A beira da morte eu surgi:
Ela olhou-me fixamente,
Um sorriso de mim emergi:
Porém foi melancolicamente.
Ela sorriu outrossim para mim:
E questionou: o que aconteceu?
E eu disse: Estava eu na rua
Pensando em ti loucamente
Um florista por mim passou
Não hesitei e as flores comprei...
E dentro de mim imaginei
Como receberias estas flores
Que com amor comprei
Esqueci dores e disabores
Naquele preciso momento...
Repentinamente um estrondo:
Era um tiro...
Um bala perdida
Que me atingiu...
Por isso, amor:
Eu sangro agora,
A bala me atingiu
No ventre... é só sangue!
Mas se eu morrer:
Morro feliz!
Porque nunca havia eu:
Te oferecido um ramo de rosas!
E eis-me aqui com as rosas...
Aceite meu amor:
É de coração!
E depois disso:
Perdi a voz!
Pois, as dores eram fortes!
Ela não disse nada com palavras,
Pois, o meu amor, ela, é muda!
Apenas fez-me um gesto dizendo:
Que me ama! E desenhou um coração
No ar com os dedos... ambulância...
Não pôde chamar ao telefone
Pois, é muda!
Eu sangrando
Ela sorriu chorando
Eu desfalecendo
Quase que morrendo
Ela beijou-me!
Eu apaguei-me, desmaiado!
E acordei num leito do Hospital
Claro, ela ao meu lado:
Sorrindo para mim novamente,
E com um gesto disse:
Eu te amo! E disse:
Não te podia deixar morrer:
Meu amor!
Não sei como ela fez
Não sei o que ela fez
Só sei que:
Um beijo dela me fez
Adormecer...
E o amor dela:
Me fez voltar a viver!
Eu amo essa mulher!
MILAGRE DO AMOR
Data de publicação:
Quarta-feira, 27 Julho, 2011 - 16:20
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