Se passar por aqui...pouse.
Grande abraço
Fernanda
Grande abraço.
Fernanda Queiroz
isso é coisa de quem vive na cidade..
** Gaivota **
É isso Fê sou um ser urbano e como tal vivo esmagado pelo dia a dia.. Estou sempre no lacre tentando respirar. Portanto sou o comprimido...Ou seria melhor oprimido..?
O fato é que vivo lacrado na caixa procurando espaço. Fiz esse poema num dia sufocante..
** Gaivota **