Na gelada aurora pluvial
De um verão traquina, desobediente
Chora na ara quem de langor divinal
Curou as lágrimas do pecador inocente
Levou consigo jubilosa tarde
Deixando ao verme alimento vespertino
De amor meu coração não mais arde
Mas de langor, por seu sumiço matutino
E que consolo encontrar irei?
Se no tenro leito fenecem flores,
Tornar-me anjo? Feliz serei?
Deixar na lama tantos amores,
Sorrir no Éden como um rei?
Ou dar ao cinza, mi’as cores?
Comentários
P/ Evandro machado de Arnault
Saudações Evandro,
Agradeço, por sua critica,
Quanto ao sentido do poema não se trata da morte, porem,
de descoberta.
O descobrir que boa parte da beleza que vemos nas coisas,
estão na verdade dentro de nós mesmos.
A indiazinha descobriu que podia criar suas proprias estrelas, ser sua propria Lua.
Espero não ter complicado mais...
Mais uma vez muito obrigado
Arnault